Capítulo 3 - O exame

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Acordo no outro dia com o som da TV voltando ao ar, e os repórteres de plantão fazem reportagens mostrando como está a situação em varios países, haviam repórteres espalhados por toda parte, a situação estava cada vez mais descontrolada.

Depois de mostrarem rapidamente alguns principais países, voltam para o EUA e a jornalista começa a falar.

-Todos devem estar no centro de sua cidade onde será realizado o exame até às 11 da manhã, 11 horas seguranças vão entrar em todas as casas para garantir que não fique nenhuma pessoa sem fazer o exame, e 1:00PM vai começar a retirada de sangue. Procure ser pontual e não faltar, pois aquele que for encontrado em sua casa será levado a força. - Diz a jornalista e a TV sai do ar novamente

Era 9 horas da manhã e eu não queria me atrasar, levanto do sofá e olho pela casa, ela estava tão vazia, não costumava ficar um minuto em silêncio, pois minha mãe sempre ficava cantando alegremente.

Me veio essas lembranças, solto um sorriso triste e subo para meu quarto, está uma bagunça pois eu não tive tempo de pensar em arrumar nada.

Tomo um banho e me visto, eu estou com uma calça jeans, uma bota preta e uma blusa cinza, deixo o cabelo solto para tentar esconder a minha cara de alguém que chorou a noite toda.

Desço a escada e pego um bolo que tinha na geladeira e como com leite.
Termino e fecho a porta com a chave e vou andando para o centro, não é muito longe, uns 10 minutos andando.
Enquanto eu ia, vi algumas pessoas vindo também andando, o Silêncio tomava conta da cidade.

Chego no local marcado e tem um espaço montado, varios homens uniformizados com uniformes brancos, parecia que queriam passar medo de acordo com suas expressões faciais.

[...]

O relógio marca 12 horas, e alguns médicos aparecem nos auxiliando.
Uma linda mulher de cabelos curtos, enrolados e loiros aparece em um palco montado no centro daquele espaço, ela estava com um grande sorriso em seu rosto antes de começar a falar em um microfone para que todos pudessem ouvir.

-Olá a todos, me chamo Rachel Campbell e eu sou a encarregada desse exame neste estado, compareço apenas nessa cidade pois é a maior do estado. Sejam todos bem vindos e não fiquem com essas caras assustadas pois o exame vai ser indolor, bom, acreditamos que uma agulha não dói muito. - Diz ela e depois sorri

-Vai ser dividido por idade os exames, as crianças de até 10 anos devem fazer os exames no bloco 1, já os que tem entre 11 e 16 no bloco 2, de 17 aos 30 bloco 3, e finalmente as pessoas de 30 anos para cima no Bloco 4. Acontecerá primeiro a retirada de sangue, depois já saberemos se você está infectado, caso não esteja será direcionado a uma sala onde seram levados todos que não estão, já se você estiver infectado vocês voltarão a suas casas e tentar não ser vencido pelo vírus, não queremos assustar ninguém, apenas queremos ser o mais sincero com vocês. Pode estar mais infectado que o comúm, então seu tempo será mais curto, já outros podem sobreviver, existem até pessoas aqui que sabem que estão infectadas. Fizemos vários exames em algumas pessoas infectadas e descobrimos formas de evitar alguns sintomas e o tratamento pode manter a pessoa viva, mas não será possível salvar todos, então será feito um sorteio para algumas pessoas que terão o tratamento. Desde já agradeço e em 10 minutos começam os exames. -Diz ela e sai do palco.

Ela parecia estar imune ou caso ela estivesse infectada com certeza ela teria o tratamento, por ser alguém importante.

Os homens guardas então começam a guiar as pessoas para um local onde tinha uma lista com o nome de todas as pessoas que moravam naquela cidade,e as que estavam de turismo iam em outra parte, nessa lista cada pessoa deveria assinar o seu nome e colocar sua digital.

Eu estava muito perdida, tinha ouvido tudo o que a Rachel disse, mas na hora eu não sabia nem onde estava.

Então um guarda que estava com um cassetete em sua mão grita comigo.

-EI! O que está fazendo parada? Andando, qual sua idade? -Diz ele em um tom mais alto.

-E..Eu estou perdida, tenho 18 anos.

-Venha comigo. -Ele me segura pelo braço e sai me puxando.

Não entendo oque está acontecendo, por que eles estão tão agressivos? Por que não me trata como um ser humano normal?!

Ele me leva até um espaço onde tem uma fila onde tem vários jovens, consigo ver escrito Bloco 3 logo na frente.

-Entre na fila e faça tudo o que te ordenarem. -Diz e sai como se procurasse outra pessoa para insultar, eu em.

Eu aguardo chegar minha vez de assinar, enquanto isso vejo que toda hora chega guardas obrigando pessoas a entrarem no espaço, eles são agressivos.

Chega a minha vez e tem um jovem para me atender, ele pede minha carteira de identidade e eu lhe entrego.

Ele procura meu nome em uma enorme lista, é um livro enorme, logo quando encontra me dá uma caneta e assino meu nome, ele pega uma tinta, coloca no meu polegar e põe na mesma lista, em seguida me direciona a uma sala onde estavam todos os jovens que já assinaram, era só aguardar para tirar o sangue.

[...]

Não estou aguentando mais esperar nessa sala cheia de jovens mimados, e tem um garoto que eu não aguento mais ouvir sua voz, ele é alto, branco, tem olhos muito escuros, seus cabelos são negros e enrolados, ele é muito bonito, mas pelo pouco que vi é um garoto que só quer curtição e confusão, parece que não percebe o quanto estamos ferrados nesse mundo, que estamos em pleno apocalipse.

Ele começa a discutir com um rapaz, já não aguento mais olhar para o rosto dele então nem dou atenção, mas estavam brigando muito alto então me virei e vi que o rapaz era o garoto que conheci outro dia, Sam.

Fui em direção a eles mas logo então chega dois guardas e separam eles, e gritam com eles.

-PAREM COM ESSA PALHAÇADA, SE TIVERMOS QUE VOLTAR AQUI POR CONFUSÃO EU GARANTO PRA VOCÊS QUE AMBOS VÃO SAIR MUITO MACHUCADOS. -Fala um dos guardas muito alterado, e logo soltam eles e saem.

-Ainda vamos resolver isso só nós dois. -Diz o garoto que eu não sei o nome.

Sam passa a mão em seu rosto que está com sangue e eu o chamo.

-Sam?.. -Mas logo sou interrompida por uma médica que chama pelo meu nome.

-Natasha Morgan.

Me viro e vou até ela.

-Entre e feche a porta. -Diz ela

Faço assim como ela pede.

Então me sento em uma cadeira com um suporte para colocar o braço, ela pega uma agulha e tira várias cápsulas de sangue. Depois ela diz.

-Pode aguardar do lado de fora, logo vão sair os resultados, e você terá mais instruções.

Depois daquilo saio por outra porta e me encontro novamente no lado de fora, no espaço.

Então olho no meu relógio já são 2:00PM, começa sair das salas uma multidão de pessoas, em questão de minutos já tinha encerrado os exames, faltava só os resultados.

Então no mesmo palco sobe a mesma mulher com um sorriso ainda maior.

-Atenção todos, agora iremos dar o resultado dos exames, quem não estiver infectado será levado para a Capital do país onde viveremos, manteremos nossa saúde, mesmo que o restante de sua família esteja infectada vocês se separarão. Já os outros faremos um sorteio de 100 pessoas para ter a chance de ter um tratamento e sobreviver junto com as pessoas imunes, tiveram sorte, só pessoas daqui que terao tratamento o restante que não for sorteado sinto muito. Sou grata e agora... Vamos aos resultados, por ordem de bloco...

Continua...

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