O Meu Amor

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O meu amor tem um jeito manso que é só seu
Que rouba os meus sentidos, viola os meus ouvidos
Com tantos segredos lindos e indecentes
Depois brinca comigo, ri do meu umbigo
E me crava os dentes  

Brasas.

Um simples toque.

A sensação da pele fervente e convidativa contra a sua, era um incentivo para se perder nele. Quando o calor que emanava daquele homem a tomava, elevava todas as sensações, por menores que fossem à máxima potência. 

Calmamente, com ar de esperteza e superioridade, ele a revirava do avesso.

Quando ser observada não era o suficiente para aplacar a fúria de seu corpo, ela tremia e ele avançava. Quando o sorriso travesso se desenhava na boca gostosa, ela sabia que estava conquistada. 

Sentir a carne quente e macia dos lábios, que deslizava sutil e conscientemente por suas maçãs do rosto, maxilar, orelha e queixo, era como perder o fôlego e recobrar o ar depois de quase sufocar. Enquanto mãos masculinas desvendavam cada um de seus segredos, ocultos pela frieza de sua pele, seus lábios delicados eram tomados com a destreza de um professor.

Entre sussurros e mordidas, todos os cantos de seu ser eram preenchidos pela satisfação de ser o único a transformar uma brisa suave num furacão incontrolável. Sem perder o ritmo, apenas com a língua, ele ocupava todos os espaços daquela boca feminina, e sorria ao fazê-la perder as rédeas e esquecer de respirar.

Mordiscando sua orelha, ele destilava seus encantos, oferecendo aventuras e massageava seu ego. Esticando os dedos centímetro a centímetro de sua pele, acariciando suas costas e dedilhando uma trilha pela barriga, arrancando risadas de sua garganta atraente de mulher e bebericando do suor brilhante em seu colo, antes de morder seu ombro numa linha tênue entre dor e prazer.

O Meu AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora