Essa noite, enquanto eu tomava mais uma xícara de café, para aguentar a madrugada amargurada, eu percebi uma coisa.
Você não foi o único que me destruiu, que me arruinou ou me derrubou.
Não lhe darei todo o crédito, nada disso.
Eu também mereço crédito por isso.
Eu fui culpada.
Fui culpada porque eu, apenas eu, podia lhe dar permissão para entrar em minha vida.
Apenas eu, podia lhe entregar meu coração.
E eu, tola, achei que você aceitaria, então o entreguei.
E você o esmagou da forma mais bruta que alguém pode imaginar;
você o espancou;
você o pisoteou;
você o rasgou;
você o quebrou;
você o estraçalhou
sem nem se importar com as sequelas deixadas.
Mas não se preocupe, não estou te culpando.
Eu fui a culpada.
Eu me auto destruí por amar você.
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Devaneios
PoesíaDefinição de devaneios: produto de uma fantasia, sonho; utopia. "Ainda existem almas para as quais o amor é o contato de duas poesias, a fusão de dois devaneios."