Capítulo 14

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Primeiros momentos. Olívia se lembrava de todos eles. Sua primeira atração,contato, roçar de dedos, abraço, beijo, carinho no pescoço, amasso no sofá, amasso maisousado na cama, roçar de outras partes, boquete, sexo e por fim o gozo. Cada um dessesitens aconteceria com homens diferentes e ela se lembrava do nome de todos. Por contade sua ótima memória o reconheceu assim que entrou em seu campo de visão. E não foisó disso que lembrou.


— Sua vadia. Safada. — A voz saía firme, o olhar austero. — Fique de joelhos.Isso. Fique de joelhos. — A ordem veio.


O tom era o correto. Ele sabia muito bem como usar aquela entonação. Chegavaa ser amedrontador. Ela não tinha como ignorar. Ficou de joelhos sem pensar, apenasexecutou aquele comando.


— Desfaça meu cinto. — As mãos dela foram para a área indicada, havia umtremor ali. — Isso. Cuidado, cuidado...


Ele sentia a hesitação nos movimentos dela. Ele conseguia medir a suainexperiência e aquilo o excitava ainda mais. Era disso que gostava. Essas garotas quesolicitava. Não gostava das que já sabiam o que fazer. Ele queria estar no controle defato e não em um fingido.


— Certo, apenas puxe minha calça. — Lançou um sorriso para a sua presa entreas suas pernas longas. — Está vendo o quão duro eu estou? Já estou pronto.Ele estava mais do que pronto. A garota aos seus pés não. Ela tinha pânico noolhar. Seus olhos amendoados estavam lhe traindo. O coração batia descompassado.Seu estômago prestes a embrulhar e causar estragos irreparáveis para aquele começo decarreira. Não estava se sentindo capaz. O tom que ele usava não a incentivava e sim arepelia. Carmim estava com medo. Estava deixando que Olívia ainda lhe guiasse nesseprimeiro dia na profissão de acompanhante.


— Garota! — A palavra veio quase como um grito. Carmim estava sem reaçãonaquele instante e então tudo mudou. — Sua garota safada. Tire-o para fora. — A vozveio muito baixa, pausada, constante.


Apesar das palavras ditas, chegava a ser reconfortante. Ela fez o que lhe erasolicitado. Ele encontrou o tom certo de conduzir aquela garota. Não era do tipo quefuncionava com gritos, aspereza ou brutalidade. Tapas naquele rosto com sardas nãoiriam funcionar. Mesmo que ele estivesse ansioso por fazer. O homem gostava daquilo.E mais. Ele gostava de decifrar as mulheres que pagava para lhe dar prazer. E aquelaestava prestes a sair correndo e chorando daquele quarto caríssimo de um dos hotéiscinco estrelas de Chicago. E ele não desejava que isso acontecesse. Não antes de poderlhe comer a boceta.


— Segura ele. — Carmim finalmente o tinha em suas mãos, duro, pulsando,como se implorasse. — Ah, é grande? — O homem estava satisfeito com o olhar queseu objeto de prazer encarava o seu membro. — Bata pra mim. Isso!


Carmim ainda estava confusa sobre o que acontecia. Nunca em momento algum,nem lá no seu primeiro contato com o sexo, com os seus quatorzes anos – o rapaz tinhaa mesma idade, apenas alguns meses a mais –, precisou que alguém dissesse o quedeveria fazer. Era algo instintivo para ela que deveria masturbar aquele homem, masmesmo assim só conseguia realizar tal ato depois que ele lhe dava o comando. O medoou a ansiedade dessa primeira vez como uma acompanhante a estava anulando comomulher? Questionava-se no momento em que outra ordem saiu daqueles lábios largos. Aboca daquele homem era imensa. Ele era imenso. Em tudo. Carmim estava agora bemciente disso.

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