Demônios

1.2K 136 167
                                    

Ashley

Está escuro, eu deveria ficar na minha cama sem fazer barulho, ou até mesmo estar dormindo, mas o barulho não permite.

- Você é uma vagabunda do pior tipo, não vale o que me cobra!

- Cadela estúpida!

- Você só serve para uma foda rápida, não conseguiria ser útil para nada mais!

As frases são entrecortadas e ditas em voz alta.

- Por favor, fale baixo, minha filha...

O homem que estava gritando interrompe a minha mãe e ouço uma pancada.

- Cala a boca vagabunda, não te dei autorização para falar! Então quer dizer que a sua filhinha não sabe que a mamãe é uma vadia? Achei que você estava criando ela para fazer o mesmo que você.

- Não! Minha filha jamais vai precisar passar por isso!

- Por que não? Há apenas alguns minutos atrás você parecia estar gostando do que eu estava fazendo. Ou vai dizer que não gozou com meu pau dentro de você?

Eu não entendo bem sobre o que eles estão falando. Por que teria um pau dentro da minha mamãe? Mas a voz do homem é cruel, estou com medo que ele machuque a minha mãe, mas não posso sair, se abrir a porta a minha mamãe vai ficar muito zangada comigo. Preciso esperar até ela vir me dar boa noite.

- Por favor, pare de falar essas coisas. Os vizinhos podem ouvir, e a minha filha pode acordar. - minha mãe pede desesperada.

- Eu gostaria de conhecer a sua filha. Quem sabe dar um banho nela...

- Você não vai chegar perto dela, seu miserável filho da mãe! - minha mãe grita e eu me assusto.

Ouço barulhos e em seguida o choro da minha mãe.

- Vadia idiota, nunca mais tente me bater ou você vai parar no hospital!

- Vai embora da minha casa! - a voz da minha mãe está embargada pelo choro.

Ouço a porta bater. O homem desconhecido deve ter ido embora.

Eu paro de ouvir atrás da porta e me arrasto até a minha cama e choro baixinho. Não sei o que a maioria das palavras que eles usaram significa, mas sei que ele foi cruel com a mamãe.

Eu só tinha 4 anos, estava com medo e assustada demais para fazer algo além de chorar. Queria ajudar a minha mãe, mas não sabia como.

No meio da minha nuvem de torpor, a única coisa que consigo pensar, é que os homens não são bons e devem ser mantidos a distância.

.......

Eu tinha um pouco mais de 18 anos, estava cheia de problemas, sem casa, praticamente sem dinheiro, e tentando criar uma nova identidade pra mim. Foi então que eu conheci o Adrian. Simpático, gentil, educado, rico, lindo de morrer, com seu 1,85m, cabelos dourados, olhos verdes cativantes, um dos sorrisos mais lindos que eu já vi, e aparentemente louco por mim, me apaixonei, não teve como ser diferente.

- Gata, preciso que você faça companhia ao meu amigo Julian hoje à noite.

- Por que? Você passou semanas combinando com ele sobre essa visita.

- Eu vou precisar resolver umas coisas com a minha família, então não vou poder ficar. Por favor, quebra esse galho pra mim.

- Você não pode desmarcar com o Julian?

- Não, me desculpe. - ele diz parecendo realmente sincero.

Is it love? Desire (Finalizada)Onde histórias criam vida. Descubra agora