O Meu Amor

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O meu amor tem um jeito manso que é só seu
Que me deixa maluca, quando me roça a nuca
E quase me machuca com a barba mal feita
E de pousar as coxas entre as minhas coxas
Quando ele se deita  

Ela se vira e revira nos braços de seu amado, sabe que ele é seu, sabe que o tem por inteiro, sendo aprisionada por braços fortes, que a mantém bem perto, que exige mais e mais de sua presença. A observação silenciosa já completamente esquecida, ele toma a dianteira, deixando crescer a urgência, transparecendo a necessidade de tê-la.

Enquanto cada parte de seu corpo implora por um pouco mais, ela se permite guiar. Abrindo mão do controle, deixando-se levar por tanta paixão. Sorridente, ela sabe que naquele momento possui todo o poder.

Ansioso, carente e necessitado, ele quer sentir seu perfume, precisa do cheiro delicioso e inebriante de mulher impregnado em seu peito, no seu corpo. Com um movimento hábil, a vira de frente e enterra o nariz na pele úmida e delicada do pescoço, sentindo um leve arfar seguido por um pequeno gemido da boca dela.

O queixo dele desliza sem parar pela extensão de seu pescoço, ela sente o conhecido e delicioso ardor por causa dos pelos grossos de seu rosto quadrado de homem. Sim, ele a quer. Como quer, ela sempre soube e sempre saberá.

Empoderada, inebriada pela sensação de ser única, ela permite que a deixe no lugar em que deseja. Enquanto se acomodam um contra o outro, envolvidos nas sensações, frio e calor misturando-se, a pele úmida contra a dele, seca e bem cuidada. A pele do amado, adoravelmente dourada pelo sol, áspera pelo calor, mas incrivelmente macia enquanto degustada é como um oásis de miragem.

Ela não tem medo de mergulhar nele, com toda sua imensidão, ambos são extensos, eles são eternos.

O Meu AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora