17 - Stay Away From Me

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voltei! 

17/21 ✔️

SEM REVISÃO!

***

— Meninas, vocês poderiam, por favor, esperar aqui fora? Meu avô não gosta muito de demonstrar que está fraco, vocês sabem. Ele e esse orgulho dele. — Carson sorriu, assim que chegaram na casa de madeira negra onde Tayecó estava. Normani e Allyson assentiram engatando uma conversa entre elas. O garoto então correu para dentro e foi em direção ao quarto. — Ela está aqui. — falou, após adentrar o cômodo e colocar o remédio que segurava em cima do criado mudo.

Tayecó tinha cabelos extremamente lisos e negros, os olhos eram, assim como os de Carson, pintados de um azul tão claro que se assemelhava ao branco, e seu rosto era, de certa forma, juvenil. O homem pareceu ficar alegre com o que o neto havia dito, ele sabia de quem ele estava falando. Se sentou na cama onde estava, com bastante esforço, e olhou para Carson.

— Camila está aqui? — questionou, apenas para confirmar. O rapaz acomodou-se ao seu lado e assentiu. — Ora, mas que bom! Deus me avisou sobre isso.

— Eu a chamei de Cabello, sem querer, e não sei se ela desconfiou. — disse ele, pegando, novamente, o remédio que trouxe em mãos e o tirando da embalagem.

— Uhm. — murmurou. — Você já foi na cabana hoje?

— Já, sim senhor. Mas o senhor sabe que não sei mexer naqueles aparelhos, é muito complicado. — foi até um pequeno frigobar, onde havia comida e água para caso Tayecó quisesse, e buscou por um frasco de água. Pegou um copo do conjunto que ficava a cima do objeto quadriculado e o encheu. — Entendo que o senhor acredite muito no que os espíritos lhe dizem, mas não acho que deixá-la lá, sem o consentimento dos familiares e sem a ajuda de médicos seja uma boa ideia.

— Pliny, ela está conosco a quase dois anos e está bem. Acha mesmo que se eu não soubesse o que estou fazendo, ela ainda estaria viva? — estendeu o braço para tomar a pílula que o neto lhe oferecia, e bebeu um gole do líquido transparente que Carson, também, lhe oferecia.

— Certamente. Creio muito no que o senhor me diz e no que faz, mas só o senhor sabe como manusear aqueles botões e fios e agulhas, vovô. Depois da sua fraqueza repentina, percebi que os batimentos dela diminuíram.

— Calma, meu filho. Tudo irá ficar em seu devido lugar, de acordo com o tempo. Camila estar na aldeia é a prova disso.

— O senhor acha que ela vai descobrir onde Lauren está?

— Deus me disse que sim.

***

Três semanas depois.

4 de maio, 2016.

— Camila, você precisa sair desse quarto e ir para o colégio. — Sinuhe falava pela quinta vez, de pé ao lado da cama da filha.

— Não, eu não vou sair de casa. — disse, sua voz abafada por estar com o rosto afundado no travesseiro. A mulher mais velha respirou fundo e sentou-se, cuidadosamente, na cama.

— Você não quer mesmo me dizer o que está acontecendo?

— Você não entenderia.

— Camila, sei que temos nossos desentendimentos mas você é minha filha! Se estiver com problemas, eu farei de tudo para ajudar. — Karla então se virou de costas para o colchão e encarou a mãe.

— Eu realmente lhe diria, mas eu não posso. — seu tom era triste e cansado, quase desesperado. Sinuhe suspirou, avançou para dar-lhe um abraço, mas pareceu desistir no meio do caminho e se levantou.

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