Uma razão para amar - livro um - Irmãos Villeneuve

capítulo 6

Taylor

Saímos da garagem e observo o movimento, o dia será tranquilo pelo jeito! É de se esperar, trabalho a anos cuidando da segurança de Lorena Villeneuve e nunca ouve grandes problemas e as idas a escola são os dias mais tranquilos.

Quando entro na avenida Champs Élysées percebo um carro se aproximar e fico atento.

Mudo a direção e noto que o carro faz o mesmo, estamos sendo seguidos!
duas motos se aproximam dois minutos depois e aperto o volante irritado, pego o telefone e entrego para Luigi.

- Avise que estamos em código branco com suspeita em código vermelho - sussurro a ele para que elas não nos escutem.

Ele olha em volta confirmando a movimentação e digita para o senhor Villeneuve.

- Taylor! Não é esse o caminho - lorena se da conta que mudei a direção, mas já é acostumada com a situação, o que não a impede de ficar tensa toda vez que algo ruim acontece.

- Taylor o que está acontecendo? - Maria Isis diz e é notável seu desconforto.

- Eu preciso que fiquem calmas e apertem o cintos - Digo para elas e me direciono ao Luigi - confirme código vermelho e peça reforço.

As motos nos cercam pelos lados e aumento a velocidade impedindo que elas se aproximem das janelas.

O telefone toca e Luigi coloca no viva voz.

- Qual a situação? - A voz do senhor Villeneuve ecoa do outro lado, olho pelo retrovisor e vejo mais automóveis se aproximando.

- Dois carros e três motos senhor!

- Puta merda - Escuto ele praguejar - companhia?

- Senhorita Lorena e senhorita Montenegro.

- E vocês estão em quantos?

- Só eu e Luigi senhor - engulo em seco e ele fica longos segundos em silêncio.

- Estou indo com reforços, se mantenha na pista!

- QSL (Entendido*)

Os carros aumentam a velocidade conforme eu aumento a minha, jogo o carro pro lado na tentativa de derrubar uma moto, mas eles são rápidos.

Os carros se aproximam e tiros são disparados em nossa direção, agradeço nessa hora por ter pego um dos carros blindados.

- Taylor! - escuto meu nome em um grito suplicante.

Luigi se solta do cinto pegando uma colt 1911 do tornozelo.

- Luigi não! - antes que eu possa terminar de falar ele salta do carro ainda em movimento.

Paro contra minha vontade para que ele possa usar o carro como escudo, me viro ao banco de trás olhando pares de olhos assustados na minha direção.

- Abaixem e não saiam daqui entenderam? elas me olham suplicantes - entenderam?

- Não deixa a gente aqui Taylor! O que você vai fazer lá fora? É perigoso! - Lorena pede aflita.

- Vai ficar tudo bem pequena, só fique abaixada e não saia! Pode fazer isso? - ela concorda chorando e direciono meus olhos para Maria Isis - Não é a primeira vez que isso acontece, se acalme.

Saio do carro sem esperar que respondam e vou dar assistência à Luigi.

- Luigi, as motos! - grito em sua direção e ele concorda com a cabeça.

Os poucos carros que circulavam a avenida são abandonados e a rua fica vazia rapidamente.

Atiramos nos alvos e não demora muito para que eles vão ao chão. Os carros param abruptamente e as portas se abrem, atiro o máximo que posso até minhas balas acabarem, tenho que recarregar! Olho para Luigi e parece que ele tem que fazer o mesmo. Não! Isso não podia ter acontecido! Temos que aguentar até o reforço chegar.