Capítulo 17

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Sophie

Minha mãe acabou de me avisar que o Rafa chegou, eu não consigo conter minha ansiedade em conhecer a minha sogra, minhas mãos estão suando como se eu estivesse indo para o abatedouro, confesso que não é uma sensação nada agradável a que estou sentido. Mas tenho que ser forte, se quero uma relação mais sólida com o Rafa, eu tenho que tentar me dar bem com os pais dele. Fui para a sala me encontrar com o Rafa, nos despedimos dos meus pais e fomos para o restaurante.

- Meu amor, o que foi, está muito séria, quase não falou nada da sua casa até aqui.

- Desculpa, é que estou ansiosa para conhecer seus pais.

- Não precisa ficar assim, você vai ver, eles são pessoas ótima. E tenho certeza de que assim como eu te amo, eles também vão te amar.

- Repete. (Queria ouví-lo dizer que me ama de novo.)

- Não precisa... (interrompi ele.)

- Quero que repita a parte que você me ama!

- Ah!! Eu te amo, eu te amo, eu te amo, eu sempre te amarei!!

- Eu também te amo.

Ouví-lo dizer que me amava me deixou menos nervosa, mas por pouco tempo, assim que descemos do carro e fomos entrando no restaurante, eu me senti como se estivesse caminhando pelo corredor da morte, igual naquele filme “A Espera de um Milagre”, e no papel de Tom Hanks estava o Rafa, já no do meu carrasco eram meus sogros, em especial, minha sogra! Logo que entramos, Rafa localizou a mesa e apontou para que eu avistasse, estavam sentados uma senhor de cabelos grisalhos, de sorriso largo, aparentando ter uns 50 anos, e mesmo de longe via certa semelhança com o Rafa. Ao lado dele estava uma senhora com cabelos negros e curtos, na altura da orelha, tinha aparência delicada, seu sorriso era mais contido, aparentava ter entre 45 e 50 anos, não via muita semelhanças com o Rafa.

Fomos caminhando ao encontro deles, segurei a mão do Rafa como quem segura uma corda que vai lhe salvar de se afundar em areia movediça. Ele notava minha insegurança, meu nervosismo, falava palavras para me acalmar, mas era em vão, eu não consegui nem ouvir o que ele estava dizendo. Chegamos a mesa, forcei um sorriso, não seria de bom tom chegar com a cara que eu estava de ratinho acoado pelo gato perseguidor. Os pais dele levantaram assim que nos aproximamos da mesa, e o sorriso dos dois eram imenso, acho porque o filho deles estava chegando, tenho certeza que nenhuma parte daquele sorriso era destinada para mim.

- Que bom que voltou rápido, meu querido. (Disse a mãe dele o abraçando-o.)

- Falei que era rápido, a senhora duvidou! - Disse ele se afastando dela – Mãe e Pai, essa a minha amada namorada, Sophie. Sophie, estes são meus pais, Ana e Pedro.

- Prazer em conhecê-los.

Estendi a mão para cumprimentá-los, mas o pai dele se adiantou e me puxou para um abraço, o que me deixou desconcertada, parece que o pai dele havia, verdadeiramente, gostado de me conhecer, assim que me soltou foi a vez da mãe dele, ela foi um tanto mais contida, mas me abraçou de uma forma que me senti acolhida, será que é sinal de que ela gostou de mim?!

- Muito prazer em conhecer a jovem que arrebatou o coração do nosso filho. (Disse o pai dele.)

- Pai, assim vai deixá-la envergonhada. (Realmente eu já estava corada.)

- Não fique minha jovem, é que sou assim mesmo, muito despachado. (Disse isso rindo, não pude deixar de sorrir de volta, o pai dele era uma graça.)

- Mãe, não vai dizer nada? (Perguntou o Rafa.)

- O que dizer? Ela é uma bela jovem e tenho certeza de que deve ser também uma boa pessoa, caso contrário, meu filho jamais teria se apaixonado. (Será que essa fala era boa ou ruim, ela queria me dizer alguma coisa nas entrelinhas?)

Brincando com FogoOnde histórias criam vida. Descubra agora