Primeira pista

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Alexander 

Se não fosse por Melissa agir rápido, provavelmente a essa hora não teríamos nada que pudesse nos levar até Charlotte. Nós dois estávamos correndo contra o relógio, não sabíamos o tempo exato que teríamos até o loiro sem noção encontrar o celular. 

A casa de Melissa era próxima ao local do festival e para a nossa sorte, seus pais não fizeram muitas perguntas após verem que nós dois estávamos bem. Peguei meu celular e enviei uma mensagem para os meus pais avisando que tanto eu quanto Melissa estávamos bem e que eu ficaria na casa dela até as ruas ficarem tranquilas para sair.

Melissa e eu subimos para o escritório do pai dela e logo ligamos o computador para rastrear o celular.

— Algum local?—perguntei ansioso andando de um lado para o outro.

— Calma Alex! Eu ainda estou logando no site do rastreio.—ela me chamou de Alex, era assim que Charlotte me chamava.

—Só quero encontra-la logo!

—Eu sei e já loguei, o celular está em movimento.

—Me diz por onde.—falei nervoso.

— Ele tá aqui na cidade, perto da floresta.

—Eu irei até lá. —falei determinado.—e você fica, não deixarei que se arrisque e sem falar que eu preciso que você fique me mantendo atualizado da localização dele.

—Eu já imaginava isso.

Ela bufou e continuou mexendo no computador.

—É por ela.—sorri animado com a expectativa de encontrar Charlotte.

—Vamos conversar, precisamos armar bem o plano e eu preciso instalar o aplicativo de rastreio no seu celular.

Entreguei meu celular e sentei esperando ela passar as ordens, umas das coisas que Melissa fazia muito bem era coordenar.

—Aplicativo instalado e já salvei o número do celular do meu pai ai, vou te passar as informações de ele está por Whatsapp e não esqueça de deixar o celular em silencioso. Qualquer barulho pode atrair atenção para você e pelo amor de Deus, tenha cuidado.

Quando ela terminou de falar ainda estava tentando me lembrar da primeira instrução.

—Certo, Melissa. Para os meus pais, eu estou aqui. — alertei.

—Se você sumir do rastreio eu vou avisar a eles, sua segurança em primeiro lugar. —sua voz demonstrava medo.

—Eu ficarei bem. —guardei o celular no bolso.

—Vou te levar para saída dos fundos.

Ela disse e saímos em direção a cozinha, ela pegou uma garrafa e me entregou.

—Se precisar beber algo e para se defender. —ela disse por fim me entregando uma faca.

Abri a porta dos fundos e fui embora enquanto Melissa me olhava apreensiva agarrada ao celular do pai nas mãos. Caminhei rapidamente em direção a floresta que fica a poucos metros da casa de Melissa.

Eu conhecia muito bem aquela floresta, desde criança eu a frequentava com meu pai, era o nosso lugar. 

Peguei o celular e verifiquei se havia alguma mensagem informando a localização e o último ponto enviado por Melissa era próximo a uma clareira, era a clareira onde meu pai e eu montávamos uma barraca e fazíamos uma fogueira para assar marshmallow  enquanto ele tocava canções no velho violão. 

Não sou elaOnde histórias criam vida. Descubra agora