Restart

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Ashley

Passei alguns dias no hospital até que fiquei forte o suficiente para que me dessem alta, e tive que praticamente implorar para que o Thomas arrastasse o Ryan daqui. Ele passou o tempo todo querendo se certificar de que tudo estivesse perfeito e me tratando como se eu fosse sumir a qualquer instante. Sei que o meu sequestro o abalou de diversas formas, mas não estou acostumada a ter esse tipo de cuidado excessivo, e como vou passar bastante tempo sob o mesmo teto que ele, preciso de cada segundo de liberdade que ainda tenho, não que seja muito, já que nem posso levantar da cama.

Conversei com todos os meus amigos e levei algumas broncas por ser tão desatenta com a minha própria segurança, sem falar que a Lisa quase me mata por todos saberem sobre a minha gravidez menos ela, precisei explicar que minha cabeça estava uma bagunça, e me valer do meu estado debilitado para que toda essa história não fosse longe demais. No fim a Lisa me perdoou com a condição de ser a madrinha do meu pequeno invasor, o que aceitei com entusiasmo.

Fiquei muito aliviada ao saber que o Daryl está vivo e se curando, isso ajudou a acalmar meu coração e diminuir a carga de culpa que sempre está há um passo de me consumir, assim com uma preocupação a menos eu finalmente foquei apenas em mim e no meu bebê.

O alívio em saber que ele está bem foi tão grande que eu farei qualquer coisa para que continue assim. Inclusive não me forçar a levantar para chutar a bunda do Ryan quando mais uma vez ele tenta me convencer de que preciso passar os próximos meses deitada sendo alimentada por algum empregado, nem mesmo o meu argumento de que com certeza irei virar uma baleia o demoveu dessa ideia ridícula. Algo me diz que minha convivência com ele será tudo menos pacífica, mas no momento ele é a minha melhor opção, não posso ficar com o Thomas, mesmo que ele tenha oferecido, então tem que funcionar com o Ryan.

- Pronta para ir? - o Ryan pergunta de joelhos na minha frente.

- Sim, mas gostaria de não precisar ir nessa cadeira de rodas. Afinal de contas eu tenho 4 membros e só 1 deles está machucado, e tenho certeza que consigo me virar muito bem com os outros 3. - falo exasperada.

- Já falamos sobre isso, é política do hospital, então seja boazinha. - ele diz brincando.

- Eu não sou criança! - reclamo.

- Então pare de agir como uma. - Com essa frase ele vai para trás da minha cadeira e começa a me empurrar para a saída.

Vamos até o carro com a maldita cadeira, e com a ajuda do Ryan e do Jake eu consigo entrar no carro. é a primeira vez em dias que deixo as 4 paredes do quarto do hospital e me sinto um pouco nervosa pelo que vem a frente.

- Ei, está tudo bem? - o Ryan pergunta em voz baixa sentando ao meu lado - Você parece tensa.

- Sim, eu só... - balanço a cabeça e não continuo a frase - Não importa, estou aliviada por finalmente ir embora.

- É, eu também. - responde sorrindo.

Gostaria de dizer que finalmente sou imune ao Carter, mas não acho que isso vá acontecer nessa vida, ele é lindo demais para minha sanidade, e tem um cheiro maravilhoso que me dá vontade de grudar o nariz nele e nunca mais me afastar. Estou lutando contra a vontade de fazer exatamente isso quando ele se inclina sobre mim.

- O que você pensa que está fazendo? - pergunto tensa há centímetros do rosto dele.

- Me certificando de que você está segura. - responde com a boca próxima a minha orelha. Seus dedos roçam na lateral do meu pescoço quando desliza lentamente o cinto de segurança para a posição correta ao lado do meu quadril. O toque do Ryan foi lento e sensual demais para ser por acidente, e cada pelo do meu corpo se eriçou com sua carícia.

Is it love? Desire (Finalizada)Onde histórias criam vida. Descubra agora