Noiva por contrato

Capítulo 3

_ Alguns dias depois_

Cecilia acorda com uma batida repetitiva e a cada vez, mas forte. Assim que sua consciência retorna, a mesma abre sua porta, sendo recebida por sua mãe.

Mãe: Filha, como falamos ontem, hoje é o dia que conhecerá seu noivo.
Ceci: Eu sei mãe.
Mãe: Bom, seu vestido já esta quase pronto.
Ceci: Precisava mesmo mandar fazer mais um vestido? O que eu mais tenho no armário é vestido.
Mãe: Precisa, essa noite vai ser especial.
Ceci: Eu sei, mãe. Eu poderia chamar a Carol para ir comigo?
Mãe: Claro. Mas avise-a que é para estar aqui no castelo as 6.
Ceci: Claro.

A rainha se retira dos aposentos de sua filha, que cai na cama em exaustão. Antes de se liberar a dormir novamente, a jovem manda uma mensagem para a melhor amiga, avisando do jantar e obrigando-a a comparecer, já que não queria ter que passar por isso sozinha. Após enviar, volta para a confortável cama, dormindo em seguida.

Enquanto isso...

Nicholas se encontrava em seu quarto, recebendo mais um sermão de seu pai sobre seu comportamento e advertindo que devia se portar adequadamente perante sua futura noiva, que viria hoje para se conhecerem.

O príncipe não procurou saber de sua futura mulher, por isso, sua única informação sobre a mesma era que a jovem era a princesa de Eremist. Nicholas tranca a porta após seu pai sair de seu quarto, o deixando sozinho novamente. Avisa seu amigo de confiança sobre o jantar, que confirma sua presença. O mesmo sabia que o amigo iria precisar de ajuda em frente a noiva.

Durante esse período, Cecilia já se encontrava acordada, comendo seu café da manha em silencio em seu quarto. Quando acaba, uma das criadas que a acompanhava leva o prato para fora enquanto a princesa se direciona para o banheiro, escovando os dentes. Coloca um de seus vestido curtos, dos muitos em seu armário e caminha para fora de seu refugio.

Ao caminhar, se encontra com Lotte e sua baba. A pequena corre para os braços da irmã a abraçando e Cecilia sorri com o jeito delicado e fofo de sua irmã. A deixa no chão e caminha em direção ao jardim, um dos poucos lugares de sossego naquele enorme castelo.

A curiosa menina caminha mais a fundo no jardim. Começa a subir em um trilha que a leva para um lugar na floresta. É lindo! Isso era só o que se passava pela cabeça da mesma. O lugar era coberto por longas folhas, escurecendo o lugar, porem o escuro fazia com que alguns flores brilhassem, iluminando levemente o lugar.

Cecilia se senta em um tronco e olha para todos os lados, ver tal coisa a fazia esquecer seu problemas, a magia do lugar apagava de sua mente o futuro casamento, o noivo encrenqueiro e tudo que a deixava incomodada.

Passa um tempo no lugar, porem é obrigada a se retirar quando ouve alguém a chamando. Encontra seu irmão Anthony a chamando.

Tony: Maninha, na mata novamente? É perigoso.
Eu: Mas é lindo e me acalma.
Tony: Como queira. Mamãe mandou você ir em seu quarto.
Eu: Ok, obrigada mano.
Tony: Sem problema.

O mesmo caminha para longe da menina, a deixando sozinha novamente, agora cercada por lagos e flores. Cecilia volta para dentro do castelo, indo ao encontro a sua mãe, imaginando o que a rainha desejava com a mesma.

Assim que chega em frente ao quarto dos pais, bate na porta, recebendo um "Entre", obedecendo a ordem e adentrando aos aposentos dos pais. Assim que adentra, vê sua mãe sentada sobre a cama com uma pequena caixa em sua frente, olhando o que parecia ser fotos.

Ceci: Me chamou, mãe?
Mãe: Sim minha filha, se sente.

Obedeço e me sento ao seu lado, a mesma me entrega a foto que segurava. Era um bebe em seu colo.

Mãe: Essa é você.
Ceci: Eu era pequenina. Porém posso saber o porque da minha presença?
Mãe: Esses dias eu andei pensando e vi o quanto minha menininha esta crescendo, já é uma mulher prestes a se casar.
Ceci: Há mãe, eu sempre vou ser sua menininha, apenas vou viver minha vida também.
Mãe: Eu sei. Cecilia, quero que saiba, eu e seu pai temos muito orgulho de nossos filhos, Anthony sempre responsável e determinado a ser um grande rei, e sei que um dia será. Você é uma menina doce que abriu mão de tudo pelo bem maior, você mereçe o melhor e me dói pensar que está se casando por força e não por amor.
Ceci: Mãe, está tudo bem.
Mãe: Só quero que saiba que você e seus irmãos são meu melhor tesouro. Eu te amo.
Ceci: Eu também, mãe.
Mãe: Outra coisa, eu sei que seu noivo não tem uma reputação muito boa e que você não quer casar-se, mas de uma chance a ele, talvez se surpreenda e ate se apaixone por ele de verdade.
Ceci: Não prometo nada, mais vou tentar.

A rainha vai até sua filha e beija o topo de sua cabeça, se levantando e indo até seu armário, pegando um pequeno embrulho.

Mãe: Tome, use isso na noite de seu casamento. Era de sua vó, ela me deu no dia de meu casamento e eu quero que você use no seu.

A jovem pega a delicada caixa e abre, se deparando com um pingente que parecia uma flor, de certa forma. As pétalas eram rosas e em seu meio uma pedra branca. A mesma se encantou com o novo presente, prometendo usa-lo em seu casamento.

Após era demonstração de carinho e amor, a princesa sai do quarto, indo ao seu, para começar a se arrumar já que estava se aproximando da hora marcada. Ao chegar no quarto, vê um embrulho em sua cama e imagina ser seu vestido. Antes de abrir, a mesma vai tomar banho.

Assim que sai do banho, faz uma maquiagem simples, apenas marcando os olhos e deixa uma menina, que se chamava Kayla, fazer seu cabelo. Quando está tudo pronto, a mesma abre o embrulho, vendo a sua frente um vestido azul escuro, com as mangas caídas. O mesmo era simples e longo, porém dava um ar de elegância. Junto com o vestido, a princesa colocou um colar simples e delicado e um salto azul.