Estamos na estrada a mais de 30 minutos, não sabemos ao certo onde estamos a ir, as vezes paramos e damos uma olhada mas nada é razoavelmente seguro e nem um pouco confortável.
Isaac dirige muito rápido, o que me deixa com um frio na barriga fazendo com que eu aperte mais o meu corpo contra o seu, além de estar a quase 100 metros de distância dos carros.
-Se me apertar mais eu acho que vou vomitar! -Ele grita virando seu rosto para facilitar minha audição, logo fazendo com que eu imediatamente não o apertasse mais.
Não sei se é motivo de me envergonhar ou de dar um soco nele, visto que minutos atrás acelerei ao máximo e me arremessei em outro carro.
Ele é realmente recheado de sarcasmo, debochado.
Mas ele acabou por dirigir mais devagar, foi aí que ouvimos alguns sons de buzinas vindo de trás, ele diminui a velocidade e para a moto, olha e percebe que pedem para voltar.
Ele da meia volta e dirige em direção aos carros, em segundos já estamos junto a todos, eles já estão fora dos carros.
-Acabou a gasolina, o carro tá morto. -Alek diz com um péssimo semblante.
-Esses outros já estão na reserva, acho que vamos ter que continuar andando, ou alguém pode procurar por um posto. -O outro amigo de Isaac diz.
-Precisamos desses carros, ou de pelo menos um, vamos parar ali naquele estacionamento, e vemos o que fazemos. -Isaac diz e em seguida toma a chave de Alek de sua mão e abre o porta malas a procura de algo.
Parece que ele ainda tem o ar de quem está no comando, ele não é mal, mas com certeza precisa de ajuda, ele pode foder com tudo.
Isaac pega um pedaço de mangueira e joga em um cara.
-Alguém tira a gasolina de todos os carros e coloca em um, vou a procura de algum lugar para ficarmos pelo menos uma noite, se separem e procurem água, comida e gasolina, ou algum lugar. Aqui é o nosso ponto de encontro, ao escurecer nos encontramos aqui. -Isaac diz e pega duas armas, saindo de perto dos outros.
Todos procuraram fazer alguma coisa, se dividiram sem discussões e obedeceram Isaac, agora que percebi que ele pode sim liderar o grupo, por todos de alguma forma ainda temerem ele, mas, não sei se seria a melhor coisa.
Decido também procurar por algum lugar para que possamos passar a noite.
-Vem comigo Victoria? -A pergunto assim que pego o arco que tinha escolhido no primeiro dia de treinamento, além de encontrar minha mochila e a de Isaac no porta malas.
-Ah, vamos procurar gasolina. -Se insinua a Sam e balança um galão de gasolina, sorrio para ela, afinal, ela deve gostar dele.
-Tudo bem. -Digo e me afasto de todos entrando no mato.
Avalio cada lugar na qual eu passo, não há barulho de nada além das águas e pássaros. Nesses momentos que penso, a aves, muitas delas não foram afetadas, voam por aí totalmente puras, apesar de depois de toda essa confusão, o ar ficou poluído, penso se elas pode sobreviver com o vírus.
Sigo o som da correnteza do rio para pegar um pouco de água, mas quanto mais perto eu chego, mais o ar fica poluído, me deixando com uma enorme dificuldade de respirar, mas por quê?
Quando vejo o porquê meu estômago se revira com essa visão.
Não é apenas um rio, é um rio de zumbis jogados um em cima do outro, alguns já estraçalhados pela velocidade das correntes de água, e não é apenas em um lugar, por toda a parte na qual minha visão permite posso ver um rio negro.
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O Vírus
Научная фантастикаNatasha Morgan estava prestes a iniciar a faculdade de medicina quando sua família foi infectada por um vírus que se espalhou pelo planeta, que consistia em trazer vários sintomas e os levando a morte, porém a morte não era por completo, deixando as...