Prólogo

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Ingrid estava no aeroporto onde havia acabado de chegar de São Francisco de uma viagem a passeio na casa de uma amiga. Carregava apenas uma mochila. Usava saia jeans e blusa. Entrou no táxi que a levaria para casa, pelo menos era isso o que ela imaginava.

— Boa noite! — disse ela ao motorista.

— Boa noite! — Aonde a senhorita vai? — perguntou ele educadamente.

— Avenida Madison, por favor!

O motorista de aparentemente trinta anos usava terno preto e quepe, até parecia um motorista particular. Ingrid apenas estranhou o fato de ele também usar luvas brancas.

O trânsito estava bastante lento e Ingrid aproveitou o tempo para verificar as mensagens que havia recebido no celular. Avisou sua amiga de São Francisco que já estava chegando em casa e em seguida colocou o fone de ouvido para ouvir músicas. Tinha em seu smartphone uma seleção de músicas românticas dos anos 80 e 90, as suas preferidas. Eles estavam perto da Avenida Madison, mas Ingrid percebeu que o motorista seguiu na outra direção. Ela ficou sem entender o que estava acontecendo.

— Moço! — O caminho está errado — disse Ingrid rapidamente.

— Não, não está! — O caminho é este mesmo — respondeu ele calmamente.

— Por favor, pare o carro que eu quero descer — pediu Ingrid receosa.

Ela tentou abrir a porta, mas estava travada.

O carro adentrou ao Central Park e quando estava em um local remoto ele parou o veículo.

— O que está acontecendo, por que parou aqui e não me levou aonde eu pedi?

Ele olhou friamente em seus olhos e depois abaixou o olhar para as pernas de Ingrid, mas não respondeu absolutamente nada.

— Por favor, me deixa descer. — Quanto eu lhe devo moço?

— Você não me deve nada, mas só vai embora depois de me dar àquilo que eu quero.

Ouvindo isso Ingrid teve certeza absoluta de que seria estuprada e começou a gritar, mas estava com tanto medo que a voz não saía com a intensidade desejada. Ela estava apavorada.

— Não quero lhe machucar, me deixa apenas tirar a sua calcinha, depois você pode ir embora, isso se prometer não contar nada para a polícia.

— Você é louco, não vou deixar encostar suas mãos sujas em mim — disse Ingrid e continuou tentando abrir a porta para fugir.

O criminoso não tinha escolha. Ele tentava, mas as mulheres sempre dificultavam as coisas. Infelizmente ele não poderia permitir que ela saísse dali com vida. Ele saiu do carro rapidamente e em seguida abriu a porta traseira. Ingrid tentou fugir, mas ele a agarrou segurando pelo pescoço. Na tentativa de se desvencilhar ela ainda o arranhou no rosto, mas rapidamente perdeu a consciência. Seu corpo desfaleceu.

O assassino soltou o corpo sem vida calmamente no chão. Em seguida desabotoou o fecho da saia e a tirou jogando ao lado. Estava diante de mais um troféu. Cuidadosamente ele enroscou os dedos na calcinha e deslizou sobre as pernas até tirá-la completamente. Segurando com as duas mãos aproximou do rosto e sentiu o cheiro maravilhoso que a peça exalava. Colocou-a no bolso do paletó e em seguida entrou no veículo deixando o local tranquilamente com a satisfação de dever cumprido.

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