No trabalho, não parei um segundo de pensar em Jace e sua "declaração". Não pude dar uma resposta pois bem naquele momento minha mãe entrou no quarto e ele teve que se transformar rapidamente, e logo já tive que sair pois estava atrasada para o trabalho. Estava nervosa em relação ao nosso "encontro" Já fui para o trabalho pronta com a roupa e maquiagem para hoje a noite, Joe me olhou dos pés a cabeça mas não falou nada e na verdade ele estava bem estranho, perguntei sobre o braço quebrado e ele não quis falar sobre o assunto. Quando finalmente chegou 19 horas, liguei pro Jace e em menos de 5 minutos ele entrou e me pegou nos braços, me abraçando. Fiquei sem jeito por causa do Joe.
-Joe, esse é Jace. Jace esse... -Nós já nos conhecemos - Jace falou sorrindo.Joe me olhou confuso. -Tudo bem, eu já contei pra ela.Então Joe sorriu e abraçou Jace ( Bom, tentou abraçar , já que um de seus braços estava com o gesso)Eu fiquei ali parada olhando para os dois sem entender nada. - Nos conhecemos das lutas, foi com ele que lutei ontem a noite. Você deve ter percebido que ele está acabado e com o braço quebrado- ele riu, debochando. Joe fez uma careta. -Mas pelo jeito não sou só eu que estou acabado. - brincou Joe - Se olhe no espelho, Sr. lutador.Eles riram como crianças. -Joe! Por que nunca tinha me contado ?! -Me desculpe, eu nunca contei pois não achei relevante já que eu havia parado. Eu só voltei lá ontem á noite pois precisava do dinheiro para pagar o tratamento de minha mãe. -Mas Jace venceu.. - Falei confusa. -Mas ele me deu o dinheiro - Ele olhou para Jace com admiração- Ele é um homem bom, fico feliz que seja ele o dono do seu coração, fico feliz que estejam namorando. -Não estamos namorando! - Soltei rapidamente, muito envergonhada. -Ainda. - Jace falou, me deixando sem jeito e fazendo Joe rir da minha reação. -Bom, temos que ir. - Jace falou -Até mais Joe, boa noite - Dei um beijo em sua bochecha. -Adeus, boa noite pra vocês. - Ele estava sorridente - Aproveitem!Saímos e caminhamos duas quadras, então ele parou diante de um porsche, um lindo sedan preto. -Sério?! - Perguntei boquiaberta. -Sério. - Ele riu da minha reação diante de seu carro e abriu a porta para mim - Tenha bondade, senhorita. Ri alto e entrei no carro, empolgada. Por dentro era tão lindo quanto por fora, com os bancos de couro e o painel enorme. - É tão lindo ! - Falei quando ele sentou ao meu lado no carro. - É, apanhar pode ter seu lado bom.Então ele arrancou enquanto ríamos, e fiquei olhando o movimento de carros pela janela. Fazia quanto tempo que não tinha essa sensação? Pelo menos alguns anos. -Obrigada. - Por que está agradecendo? -Por tudo, por hoje e principalmente por ter dado o dinheiro para o Joe, ele realmente precisava. -Você se importa muito com ele, não é ? -Sim. -Ele gosta de você - Ele falou. - A luta não durou muito, mas depois passamos algum tempo conversando.Depois que a luta acabou vi que ele estava arrasado, e não era fisicamente, aí fui falar com ele, ele hesitou um pouco mas depois acabou contando sobre sua mãe, então falei que lhe daria o dinheiro, ele agradeceu emocionado e me convidou para beber alguma coisa, fomos ao bar do outro lado da rua e ficamos conversando e lá pelo quarto copo de whisky ele falou de você. No começo eu não fazia ideia que era você, ele apenas estava falando sobre uma garota linda, com os olhos grandes e um sorriso bonito, honesta e responsável e eu percebi que era você quando ele falou que ela trabalhava com ele aí juntei as peças, eu sabia que conhecia ele de algum lugar, lembrei que foi ele quem eu vi aquele dia que fui até seu trabalho comprar as cordas.Fiquei vermelha e virei o rosto. ouvi o som de sua risada. -Então falei pra ele sobre nós, não detalhes, mas falei que a gente se conhece e que gosto de você.Arregalei os olhos e virei pra ele. -Não precisa ter dito isso. -Alice, é melhor ele saber a verdade agora do que depois. -Tudo bem - Concordei, por que ele realmente estava certo. -Chegamos. - Ele falou e sorriu para mim.Por causa de nossa conversa, eu nem estava prestando atenção, só quando levantei os olhos que percebi do que se tratava: Um parque de diversões. - Sei que pra você não é nada, já deve ter vindo aqui milhares de vezes, é que eu nunca tive a oportunidade de ir em um e me parece muito bom. -Na verdade, vim apenas uma vez com meu pai, quando era bem pequena.Sorri e sai do carro, ele fez a volta e pegou minha mão. Entramos e foi estranho, lembrei exatamente daquela sensação de quando vim com meu pai , há quase dez anos atrás. Eu estava assustada por causa do monte de pessoas e do movimento e agora olhando para o Jace eu vi isso nele. Então apertei mais forte a sua mão e falei pra ele as mesmas palavras que meu pai falou pra mim quando viemos: - Está tudo bem, vamos nos divertir - Sorri nostalgicamente com a lembrança. -Eu só não estou acostumado com tantas pessoas assim.Eu ri, nervosa. -Nem eu.Andamos por todo parque, conversamos e ele comprou algodão doce e maça do amor para nós, ele não gostou da maça do amor mas adorou o algodão doce. -É tão estranho, se desmancha! - Falou ele empolgado, como uma criança - É delicioso.Depois dos dois que comemos juntos, ele comeu mais dois sozinho, já que eu não aguentava mais.Não podemos ir em muitos brinquedos pois eu estava de saia, mas fomos em alguns e Jace foi em um de tiro e ganhou um panda enorme de pelúcia e me deu. -Obrigada Jace, é lindo!Ele não conseguia conter o sorriso. -Está cansada? Quer ir para casa? -Meus pés estão doendo um pouco, mas eu queria ir na roda gigante. Vamos?Ele ficou branco como um papel. -Não quer ir? tudo bem, podemos ir para casa então - Sorri pra ele. -Eu quero, só, hã... eu...- Sua expressão mudou e seus olhos ficaram sombrios de uma hora pra outra - Eu apenas tenho medo de altura. Mas vamos.Entramos e ele segurou forte minha mão. - Vai ficar tudo bem - Falei tentando o acalmar. Por que ele ficou assim do nada? O que de errado tem em uma roda gigante?Enquanto ela subia eu olhava para Jace. Agora seu sorriso tinha voltado, mas seus olhos continuavam sombrios e tristes. Antes que eu pudesse perguntar alguma coisa ele se virou e botou uma de suas mãos em meu rosto. -Alice? - O que? -Você já beijou alguém antes ?Ri com a pergunta. Mas depois percebi que ele não estava rindo. -é sério? -Sim. -Já. Por que a pegunta? -Nada, era só uma dúvida. -E você? Já beijou alguém? -Perguntei para descontrair, mas era óbvio que sim. Ele tem quase vinte anos, não seja idiota!!!!!! Pensei. -Na verdade, não. - Suas bochechas ficaram vermelhas mas ele continuou com a expressão séria.Arregalei os olhos. -Não? -Não - Ele riu - É tão difícil assim de acreditar? -Sim- Eu falei, agora rindo também. -Nunca conheci ninguém que quisesse beijar. Não até conhecer você- Ele olhou em meus olhos, como se estivesse tentando enxergar minha alma - Você... posso beijá- la? -Sim - Falei com o coração acelerado.Então ele me beijou. Foi desajeitado no começo, mas depois entramos em sintonia. Parecia até que era o meu primeiro beijo também, é tão bom, suave, delicado, ele segurando meu rosto como se fosse algo que pudesse se quebrar. Senti na sua boca o gosto maravilhoso de algodão doce, me senti flutuar, naquele momento esqueci o mundo. Quando ele finalmente se afastou, ficou me olhando, sorrindo, a roda gigante tinha parado e lá de cima podíamos ver as luzes de toda a cidade. -É tão lindo. - Eu disse. -Não mais que você.Ele me abraçou com força, seu coração estava acelerado assim como o meu e quando me soltou, a roda gigante já havia parado, descemos e nos dirigimos até o carro, de mãos dadas e em silêncio. Ele deixou o carro á uma quadra de distância da casa e caminhamos até a casa. Quando chegamos abri a porta e acendi a luz da cozinha. Ele me beijou novamente. -Boa noite, Jace. - Falei. -Boa noite - Ele falou com a voz um pouco rouca.Ele se afastou, mas depois de alguns segundos parou e olhou pra mim, olhei pra ele envergonhada e sorri, então ele veio até mim tão rápido que mal deu tempo pra mim absorver o que estava acontecendo. Ele me pegou em seu colo, minhas pernas em volta de sua cintura e agora ele me beijava com mais intensidade que antes. -Jace... -Sussurei -Shhh... -Fez ele com a boca ainda colada na minha - Ah, alice, é tão bom...Voltamos a nos beijar, ele apagou a luz e comigo ainda em seu colo se dirigiu ao porão, não acendeu a luz, apenas me deitou em sua cama, ficando em cima de mim, me beijando e de repente começou a morder meu pescoço. Ahh, ele é muito bom nisso, a sensação de seus lábios em meu pescoço é maravilhosa. -Posso? -Pergunto, um pouco ofegante. -Claro - Ele fala com um sorriso perverso nos lábios.Ele me vira com facilidade, me passando para cima dele, tiro sua camisa e começo a beijá-lo, mordo um pouco seu pescoço e sua respiração começa a ficar ofegante, cortada. Então quando baixo a cabeça para seu peito, e vejo suas cicatrizes e meu coração se aperta. Beijo cada uma delas. -Alice? Você já... ? -Não - Merda. por que isso de repente? - E você? -Alice, eu nunca nem beijei antes! - Ele riu - Não antes de conhecer você Eu sorri. -É cedo, não é ? - Ele falou enquanto dava beijinhos em minha mão. -Sim, muito cedo. - Falo, corando- Mas teremos tempo. -Sim, muito tempo.Depois de mais uns minutos entre beijos, mordidas e risadas resolvemos ir escovar os dentes para dormir. Quando voltamos nos deitamos em sua cama, ele me abraçou quando virei de lado. -Boa noite - Sussurrou em meu ouvido, me fazendo arrepiar.Outra vez estava dormindo com ele. Mas dessa vez, com ele em sua forma humana, me abraçando como homem depois de nosso primeiro encontro de verdade. Me sentia tão feliz que nem consegui fechar os olhos, fiquei ali, sentindo o calor dos seus braços, seu cheiro delicioso e sua respiração em meu pescoço. Depois de tantos anos eu me sentia feliz, me sentia ... Inteira.
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THE WOLF
Roman pour AdolescentsAlice é uma menina de 17 anos que fora obrigada a amadurecer rápido demais. sua vida está de cabeça pra baixo e quando encontra Jace, um cara mais velho a quem não decidiu ainda se pode ou não confiar, ela não sabe se as coisas estão melhorando ou s...