Lua de mel macabra

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Até onde podemos acreditar no sobrenatural? Será que lendas e histórias antigas podem se tornar realidade? Será coisa da cabeça de Amanda? Acompanhe essa história de uma lua de mel dos sonhos que virou um pesadelo.

Amanda olhava Filipe tirar as malas do carro, sentada na escada da entrada da casa grande, estava cansada daquela viagem de quase 4 horas pro interior, não entendendo o porque dele ter preferido se "isolar dentro do mato" à passar em qualquer outro lugar. Diz ele que a mãe passou a lua de mel naquela fazenda que pertencia ao avô dele e ele só queria homenagear ela, se estivesse viva. O lugar era bonito. Isolado. Árvores a perder de vista. Um pequeno lago e uma construção ao longe. Tinha duas casas. Uma maior principal e outra que parecia dos empregados. Os únicos moradores do lugar era Tião, que cuidava da fazenda e Elvira, esposa dele que cuidava da cozinha e da casa.
- Mais alguma coisa, patrão? Perguntou Tião.
- Não. Muito obrigado. Levou as malas pro quarto?
- Sim, senhor Filipe.
- Então por enquanto é isso, Tião.
- Com licença, patrão. Se quiserem, podem dar uma volta, o almoço já já sai. E Elvira cozinha que é uma beleza.
- Quer amor? Vamos dar uma volta.
Amanda sem opção foi com o marido. Estava conformada em passar os longos e entediantes 5 dias naquela fazenda. Mas estava feliz, pois estava ao lado do amado. Andaram por alguns lugares da fazenda. Conheceram a horta, o celeiro onde estavam as galinhas e porcos. Foram até o estábulo ver os cavalos.
- Podemos andar se quiser. Disse Filipe com um sorriso malicioso. Ela olhou pra ele com ar de reprovação. Sabia do medo que ela tinha de cavalos. Só faltava o pomar. Foi quando ao longe viu Tião chamando eles.
- Vamos ''armoçar". Disse ele ao casal quando chegaram perto do casarão. Era uma construção de respeito. Centenária. Ao entrarem no Hall, móveis rústicos bem antigos, mas muito bem conservados. O casal de empregados cuidavam muito bem da fazenda.
- Amor vou tomar banho.
- Também vou. Disse Filipe com más intenções. Ela riu e falou baixinho. Só banho tá? Fala que descemos em meia hora.
- Tião. Em meia hora descemos. Vamos tomar um banho e ...
- Tá. .patrão. Pode deixar. Falo com a minha patroa que vocês vão fazer...disse rindo indo pra cozinha.
Amanda riu pois o marido estava vermelho. Subiram e conheceram o quarto. Enorme. Com a vista de frente pro lago e pro jardim. E para aquela construção estranha na entrada da mata. Quase no fim da fazenda. De móveis, só o básico. Uma cama enorme, um sofá e uma penteadeira com um enorme espelho. E o banheiro com o básico. Mas tudo com lençóis limpos e bem conservados. O marido tomou banho primeiro e disse que ia descer, pois ia conversar com Tião coisas da fazenda, antes de servir o almoço. Deu um beijo em amanda e desceu. Ela tomou um longo banho e nem acreditou que um lugar como aquele tinha água quente. Estava precisando depois da cansativa viagem. Se enxugou e escovava o cabelo enquanto olhava pela janela. A vista era linda. Só não entendia o por que daquela construção horrorosa no meio de um lugar tão bonito. Enquanto se vestia, olhou de novo para casa e...
- " Estranho. Não lembro de ter visto a janela aberta." Pensou ela. Olhou mais alguns instantes e desceu.
Chegando na cozinha sentiu aquele cheiro de comida delicioso. Feita na lenha. Estava faminta. Tinha um banquete na mesa. Filipe e Tião conversavam algo na varanda e uma senhora com um avental, muito simpática e com um sorriso que cativava, trazia uma panela de barro que ainda borbulhava.
- Seja bem vinda, dona Amanda, espero que goste da comida. Sou Elvira.
- Que isso, Dona Elvira. Deve estar uma delicia!!! Disse amanda se sentando a mesa.
Filipe entrou com um semblante sério junto com Tião, que logo foi se desfazendo ao sentir aquele cheiro delicioso que vinha das panelas da mesa. Elvira serviu os dois e foi pro lado do marido e ambos ficaram observando o lindo casal, enquanto conversavam sobre diversas coisas com Filipe, história da época dos avós dele, de vez em quando Amanda levantava a cabeça e sorria. Quando Elvira estava recolhendo os pratos, Amanda perguntou:
- Aquela construção no fim da trilha tem alguém morando nela? Pois tive a impressão de ver a janela aberta.
Nesse momento, os empregados se olharam e olharam pra Filipe.
- Bem...Na verdade. ..
- Na verdade amor, Tião usa pra guardar algumas coisas velhas e ferramentas. Não é Tião? Interrompeu Filipe. Vamos amor. Vamos descansar um pouco. Precisamos. E subiram.

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⏰ Última atualização: Dec 21, 2017 ⏰

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