Há muito, muito tempo; no coração da floresta que num futuro distante cercaria uma cidade famosa por ser sempre, sempre chuvosa...É noite. Tudo agora acontece em slow motion enquanto uma enorme poça de água exibe cores douradas entre outros tons quentes, que são borradas por grandes gotas de chuva à medida que estas a atingem em cheio, causando ondulações.
De repente... Um impacto terrível ocorre, jogando água para todos os lados e um rugido, absurdamente alto estremece tudo ao redor.
Uma bota que pisou na poça agora é erguida por uma perna feminina e torneada; revestida por algum tipo de roupa de couro e metal, que logo é seguida de outra.
O ritmo então se acelera, e a velocidade vai voltando ao normal enquanto uma mulher alta e forte, vestindo uma grande capa vermelha corre desesperada, de algo que a persegue fazendo o chão vibrar sob seus pés.
A mulher, da qual não é possível ver bem o rosto, graças à escuridão da noite de tempestade, se depara com um grande muro à sua frente, mas levando sua mão direita a algum tipo de bainha em sua coxa, ela puxa o que parece ser algum tipo de vara de condão.
Ainda correndo ela aponta o objeto na direção do muro, mas nada acontece. Irritada ela joga a tal varinha no chão, e fechando os punhos, também cruza os braços à frente do rosto; acelera o passo até que abre um buraco, atravessando-o num salto. Ela continua a correr na direção de um lago que reflete, do outro lado, o enorme castelo gótico, com traços absurdamente futuristas de uma antiga escola de magia e tecnologia que se ergue garbosamente, duma floresta sombria e encantada.
De longe, parece que estão dando uma grande festa, já que luzes e explosões luminosas são vistas por toda parte ao redor do edifício, cujas torres altíssimas arranham o céu, chegando até a desaparecer entre as nuvens mais baixas.
A mulher que até então corria agora está parada as margens do lago, quando o muro que atravessou, explode e é engolido por uma gigantesca língua de fogo!
- Maldita fera! - Ela grita dando um salto, que de tão poderoso a faz desaparecer no céu.
Não demora muito, e agora, do outro lado da margem...
Uma capa vermelha ainda é castigada e jogada para cima, quando o chão feito de pedra polida de um corredor sobre o muro externo do castelo visto outrora é arrebentado por um par de botas, e um punho esquerdo e cerrado atingem o solo.
A capa vermelha então cai sobre a mulher, que se levanta e volta a correr por um cenário totalmente diferente do que aparentava ser; lá do outro lado:
Raios e trovões se fazem ver e ouvir por toda parte, porém ao contrário duma tempestade, eles não vem nem de cima, nem de baixo, mas de todos os lados. Alguns são brancos, outros avermelhados; rosados, outros azulados e outros possuem tons arroxeados e dourados.
A mulher que veste uma capa vermelha agora corre por um cenário de guerra sangrenta; entre pessoas vestidas com longas roupas pretas feitas de alguma matéria semelhante à uma névoa; e que desembainham varas de condão, disparando o que parecem ser ataques mágicos contra crianças e adolescentes que se defendem da mesma forma, porém estes contra atacam dirigindo carros antigos que voam magicamente; montando em hipogrifos, serpentes gigantes, cães enormes e negros de três cabeças, criaturas míticas, e dinossauros carnívoros famosos.
Acima da mulher que continua sua corrida na direção do castelo à sua frente, o céu está coalhado de bruxos, elfos, anões, que batalham uns contra os outros por alguma coisa.
Alguns ataques criam efeitos que mais parecem fogos de artifício, um deles até faz a mulher da capa vermelha olhar para o céu, quando um homem de óculos escuro, vestindo um enorme sobretudo preto, e montado numa vassoura voadora grita mergulhando na direção dela:
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[ UDG ] A GAROTA DA CAPA. O CONTO REPAGINADO
Romans"E SE A VIDA QUE VOCÊ DEVERIA VIVER, NÃO PERTENCESSE À REALIDADE ONDE ESTÁ?" Rosanne Redine é uma jovem, que assim como muitas outras pessoas do século XXI, sempre questiona a vida que leva e a realidade onde vive. Graças a um estranho incidente no...