☆ Capítulo 10 ☆

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*Yugyeom*

Acordei 10h30. Levantei, fui ao banheiro, fiz minhas higienes e fui tomar café. Logo depois que tomei café eu fui até meu quarto e comecei a arrumá-lo. Hoje seria o grande dia. Hoje eu iria tomar atitude e contar para o BamBam que eu gosto dele.

[...]

Já são 15h05, daqui a pouco o BamBam está chegando. Meu quarto está todo arrumado. Hoje é um dia importante, não queria que meu quarto estivesse uma zona. Eu me arrumei um pouco também. Não é nada muito exagerado, mas eu não podia parecer que passei 3 anos na guerra e depois quando voltei eu fui atropelado por um carro. 

Assim que a campainha tocou o meu coração parou. Eu estava nervoso, mas eu tinha que falar para ele, é agora ou nunca. Desci as escadas um tanto quanto rápido demais, tanto que eu quase caí, mas tudo bem. 

Assim que abri a porta lá estava ele, com aquele sorriso lindo de sempre. É sério, eu poderia passar horas apenas olhando o sorriso dele.

— Oii Yug.

— Oi Bam, entra!— Disse dando espaço para ele passar.

Subimos para o meu quarto e, quanto mais eu me aproximava do meu quarto, mais eu queria sair correndo daquela casa.

— Então Yug, o que houve?— Disse assim que entramos no quarto.

— Co-como assim?— Droga! Eu gaguejei, não queria demonstrar que estava nervoso.

— Por que está nervoso?

— É que eu quero conversar, é algo importante.

— Pode falar. 

— Então... eu não sei bem como falar.— Disse colocando a mão na nuca e baixando a cabeça.

— Aconteceu algo, Yug?

— Aconteceu. Aconteceu que você roubou o meu coração.— Disse levantando a cabeça e olhando para ele. Ele estava surpreso.— Aconteceu que desde que você voltou para a minha vida eu não consigo parar de pensar em você 24 horas por dia. Eu penso no seu sorriso, na sua risada gostosa de ouvir, nas suas piadas ruins, no seu rosto maravilhoso, eu penso em tudo relacionado a você. Talvez eu já tenha pensado em você desse jeito antes de tudo, mas eu pensava que era porque você era meu melhor amigo. Mas agora eu penso na gente como um casal. Eu penso em passar anos ao seu lado. Eu penso em você, somente em você. BamBam, eu te amo.

As coisas que eu falei foram totalmente verdadeiras. Eu não ensaiei nada do que falei, eu apenas descrevi o meu amor por ele. E enquanto isso ele estava lá, incrédulo. 

— Yug, eu não sei o que dizer.— Disse olhando para baixo.

— Não precisa dizer, apenas sinta.— Disse me aproximando dele e o beijando.

Não que eu já tenha beijado muitas pessoas, mas foi o melhor beijo da minha vida.

Assim que nos separamos ele me olha e fala:

— Yug, eu... eu namoro.

— O QUÊ?— Disse me afastando dele.

— Brincadeira, era só para descontrair.             

— BAMBAM!— Disse incrédulo. Não acredito que ele fez uma coisa dessas em um momento desses. Muito a cara dele.    

— Eu também te amo Yug.— Disse me abraçando.

Depois que ele disse isso eu não soube mais o que fazer. Quer dizer, eu tinha em pensamento que ele tinha algum sentimento por mim, afinal, ele me mandava aquelas mensagens, mas ouvir isso da boca dele, foi a melhor coisa do mundo.

Depois disso nós deitamos na minha cama e ficamos abraçados conversando e trocando alguns selinhos.

Pouco tempo depois, eu e o BamBam estávamos nos beijando quando a minha mãe entrou no meu quarto. Meu coração parou nessa hora.

— Oi filho, eu...— Ah desculpa, não queria atrapalhar vocês.— Disse fechando a porta e se retirando do quarto.

— Yug.— BamBam disse chamando minha atenção.

— Desculpa Bam.

— Tu conversou com a sua mãe, sobre você ser gay e tal?

— Bom... não. Eu tentei, mas o medo venceu.

— Você devia conversar com ela. Eu vou embora para vocês poderem conversar.

— Tudo bem. Mais tarde eu te ligo.

— Tudo bem.— Disse me dando um selinho e indo embora.

Saí do meu quarto e fui até o da minha mãe.

— Mãe.— Disse batendo na porta e logo em seguida entrando.

— Oi filho.— Disse se ajeitando na cama.

— Então... Eu não sei bem como falar sobre isso.  Mas me desculpa por não contar antes, eu descobri minha sexualidade a pouco tempo e eu estava com medo de contar.

— Tudo bem. Eu entendo o seu ponto de vista.

— Por favor, não brigue comigo, eu não sei o que seria de mim sem a senhora.— Disse deixando algumas lágrimas escaparem.

— Não vou brigar com você, não tem motivo para isso. Eu não posso te culpar por amar. Todos tem que ter a chance de encontrar o amor. Eu tive a minha, mas eu pisei na bola, não faça o mesmo que eu.

— A culpa não é da senhora, o papai não sabe do que está falando.

— Eu não me refiro ao seu pai. Antes de eu casar com ele eu namorava outro homem. Nós éramos felizes, estava tudo perfeito, mesmo com as brigas, estava tudo perfeito, até que o seu pai surgiu. Eu e ele tivemos um relacionamento de alguns meses, mas não deu certo. Ele surgiu dizendo que me amava e muitas coisas, até que ele me ameaçou. Então eu resolvi deixar o cara que me fazia feliz e ficar com o seu pai, por medo. Nós sempre fingimos que estava tudo bem, eu me acostumei com ele, até que ele surtou e nos deixou.

— Não acredito que ele fez isso.— Disse abraçando ela.

— Mas ele fez. Mas a moral da história é, eu não vou te impedir de amar. Se você é gay, tudo bem por mim, eu aceito isso, mas tome cuidado com as suas decisões.

— Não se preocupe mãe, eu sei bem o que eu estou fazendo e eu conheço bem o BamBam.

— Espera, é o BamBam? Aquele menino que você gostava quando mais novo?

— Si... Espera, como assim "gostava dele"?

— Pelo amor filho, você falava dele a cada segundo do dia, era óbvio que gostava dele. Eu sempre achei que você era bi por conta disso.             

— Mas sim, ele mesmo.

— Tudo bem, eu apoio esse namoro. Se vocês estão felizes, por mim tudo bem.  

  — Obrigado mãe. —Disse abraçando ela de novo.

    

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