Cap. XI: BEM-VINDOS A BLOGWARTS

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Okay, Okay, aquilo foi muito estranho.

Eu já estranhava o fato de ter visões do que estava escrito naqueles papéis apenas por que os estava lendo, mas daí, alguém, do texto virar para mim e dizer que me achou?

Porém, mesmo receosa eu não conseguia parar de ler:

Dezenas de plataformas; agora estão repletas de pessoas e outras criaturas mágicas, míticas, alienígenas robóticas e futuristas; que desembarcam dos numerosos trens.
Algumas locomotivas emergem de trilhos que saem do lago, enquanto navios fantasmas surgem sacudindo as enormes velas furadas.
Um trem flutuante, de aspecto futurista, acaba de sair de uma plataforma distante, disparando na direção duma explosão luminosa que surge ao longe.
Locomotivas antiquíssimas e modernas contrastam no mesmo ambiente, onde pessoas, ogros, fadas, centauros e faunos desembarcam apressados.
Admirado com tudo que vê, o trio de amigos que vinha no trem bala; já desembarca numa plataforma imensa e quase lotada.
- Mas que lugar é esse? - Senhor Conde diz ao ver navios fantasmas emergindo do lago, e atracando num porto ao longe, bem perto da estação ferroviária.
- Com licença! - Um gigante murmura passando por trás de Leza.
- Incrível! - Senhorita Estranha exclama olhando para o céu, quase coalhado de grifos, pessoas montadas em vassouras voadoras, e fadas de vários tamanhos e formas.
- E olha que já vi muita coisa! - Ela conclui quando Senhor Conde olha para um majestoso edifício que parece quase cair sobre sua cabeça de tão altas que são as torres:
- Então, é aqui! - Ele resmunga enquanto uma fila de várias pessoas parece se formar atrás dos três.
- Isso mesmo crianças! - Uma voz feminina muito forte irrompe entre o burburinho que toma conta do lugar.
- Espero que meus pais me escrevam. - Um menino ogro de pele esverdeada murmura apertando algumas fivelas dá bolsa enorme que carrega.

- Vou sentir muita falta deles! - a criatura resmunga quando esbarra no Senhor Conde.
- Mas o que... - o vampiro rosna olhando para trás.
- Me desculpe, amigo! - Ele diz terminando de arrumar as bolsas.
- É que estou muito ansioso. - Ele diz parecendo secar as mãos num poncho que mal cobre seu corpo musculoso, e estendendo sua destra para o desconhecido de preto, o cumprimenta:
- O meu nome é Shrefion. Príncipe co-herdeiro de Tão-Tão Distante, e estes são minhas amigas... - o ogro diz acenando para que outras duas criaturas tímidas se aproximem.
- Atraídas pela conversa, Leza e Estranha também se aproximam como que procurando as pessoas de quem ele estaria falando.
- Nannis - o ogro então diz apontando para uma fadinha minúscula que está sentada no ombro dele.
- E Ápix! - Ele conclui apontando para o chão, quando uma formiga do tamanho de um ser humano surge como que do nada.
Os três assim como grande parte dos transeuntes recuam, correndo ou pulando para trás.
- Toda vez é assim! - a formiga, agora gigante suspira. - Espero que esses também se acostumem.
- Nos desculpe, minha cara! - Leza diz tentando amenizar o constrangimento de Ápix.
- Nos assustamos, porque você surgiu do nada, e...
- Não tem problema, alteza! Já estou acostumada.
- É bastante comum ver dragões e outros monstros imensos e selvagens tocando o terror; mas uma formiga como eu.... - ainda que racional, sempre será um... Inseto gigante e asqueroso.
- Não para mim. Muito prazer; Ápix! - Estranha diz estendendo a mão esquerda para a formiga que a cumprimenta tocando as palmas da mão dela com as antenas.
- Igualmente a todos! - a formiga diz enquanto ao redor, mesmo observando o inseto enorme de longe, todos voltam a circular normalmente também formando várias filas que seguem um líder.

- Ora! Vejo que já estão se enturmando! - Uma mulher gigante de longos cabelos negros e ondulados diz se aproximando do quinteto, que já conversa com todos na fila enorme.
- Já aqueles ali... Ela diz olhando para todos que ainda param de conversar.
- Vão aprender... - Ela diz desembainhando uma vara de condão do bolso do grande casaco que veste, e apontando para vários jovens, humanos e faunos ao longe que não largam o que parecem ser tablets e celulares; conclui:
- Sua primeira lição! - Ela diz apontando a vara para os jovens ao longe quando os dispositivos nas mãos deles se transformam em aranhas, baratas, moscas e abelhas.
- Um momento! - a gigante diz correndo até os jovens assustados.
O pânico já se espalha entre as pessoas e criaturas, quando a gigante se aproxima deles advertindo-os:
- Nada de distrações com quinquilharias dos mundos exteriores, senhoras e senhores! - Ela diz enquanto os insetos nos quais os dispositivos se transformaram, desaparecem desfazendo-se feito poeira.
Os jovens ainda reclamam da perda de seus dispositivos, enquanto professores humanos, grifos, gigantes e ogros chegam para organizar e conduzir os alunos ao castelo imponente.

[ UDG ] A GAROTA DA CAPA. O CONTO REPAGINADOOnde histórias criam vida. Descubra agora