Noiva por contrato

Capitulo 5

Diante dos olhos de Ceci se encontrava um castelo majestoso. Sua parede, a primeira vista, possuía traços antigos, rachaduras profundas e uma aparência velha. Porém com uma análise mais profunda, se via o polimento perfeito da Rocha, o musgo escondido nas rachaduras, entre outros detalhes mínimos, que muitas vezes passavam despercebidas pelo olhar apressado do homem.
Cecilia se aproxima de sua família que caminha calmamente a dentro do castelo. Assim que a parte interna do lugar é apresentado aos olhos da princesa, a mesma repara na decoração do cômodo.
Diferente da parte externa, a interna apresenta uma decoração mais moderna, com uma palheta de cores voltado para o branco e o dourado. Os móveis são de alta qualidade e pintura das paredes são carregadas detalhes perfeitamente desenhados. Uma decoração típica da realeza.
Somente após uma análise minuciosa do salão, Cecilia direciona o olhar para a família que a recepcionará, a família de seu futuro marido.
Curiosa sobre a aparência do príncipe Nicholas, a mesma olha para o jovem, que também a olhava.
Cecilia sabia que aquele olhar profundo que recebia do mesmo, era carregada de ódio e amargura, um sentimento causado pelo motivo de seu encontro, o casamento dos dois.
(...)

Nicholas olhava para a menina a sua frente com ódio. Não por não gostar da mesma, mas pelo que sua presença representava. O fim de sua liberdade...
Apesar disso, tinha que confessar, a mesma era linda. Tinha uma beleza incomum, até mesmo rara, que atiçava sua curiosidade de uma maneira inexplicável. Seu cabelo, apesar de possuir a coloração marrom clara, comum em seu reino, algo nos sedosos cabelos da moça a fazia ser única, mas o jovem não sabia explicar o que.
Abaixando um pouco os olhos, se via os grandes e vividos olhos cinzas da menina, que carregava curiosidade pelo lugar novo e pela figura a sua frente. E por fim, os grandes lábios carnudos e avermelhados, que traziam ao príncipe a necessidade de experimenta-los.
Mesmo com a evidente atração que a jovem causava nele, seu sentimento em relação a mesma continuava negativo. Seu futuro casamento forçado o desagradava tanto que faria o possível para cancela-lo, mesmo que isso signifique importunar-la até sua desistência e por consequência, proporcionar a jovem um ódio por ele que interromperia qualquer chance dos dois de terem algo.

(...)

Cecilia, após olhar detalhadamente para o príncipe, direcionou seu olhar para o restante da família do mesmo. Ainda assim, ela sentia o olhar dele sobre a mesma, porém preferiu ignorar tal fato e focar-se em cumprimentar os outros.
Posicionou-se em frente ao rei Emanuel e com uma reverência, o cumprimentou.

Emanuel: Princesa Cecilia, vejo que crescerá bastante desde a última vez que a vi. Puxou a beleza de sua mãe. - diz, olhando para meu pai, que concorda.
Pai: Não apenas a beleza como também a gentileza.
Emanuel: Fico muito feliz de saber disso. Sinto que ela é a mulher perfeita para colocar jeito em meu filho.
Pai: Eu tenho certeza disso.

Ouvi-los falando assim de Cecilia a deixou desconfortável. Havia muita pressão em suas costas. Agora, além de ter que cuidar de seu reino, teria que mudar um príncipe mimado? Apesar de sua inquietação interna, se manteve quieta e educada, cumprimentando a rainha Eleonor, que apenas a olhou de cima a baixo.
Ceci ouvira falar muito dessa família e agora, ao vê-los em sua frente, percebe que os boatos poderiam ser verdadeiros e teria um desafio ao vir para cá.
A jovem menina direciona sua atencao a princesa mais nova, que possui um comportamento exemplar, mas parecia brava com algo. Pelo menos foi o que achara, Ceci.
Em seguida, cumprimentou com uma reverência pequena, um menino. Não sabia ao certo quem era, mas Carol, ao ver o rosto de curiosidade da amiga, se aproximou e cochichou de forma discreta:

Carol: Esse é o príncipe Arthur, de Garfen. É o melhor amigo do príncipe Nicholas.

Ela concorda e termina a reverência.