Jennifer I

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Um minuto estava no quarto, de calcinha, e no outro, estava parada em frente a um prédio vendo uma jovem sair chorando.

Em seu quarto, Jennifer ficou pensando em como faria para chamar a atenção de seu psicólogo, ela já pesquisava sobre ele a muito tempo, já havia ido inúmera vezes ao seu prédio, na esperança de ao chegar, ter coragem para contar tudo o que sentia por ele, mas nunca conseguia e ela voltava a se sentir impotente diante daquele sentimento. Mas naquela noite foi diferente, ela sabia o que queria e como faria para conseguir, aliás, as visitas que ela já havia feito ao prédio, somadas algum charme jogado no segurança, foram o suficiente para saber das brincadeiras noturnas de seu psicólogo. Uma garota, jovem, no mesmo dia, toda semana, ela poderia ser apenas mais uma, mas naquela noite seria alguém.

  Abriu o seu armário e vasculhou ele por completo a procura de sua melhor lingerie, e o que encontrou de melhor foi uma calcinha vermelha rasgada, não era isso que ela iria apresentar para ele, não havia esse condição, então, pegou um sobretudo preto e foi sem nada por baixo, talvez isso a deixasse irresistível, assim talvez ele não conseguisse se conter, então, ela foi ao prédio, somente um sobretudo preto e o dinheiro da passagem.

Ao chegar ao prédio ela se deparou com uma cena inesperada, uma jovem vinha andando rápido chorando em sua direção, ela estava saindo do prédio, mal estava vestida, sua rouba com botões trocados e bolo de dinheiro quase caindo do bolso. Jennifer se assustou com a cena, se perguntava porque a mulher estava chorando, o que ele poderia ter feito com ela, ela exitou, deu um passo para trás e acabou por esbarrar em um homem alto que estava atrás dela.

- Boa noite senhorita. - Disse o homem antes mesmo de Jennifer conseguir se virar - Posso ajudar?

- E.. E... Eu vim me encontrar com o Sr. cla..Claus. - Respondeu ela gaguejando.

- A sim, então está explicado porque ele dispensou a outra mais cedo - Respondeu o homem, que ela, ao se virar viu ser um motorista particular.

- Eu sou nova nisso, pode me dizer como as meninas fazem sempre? - Perguntou ela

- Bem, não sei como funciona, só levo elas para onde querem ir, mas já me disseram uma vez que elas o esperam dentro do apartamento, acho que você pode ir direto lá, é na cobertura.

- Obrigada, mas... Você pode me levar lá? Não conheço o prédio - Perguntou ela ainda um pouco nervosa

- Na verdade, não! Já fiz até muito te falando sobre isso, nem deveria. Vou fazer meu trabalho, boa noite moça. - Disse o motorista enquanto ia para o carro, onde a moça já o esperava.

- Obrigada novamente... - Jennifer disse isso baixo, enquanto olhava para o topo do prédio que parecia não ter fim.

  Ela então seguiu para o prédio, passar pela recepção foi fácil, todos olhavam para ela como uma puta, aparentemente os prazeres dele não eram tão particulares, o desprezo nos olhos das pessoas era evidente. Mas ela seguiu e foi ao apartamento dele.

Uma porta nunca pareceu tão amadora, ela e era enorme e preta, um belo contraste com sala onde ficava, ao sair do elevador você se deparava com ela, enorme naquela sala branca com jarros e plantas verdes. Era lindo, porém, naquele momento assustador. A porta estava entreaberta, ele esperava que alguém subisse, uma menina, até porque, ninguém sobe a um apartamento naquele prédio sem uma permissão, no mínimo ele acreditava ser a outra que havia ido embora. Ao se aproximar da porta o medo aumentava, ela não sabia qual seria a reação dele, então exitou. Virou as costas e começava a seguir para o elevador quando a voz dele, vinda de dentro do apartamento fez seu corpo paralizar.

- Entre, não se preocupa, eu estou pronto para que você não volte a ficar tímida. - Disse ele com uma voz grossa, e distante, ele estava falando de dentro do apartamento, ele ainda não a havia visto - Desta a vez, eu que te espero vendado.

Enquanto paralisada com o susto de ouvir a voz dele, a porta do elevador fechou, ela não tinha mais volta, não haviam botões que a fizessem abrir, os controles estavam dentro do apartamento, de qualquer forma ela teria de entrar.

Ainda assutada, ela entrou. Ao entrar, a surpresa foi enorme ao ver todo aquele lugar, era enorme, haviam dois andares, pelas janelas de vidro que pegavam toda uma parede era possível ver a Cidade, linda e brilhante. Ele continuava chamando por ela, dizia que estava preparado, vendado e que hoje, por ser a primeira vez, ela poderia guiar a noite. A vontade de ir embora era grande, mas o desejo por ele era maior. Ela então tirou seu sobretudo e seguiu para o segundo andar.

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Lembrem-se de favoritar os capítulos e comentar seu feedback, assim saberei o que mudar na história.

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