No outro dia foi anunciado no auto falante que o dia seria livre e que as pessoas podiam sair da casa em que estavam e então conhecer o lugar, ou seja, a capital, tudo que estava dentro dos muros.
Seria um dia sem tantas regras, a única coisa seria que no final do dia teria uma palestra, e seria bom que todos participassem, para expandir conhecimentos.
Finalmente eu vejo o sol, depois de tanto tempo dentro da casa, acho que 3 dias, Victoria saiu com algumas pessoas que ela conheceu, ela é super social, para ela é fácil fazer amizades, e eu como não tenho esse dom pensei em ter um dia de descanso diferente, um dia de descanso das pessoas e dos problemas.
Todos saíram da casa super felizes como se a situação fosse boa, eles não percebem a gravidade do problema, não se tocaram que estamos em um apocalipse, um apocalipse zumbi.
Vou andando sozinha pela cidade, me lembro que semanas antes do vírus espalhar passou na televisão sobre as mudanças na capital, mas não sei o porquê, na minha cabeça só me vem pensamentos que eles escondem do povo, eu pude analisar a linguagem corporal de Rachel e percebi que ela me escondia algo quando fiz a ela aquelas perguntas, ela estava inquieta e mudou de assunto rapidamente.
Saio do centro da capital e vou para perto dos muros, aqui muita sombra, ando por quilômetros até que chego nos portões, tem alguns guardas numa torre perto dos portões, fico observando por alguns segundos, eles tem armas de fogo, minha curiosidade só aumentava, ninguém fica perto dos portões a não ser os guardas, depois chega dois guardas com uma sacola, me parecia que era o almoço para os que estavam na torre, os que estavam na torre descem e vão ao encontro dos outros, conversam bastante e depois se sentaram no chão encostados a uma árvore, foi aí então que tive a ideia de ir até os portões sem que eles me vissem, a árvore esta meio longe acho que dá para eu ir lá nos portões rapidinho ver como está lá fora e voltar sem que eles me veem.
Vou correndo desviando de galhos que tinha no chão, chego nos portões, não estão trancado, apenas uma madeira os mantém fechados, tiro a madeira, abro lentamente o portão vi como estava estranho e diferente lá fora, dentro dos muros era tudo vivo e colorido, por fora estava morto, sem ninguém, depois que vejo tudo como esta penso em voltar para a dentro, mas então apareceu um homem, todo ensanguentado e nojento, um zumbi, vou chamá-los assim, me assustei pois quando eu vi Alexandre ele estava dentro de uma caixa de vidro, já este estava solto e podia atacar a qualquer momento.
Quando penso em voltar para dentro alguém joga uma pedra perto de onde eu estava por cima dos galhos, fez barulho e chamou a atenção do guardas, olho em direção de onde veio a pedra e vejo Isaac, ele pensou que eu não o vi e se escondeu, depois eu saí correndo por onde eu vim.
-EI! -Grita um dos guardas
Corro mais ainda e saio da vista deles, mas agora Isaac vai me ouvir.
Chego no casarão e me sento no refeitório já que não tenho nada a fazer, espero para ver se ele aparece mas nada, apenas ouço um som dizendo que temos uma palestra.
Depois eu olho no relógio que tem na parede e já está na hora da palestra, havia várias casas dessa na capital, pois veio pessoas do país inteiro, mas contando tudo tinha 363 pessoas, a única cidade que teve o sorteio foi a minha.
Então na capital havia 100 infectados em tratamento, e 263 imunes, 100 guardas, mais outros 50 ajudantes da república e de hospitais, totalizando 513 pessoas sobrevivendo na capital.
Já estava tudo pronto para a palestra, vai ser passado as mesmas informações em todas as casas.
Rachel era a madrinha da nossa casa, ela que sempre cuidava da nossa imagem e dessas coisas, Rachel então começa a falar.
-Olá a todos! Bom, essa palestra é para expandir conhecimentos, para vocês saberem de como vai ser daqui para frente.
Rachel fala sobre que cada pessoa terá que ter um trabalho para poder ter coisas em troca, existe muitas áreas para serem atuadas.
-Os infectados devem estar todos os dias as 13:00h na enfermaria da casa ou no hospital para receber vacinas, caso algum dos infectados morrer, eles se transforma em zumbi, vamos chamá-los assim, amanhã escolherao suas funções, e a partir de agora não precisarão de minhas instruções, sabem o que fazer. -Diz Rachel.
A palestra acabou e já era noite todos voltaram aos seus quartos, me deito na minha cama e tento dormir, demorei mas consegui.
No outro dia podíamos sair da casa normalmente, não precisamos da ajuda de Rachel.
Saí de lá e já fui para a sala política, lá se divide o trabalho a seguir, tinha muitas variedades más eu me interessei pelo de atirador...
Com certeza saber atirar é a coisa mais útil que aprender...
Voltei para a casa, me encontrei com Victoria e começamos a colocar os assuntos em dia.
-Então Natasha, com o que você vai trabalhar? -Pergunta Victoria
-Vou ser uma atiradora, e você? - Ela me olha assustada
-Atiradora? Você mataria as pessoas do lado de fora? Eu vou cuidar da plantação de alimentos.
-Muito boa decisão a sua, e sobre eu "matar as pessoas do lado de fora", não sei se seria tão mal matar isso.
-É, faz sentido, mas eu não teria coragem mesmo assim. -Diz ela.
-É, mas você vai precisar ter coragem, nós precisamos... um dia essa situação vai piorar e você vai ter que aprender a lutar e acabar com eles.
Precisamos agora nos acostumar com o que estamos vivendo.
Concordamos entre nós e vemos a chegada de Sam.
-Olá garotas! -Ele fala contente
-Olá Sam! -Falamos sucessivamente
-Adivinha quem é o mais novo atirador da capital? -Pergunta Sam
-Haha adivinha quem é a mais nova atiradora da capital? -Falo super sarcástica
A gente riu e já estávamos preparados pra começar a lidar com isso, ainda que no fundo o medo ainda me deixava dúvidas da minha decisão.
Continua...
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O Vírus
Ciencia FicciónNatasha Morgan estava prestes a iniciar a faculdade de medicina quando sua família foi infectada por um vírus que se espalhou pelo planeta, que consistia em trazer vários sintomas e os levando a morte, porém a morte não era por completo, deixando as...