Ceci on.Ceci caminhava delicadamente pelo grande corredor de flores, um de seus lugares favoritos no castelo. O cheiro das flores ao florescer, os raios de luz que passavam pelas pequenas aberturas entre as plantas...davam ao lugar um ar "Mágico"
Estava distraída observando o quão lindo a natureza podia ser que não viu o soldado se aproximando. Quando uma mão toca seu ombro, a pequena princesa da um pulo, rindo junto ao guarda. Em seguida, o mesmo diz a Cecilia que seu pai, o rei, exige sua presença em sua sala.
Ela adentra o castelo o mais rápido que pode, não é costume seu pai pedir sua presença em sua sala, a deixando apreensiva com a futura conversa, que mudará sua vida para sempre.Enquanto isso...
Nicholas acabará de chegar no castelo depois de mais uma festa cheia de mulheres. Estava junto a Arthur que o olhava preocupado, esperando alguma reação de seus pais ou do próprio.
Estavam indo ao quarto de Nick quando seu pai o para, já demonstrando sua irritação por ver seu primogênito chegando em casa depois de 2 dias fora.
Emanuel: Onde estava, Nicholas?
Nick: Festas.
Emanuel: Por dois dias?
Nick: Pois é, essas festas estão ficando cada vez mais longas.
Emanuel: Quando você vai parar de agir como um adolescente rebelde e começar a agir como um verdadeiro príncipe e futuro rei.
Nick: A pai, não enche.
Emanuel, que a essa altura já estava soltando fumaças de tão irritado, manda seu filho comparecer ao seu escritório mais tarde para conversarem, saindo o mais rápido possível antes que se descontrole perante as atitudes de seu filho.
Nicholas se despede de Arthur, que depois de mais um sermão sobre comportamento, na qual o príncipe estava cansado de ouvir, se vai. O jovem, que agora estava sozinho em um enorme salão, se direciona para seu quarto.
Assim que chega nos seus aposentos, vai direto tomar banho, para tirar de vez o cheiro de álcool que o impregnava. Enquanto a água desce pelo seu corpo, o mesmo começa a cantar baixinho, poucos sabiam mais Nick amava cantar.Quando pronto, o rapaz se dirige ao escritório de seu pai, que o espera impaciente. Entra na sala, recebendo um olhar repressivo de seu pai.
Nick: O que você quer?
Emanuel: Olha como você fala comigo, entendeu! Eu não sou seus amigos para você faltar com respeito. Mas mudando de assunto. Eu estou formando uma aliança com o reino de Eremist.
Nick: Eu soube que há mulheres lindas lá.- diz ele, com um sorriso pervertido no rosto. Utiliza de tal comentário apenas como forma de irritar seu pai, que parece ignorar a sua última fala e continua o que antes dizia.
Emanuel: Pois é, e você se casará com uma delas.
Nick: COMO É QUE É?!?!? NÃO VOU NÃO.
Emanuel: Primeiro, não grite; segundo, ou se casa e afirma a aliança ou terei que te revogar como meu herdeiro, tirando todos seu direito a minha herança e o banir do reino.
Nick: Você não faria isso?!
Emanuel: E porque não? Ate agora você só me trouxe prejuízo, estou dando-lhe a chance de compensar todos os seus erros, aceito ou saia e nunca mais volte.
Nick: Como eu não tenho escolha.- o mesmo diz, olhando seu pai com repugnâncias- eu aceito me casar com...
Emanuel: Princesa Cecília.
Nick: Que seja! Posso sair agora?
Emanuel: Vá.
Nick sai da sala se dirigindo ao seu quarto, sua raiva era percebida a distancia. O jovem não acreditava no que seu pai fez.
(...)
Nesse meio-tempo, Cecilia já se encontrava na sala de seu pai, junto com sua mãe e seu irmão mais velho, que tinham um olhar diferente do habitual, a deixando desconfortável.
Cecilia: O senhor me chamou, meu pai?
Joaquim: Sim, minha filha, se sente.
Assim foi feito, a garota se senta ao lado de sua mãe, que a olha com pena, sabendo o que aconteceria com sua menina.
Joaquim: Te chamei aqui para dizer que iremos fazer uma nova aliança.
Cecilia: Que bom, porém ainda não entendi o meu papel nesta sala.
Joaquim: Para que essa aliança seja formada, necessitamos de uma união matrimonial.
Cecilia: Você quer dizer um casamento!
A esta altura, a delicada princesa começa a compreender o que seu pai queria dizer.
Cecilia: Você quer que eu me case, não é?
Joaquim: Ficará em suas mãos a escolha, porem quero que saiba, essa aliança pode trazer muitos benefícios, melhoraria a qualidade de vida de nosso povo.
Cecilia: Posso pensar?
Joaquim: Claro, minha filha, porém não demore, preciso informar o rei Emanuel ainda hoje.A menina sai da sala. Nesse momento sua vontade era de chorar. Seu coração dizia para ela negar, apenas se casa com que ela amasse, porem sua mente dizia que seria melhor para todos se essa união acontecesse. Sabia que como princesa, era seu dever abrir mão de sua liberdade pelo bem maior, mas por outro lado sabia que seria o fim de uma vida calma e boa, como sempre desejou.
Sem muito o que fazer, foi até o estábulo e pediu ao Amansador que pegasse sua égua enquanto a angustiada princesa trocava seu longo vestido por uma legging e uma camisa de cavalgar. Monta e parte para a cidade, precisava espairecer e o melhor jeito era visitando seu reino.
Enquanto cavalgava, o vento que batia em seu rosto a fazia feliz. Quando finalmente chegou a cidade, desceu de sua égua, Honey, e a prendeu, adentrando mais a fundo no centro. Por onde passava via crianças brincando na rua, animais de todos lado. Depois de um tempo andando, se vê em frente a um prédio, sua aparência não é das melhores. Percebe uma movimentação dentro do mesmo, a levando a entra-lo.
Ao ver o que estava dentro, se deparou com várias crianças, pareciam felizes. Caminha até um dos funcionários e pergunta o que seria isso, ao decorrer da conversa, descobre que aquele prédio velho que estava quase caindo aos pedaços, abrigava 40 órfãos, as senhoras que cuidavam deles não tinham muito dinheiro então vivem com o que podem. Aquilo fez seu coração se quebrar, aquelas crianças precisavam do lugar para sobreviver e seu pai fazia o que podia para melhorar as instalações, porém o dinheiro estava de difícil acesso devido a falta de mercadorias internas para exportação, já que durante essa época a agricultura é pouco usada devido a falta de chuva.
Sem pensar duas vezes, volta para o castelo decidida a aceitar o casamento se isso fosse melhorar a vida do reino. Quando introduziu-se no escritório de seu pai, disse-lhe sua decisão e o porque dela. Seu pai, como imaginava, ficou orgulhoso da filha e a parabenizou. Quando saiu da sala, foi para seu quarto, sabia que daqui por diante nada seria fácil em sua vida, porem se manteve forte. Não desistiria agora, pelos órfãos, e pelo reino, que necessitavam de sua ajuda.
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Noiva por contrato
Teen FictionCecilia é uma princesa como todas as outras, disposta a tudo para ajudar quem ama e quem precisa. Porem não sabia que esse tudo na qual ela estava disposta a passar significaria casar-se. Para piorar, o suposto noivo de Cecilia é o galanteador e pr...