Noiva por contrato

Capítulo 2

Na manha seguinte do dia que destruirá todas as suas esperanças de uma vida calma, a princesa recebe a visita de sua melhor amiga, Carol. A mesma, ao descobrir da noticia se surpreende pela decisão da amiga, tanto por saber como a princesa de Eremist é em relação a casamentos forçados, quanto por saber que o futuro marido de sua BFF era nada mais nada menos que o homem mais safado dos 9 reinos. Pelo menos foi o que a mesma ouvia de Nicholas, já que nunca o conheceu pessoalmente.

O olhar de decepção em Ceci a deixava desanimada, queria fazer algo para mudar o animo da jovem a sua frente, porém não sabia o que. Depois de pensar um pouco, resolveu levar sua amiga a uma feirinha que estava acontecendo em seu reino, que se encontrava a 40 minutos de Eremist. Carol sabia que ver filhotes poderia deixar Cecilia feliz e então isso foi feito. A mesma so faltou empurrar Ceci para se trocar, que depois de muita insistência trocou-se sem saber ao certo o que faria, já que sua amiga estava fazendo suspense.

Depois de 40 minutos em um carro, A menina avista o reino de Carol, estranhando sua vinda a tal lugar.

Ceci: O que estamos fazendo aqui?
Carol: Está tendo uma feirinha aqui no reino que tenho certeza que vai adorar.
Ceci: Você me tirou da minha cama e do meu reino para me levar em uma feira, ta brincando né?
Carol: Não, então tira essa careta de desgosto e coloca o lindo sorriso que todos gostam porque tenho certeza que vai adorar.

Cecilia decide ficar quieta enquanto não saiam. Os momentos com sua amiga a deixam alegre, já que a mesma pode ser uma jovem adolescente normal e não a princesa que todos esperam. Quando seus pés tocaram o chão, seu olhar foi direcionado para a multidão que se encontrava no centro da vila. Caminhou em passos apresados até o tal lugar, curiosa para saber o que tinha de tão interessante para atrair tantas pessoas.

Aos se dar conta do que havia a sua frente, olhou para Carol, que a olhava sorrindo, esperando alguma reação positiva de sua amiga.  Ceci foi até a mesma animada.

Ceci: São filhotes de animais?
Carol: Pois é, estão em doação. Foram encontrados na rua, cuidados e agora estão a procura de um lar. Essa ONG sempre passa por aqui. Mas chega de enrolação,  vamos ver os animais?
Ceci: Claro.

As duas, acompanhadas por alguns guardas, que as protegeriam de qualquer coisa que pudesse ser uma ameaça, começam a caminhar pela feira. Por onde caminhavam, viam cachorros, gatos, coelhos até porcos havia aqui. A jovem, que a pouco tempo estava deprimida, se vê em frente a um cercadinho com vários cachorrinho da raça Pastor Australiano. 
A mesma encara cada um ali, quase todos os filhotes, que no total se encontravam 9 no cercado, pulavam alegres.

Carol: Porque você não adota um?
Ceci: Não sei se você lembra, mais eu estou pra me casar.
Carol: E? No que isso influencia você? Em nada. Alem do que, pode ser bom ter um companheiro nas horas de solidão.

A princesa, agora indecisa, escolhe seguir o conselho da amiga, se virando na intenção de escolher seu novo companheiro. Todos os nove filhotes eram lindos, porém um em especial a chamou a atenção, o único diferente da ninhada. Sua pelagem, diferente do resto do bando, era branca com alguns poucos detalhes em cores claras e uma mancha preta no olho. No momento, o cachorro se encontrava deitado enquanto os outros estavam pulando de alegria. Não sabia o porque, mas esse pequeno ser a lembrava de si. Decidida a adota-lo, a mesma caminha até uma das responsáveis pela ONG.

Assim que a princesa encontra alguma das moças responsáveis pela adoção, lhe mostrou qual queria e a mesma foi pega-lo. Após ter-lo em mãos, Cecilia percebe o quão pequeno o filhote era. O seu novo bebe se ajeita em seus braços de um jeito confortável. Enquanto isso, a moça que a ajudava dava-lhe orientações sobre o novo Pet. A princesa assina o resto dos papeis necessários para a adoção e se retira, junto ao filhote, que depois de vacinado, dormia em seus braços.

Carol: Meu deus, que fofo!!
Ceci: Pois é.
Carol: Qual vai ser o nome?
Ceci: Ainda não pensei, alguma ideia?
Carol: Várias.

As duas riem e ela começa a falar sua lista de nomes. Um nome chamou a atenção da menina: Popy. Sua nova cachorrinha agora tinha um nome.
Após isso, as duas continuaram caminhando, até que a jovem se lembra que precisa comprar as coisas para sua nova mascote. Chama um dos guardas que estava a alguns metros dela e lhe encarrega dessa missão, enquanto as duas voltavam ao seu passeio.

Estavam distraídas vendo os animais quando alguém chamo seus nomes. As duas se viram para  a tal voz, vendo Andrew, um dos irmãos mais velho de Carol.

Andrew: Mana, Princesa Cecilia. - O mesmo faz uma referência.
Eu: Andrew, deixe de formalidades. Você me conhece desde que eu era pequena, não precisa disso.

Ele concorda.

Carol: Mas então, o que aconteceu Andrew?
Andrew: As vi passeando e vim cumprimentá-las. O que devo a honra de sua visita em nosso reino, Cecília?
Carol: Ela veio ver a feira, o que mais seria Andy?
Andrew: Sempre se intrometendo na conversa dos outros, não é, Carol?
Carol: Você não devia estar cuidando de alguma papelada?
Andrew: E você não devia estar agindo como uma princesa?

A mesma o olha brava e sai de perto dele, tanto o irmão quanto a melhor amiga de Carol sabia que essa rebeldia que ela carregava era proporcionada pela falta de atenção que recebia dos pais, por ser a mais nova. Os dois se entreolham, Andy se arrepende do que falou no momento que as palavras saíram de sua boca. Sabia que para a irmã não era fácil ser a mais nova.

Os dois jovens saem preocupados atrás da amiga/irmã, que no momento se encontrava em um pequeno parque, perto da feira, onde ficava quando pequena. O irmão, por conhecer bem seu sangue, foi direto para o tal parque, sendo seguido pela apreensiva amiga. Quando chegaram, Cecilia deixou os dois conversarem a sós, sabia que esse era um momento deles.

Enquanto esperava os dois se resolverem, ficou brincando com Popy, que pulava a sua volta mais animada. Pelo jeito a pequena cachorrinha se animou por ser adotada. Depois de se acertarem, os dois vão ao encontro da princesa que se animava com sua recém amiga, para por fim, os três se divertirem junto a cadelinha.

Nesse meio tempo...

Nicholas se encontrava no reino de Garfen, na qual passou o dia reclamando com Arthur do tão injusto seu pai foi em relação a ele. Enquanto ouvia, Arthur apenas pensava o quão isso poderia ser bom para seu amigo, fazer-lo cair na realidade e se tornar melhor, não para os pais ou para o reino, mas para si próprio.

Arthur: Mas afinal, quando vai conhecer sua noiva?
Nick: Não sei, deve ser ainda essa semana, meu pai quer acelerar o mais rápido esse casamento. Diz ele que é só para afirmar logo a aliança, mas tenho certeza que ele só quer me ver ferrado.
Arthur: Ele é seu pai, na real não quer seu mal. Só que você aprenda antes que seja tarde.
Nick: Porque você ta protegendo ele?
Arthur: Não o estou protegendo, estou pensando positivo e que isso pode ser bom pra você. Tenta também, pode ser bom!
Nick: Vai se ferrar.

Os dois riem e passam o resto do dia conversando. No final da tarde, Nicholas decide ir embora, antes que sua situação piore. Ao chegar em casa, seu pai junto a sua mãe o param.

Emanuel: Onde esteve?
Nick: Garfen.
Eleonor: Que bom que não era em alguma festa. Isso é péssimo para sua imagem como futuro rei.
Nick: Você só se importa com isso?

O mesmo revira o olho pelo comentário feito por sua mãe. Os pais ignoram o gesto, e voltam a comentar com seu filho.

Emanuel: Saiba que combinei com o rei Joaquim de visita-los depois de amanha, então não se meta em confusão até lá.
Nick: Ta bom.

O príncipe, irritado pelo jeito dos pais, os deixa, caminhando para seu quarto, onde capotou na cama em questão de minutos.

Enquanto isso...

Cecilia já apresentará a família a nova integrante, e todos a adoraram, principalmente a pequena Lotte, que se encantou com Popy.