Happier

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Will respirou fundo. Fazia um bom tempo que não ia para Hawkins. Agora ele já tinha 26 anos, e nesse período da sua vida o seu trabalho se torna mais importante, as vezes mais importante que você mesmo. Encostou o carro em frente à casa de sua mãe, Jonathan logo aparecendo para receber o irmão mais novo, ele ainda usava aquelas roupas engraçadas. 

Will abraçou sua mãe apertado, desde que se mudou para New York ele a via bem pouco. Uma vez ao ano talvez. Joyce sorriu, como sempre, e o metralhou com perguntas sobre o que ele tem comido, e como tem estado. Will apenas sorria, e respondia com calma. 

--A verdade é que eu tenho alguém que preciso que vocês conheçam. --Will nunca apresentava ninguém, sua mãe sabia. Jonathan também sabia. Então, ele abriu a porta e um homem um pouco mais alto entrou, ele era loiro e tinha os olhos claros. --Esse é o Stan. --O  rapaz sorriu, e se aproximou. --E ele é meu parceiro. --Stan ficou ao lado dele, e eles deram as mãos. Joyce aprovou com um acenar. Jonathan os abraçou.

Will estava se perguntando se estava pronto para o que veio fazer em Hwakins. Mike Wheeler tinha enviado uma carta para ele, domingo era o dia em que ele finalmente se casaria, ele juntou dinheiro por um tempo, e pediu que Will fosse seu padrinho. E com todo o peso do mundo no seu coração, Will concordou com aquilo. 

--Você está pensativo hoje. --Stan disse, colocando a camisa, e olhando pelo espelho. Will sorriu fraco.

--Desculpa, querido. Fazia tempo que não visitava essa cidade. --Stan apenas concordou. Se aproximou e beijou os lábios do seu namorado. --Quer conhecer meus amigos? --Will sussurrou. Era difícil para ambos toda essa coisa de conhecer pessoas. Eles sabiam que muitos não aceitariam os dois. Assim como a família de Stanley, ou os amigos do mesmo. --Juro que eles vão te aceitar. --Falou, para ele se sentir ainda mais seguro, segurou seu rosto, com ambas as mãos e o beijou, cauteloso. 

--Tudo bem, Byers. O que eu não faço por você? --Ele riu, os cabelo enrolados atrapalhando sua visão, os colocou para trás. --Vou tomar um banho, yeah? Se precisar me chame. --E mais um selar. Will sorriu quando seu namorado se afastou. 

Olhou ao redor, seu quarto estava intocado. Se ele fechasse os olhos conseguia ver sua versão mais nova ao redor do quarto, desenhando, conversando com Mike, pensando sobre Mike... Era engraçado, quando ele era criança, e até uma boa parte de sua vida, tudo se resumia ao outro. Seus dias eram lotados de Mike, e ele parecia não enjoar disso. Sorriu triste, lembrando da amizade que eles tiveram, e que por mais que ele tentasse se enganar, sabia que não era mais a mesma coisa. 

Caminhou até onde seu walk talk ficava, sorriu fraco. Ligou aquele aparelho antigo, que nem deveria mais funcionar, e com lágrimas nos olhos ele sorriu.

--Will, câmbio, tem alguém aí? --Falou, a voz baixa. Sabia que não teria a resposta. Da mesma forma segurou aquilo como se estivesse segurando sua vida.

--Will?!--Ele se assustou, era a voz do Dustin, com certeza, abriu a boca, confuso.

--Dustin? --Perguntou, e ouviu a risada do amigo do outro lado.

--Não acredito! Você veio mesmo!! --Will deu risada.

--Dustin, você ta falando sozinho de novo?-- Will sorriu largo, era o  Lucas e seu humor maldoso. Lucas casou logo após o ensino médio, e continuou com os negócios de seu pai. 

--Não, dessa vez não. --Will respondeu pelo amigo, e conseguiu ouvir o gritinho do Sinclair.

--Não acredito! Byers!! --Gritou, fazendo Will gargalhar, junto com Dustin.

--Eu to sonhando? --A terceira voz fez Will suspirar baixo, as borboletas ainda estavam ali. --Will? --Mike chamou. 

--Will, o sábio. --Completou. E todos eles deram risadas. Os quatro seguravam aquilo apertados, esperavam por esse momento, e Dustin choramingou. 

Byler (One Shots) (?)Onde histórias criam vida. Descubra agora