Cap. XVIII: GUERRA, RELÍQUIAS E MORTE [Pte. 2]

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- Grífler! - A mulher diz chamando um grifo negro para uma conversa em particular.

- Senhora? - o grifo pergunta quando ambos param ao redor duma grande mesa, e a expressão daquela mulher; antes firme e determinada, se transforma.

- Onde está a minha filha? - Ela pergunta atônita.

- Nós a levamos para os andares inferiores. Ela está segura na sala do Cálice de Boldo!

- O quê?

- Sim senhora - Diz um ogro verde que se aproxima - de lá há uma passagem secreta direto para a floresta, e que só pode ser aberta por quem veste a Capa da Invencibilidade!

- Vocês ainda estão com esta Relíquia da Sorte aqui?

- Agora entendi porque todos esses... Monstros foram atraídos para cá!

- Senhora acalme-se! - O grifo a interrompe - Foque na criança, ela também parece ser importante, por isso nós a cobrimos com a capa, tudo que tem a fazer é fugir com ela daqui.

- Leve sua filha para longe, fuja também!

- Mas e quanto a vocês? Meus alunos e amigos? Não posso...

- Pode sim senhora! - o garoto com uma cicatriz em forma de raio que divide seu rosto, entra na conversa. - Nós vamos distraí-los enquanto fugimos pela floresta até o portal que o coelho disse que abrirá, e então terá tempo o bastante para fugir com a bebê!

- Tarry Hopper! - Um elfo grita pedindo ajuda - Precisamos de você aqui!

- Já estou indo! - o rapaz grita correndo até as portas e desembainhando sua vara de condão grita:

- Jumanji!

Na mesma hora um cervo feito de energia pura salta da ponta de sua vara, seguido por rinocerontes, elefantes, leões, e dinossauros feitos de luz azulada que correm todos na direção das portas e ao atingí-las alimentam ainda mais o escudo.

- Assim que o coelho entrar de novo aqui e ativar a máquina; a senhora deve pular no grande fosso que está sob o palanque onde os antigos diretores da escola faziam discursos.

- Abra o alçapão e pule no fosso que a levará direto para onde está sua filha.

- Alguns de nós já estão lá, protegendo o local de aranhas, serpentes gigantes e cães enormes de três cabeças que conseguiram invadir o subterrâneo.

- Deve partir sem sua capa - Uma fadinha diz com uma voz serena e muito triste - Ou vão reconhecê-la.

- Está bem! Acho que já sei o que fazer.

- Só tenho um pedido, - Ela diz com a voz já embargada - ou melhor... - tenta empostar a voz, engolindo um choro que já escapa.

- Uma ordem! - As palavras voltam a soar frias, sérias, quando alguns jovens bruxos e estátuas que se aproximam perguntam receosos:

- Qual pedido senhora?

- Considere feito, professora! - Diz uma pequena gárgula, quando a mulher conclui:

- Sobrevivam!

Magos, fadas, bruxos adolescentes e outros seres mágicos continuam fazendo tudo que podem para protegerem o lugar, dos invasores que tentam adentrar as portas e vitrais, enquanto lá fora; do outro lado...

- Destruam tudo! - Orcs e elefantes gigantes com quatro presas de marfim gritam enquanto lobisomens e robôs gigantes, partem com tudo que tem para cima das portas.

De repente aquele dragão colossal, que matou Geo, ainda lança uma labareda infernal contra as portas, quando uma luva amarela, e metálica, cuja cor, lembra ouro derretido toca-lhe uma das patas.

[ UDG ] A GAROTA DA CAPA. O CONTO REPAGINADOOnde histórias criam vida. Descubra agora