SEM REVISÃO.
Era tarde, Michael é quem dirigia o carro naquela noite. Lauren cochilavam nos bancos traseiros, enquanto Chris se mantinha concentrado na estrada, no banco do co-piloto. Clara havia dito para irem com cuidado e que Deus estivesse com eles, ela era uma mulher muito preocupada com sua família, não pôde ir com os demais até o circo que ficará na cidade por pouco tempo, por causa de Taylor que estava doente.
O rádio estava ligado, assim como o aquecedor, uma antiga canção tocava e o Sr. Jauregui cantarolava tranquilamente, sem perder as mãos do volante.
Em uma curva, o pequeno Corolla acabou colidindo com um caminhão que andava na contramão. O carro capotou estrada à fora, fazendo Chris fechar os olhos com força e Michael cobrir a cabeça com as mãos.
Lauren não estava usando cinto de segurança.
Logo após a queda, o caminhoneiro que presenciou tudo, ligou para o pronto socorro e esperou por ajuda.
Os três foram tirados dos estilhaços e colocados em ambulâncias, que os encaminharam até o hospital mais próximo. Chris e Michael estavam bem e estavam sendo examinados por alguns enfermeiros, ainda no caminho para o hospital, mas o que mais preocupava era a situação da filha mais velha de dezesseis anos, que estava na outra ambulância. O corpo estava cheio de ematomas, havia tido dois cortes muito fundos no abdômen e com alguns arranhões no rosto. Ela sobreviveria, até que...
12 de Outubro de 2014.
E foi assim que Lauren conheceu a morte.
***
3 de março de 2016.
Era seu aniversário e ela não tinha muito o que fazer. Não faria festa aquele ano, e não pensava em sair para lugar algum. Não recebeu feliz aniversário de nenhum amigo, pois não tinha nenhum naquela cidade. Morava apenas com a mãe, pois o pai havia se suicidado. Alejandro nunca se perdoou por ter sido tão imprudente em ter dirigido bêbado aquela noite de Outubro. Passou o resto de sua vida se martirizando com o fato de ter destruído uma família e no dia 27 de Junho, no aniversário da falecida Lauren Jauregui, o homem se enforcou.
Era o primeiro dia de aula de Camila no colégio local, pois a mesma passou a metade de sua vida morando com os avós, em Cuba. Havia se mudado aquele ano para a cidade, e não estava nem um pouco feliz com o fato de ser conhecida como a filha do assassino Cabello.
Acordou cedo, foi ao banheiro e fez sua higiene matinal. Voltou para o quarto já vestida em um jeans cinza, moletom, casaco e calçada como de praxe, em seus coturnos pretos, desgastados com a frequência de uso. Pegou a mochila em cima da cama, conferiu tudo mais uma vez, para vez se não estava esquecendo de nada, e rumou para a escadaria. Foi até o andar térreo e se direcionou a cozinha, procurando por algo para comer. Optou por uma maçã e só, depois disso foi esperar sua mãe acordar para irem a sua nova escola.
Ela não estava nada feliz com aquela situação, mas não poderia deixar a mãe sozinha depois da morte de Alejandro.
Logo as duas estavam no pequeno Siena prata, seguindo todo o trajeto até o tal edifício. Sinuhe estava preocupada com a filha, preocupada que ela não se socializasse com as outras pessoas por causa da fama que os Cabello adquiriram, mas ela tinha que passar segurança a filha, e foi isso que ela tentou fazer.
- Ansiosa para o primeiro dia de aula? - a mulher mais velha perguntou, enquanto dobrava em uma esquina.
- Não. - murmurou. - Você sabe que não. - disse e vasculhou sua galeria em seu celular, vendo suas fotos junto a Marielle e Sandra.
