RIO PARDO Uma história de amor

O Ataque

Na manhã seguinte, acordei bem cedo e corri para a Unidade Militar Rio Pardo, minha Unidade Militar. Ela recebeu esse nome por que era a única na cidade de Rio Pardo, e por ser a única tínhamos cerca de 30 mil soldados e um imenso território onde havia muitas riquezas como petróleo, minério de ferro, carvão e até plutônio, no entanto, não tínhamos armas nucleares, pois era proibido por leis internacionais.

O dia estava um pouco chuvoso, mas uma chuva jamais iria me impedir de cumprir meu objetivo nesse grande dia. Caminhei pela mesma rua de sempre, cumprimentei o senhor José, o padeiro, assim como faço todos os dias, vi as criancinhas brincando na chuva, sorrindo, as pessoas vivendo suas vidas simples e felizes.

Na entrada da base havia um grande muro, que a cercava e ia até as margens do Rio Pardo, e um portão de aço que era protegido por duas metralhadoras MG42, eram nossas únicas metralhadoras de grande poder de fogo, e mesmo assim estávamos satisfeitos com nossas defesas, porque imaginávamos que nunca precisaríamos usá-las, pois sempre fomos uma Unidade Militar pacífica.

Quando cruzei o portão me deparei com centenas de soldados e toda a frota de navios estava ancorada se preparando para o exercício, eu nunca tinha visto tantas tropas reunidas antes, provavelmente esse foi o maior exercício da história de nossa Unidade Militar. Logo vi o NMC Rio Pardo, nosso maior e mais poderoso navio de guerra que media 50 metros de comprimento e 20 de largura e era equipado com canhões de ultima geração com um poder de fogo impressionante. Depois de alguns minutos vi Larissa sentada próxima ao NMC Titan, o pequeno navio em que ela fazia parte de uma tripulação de 28 pessoas.

Naquele momento eu respirei bem fundo disse pra mim mesmo -Hoje é o dia -. No entanto logo me lembrei da noite passada em que ela não me dissera o motivo de sua tristeza, e também reparei que seu olhar estava fixo em direção ao grande Rio Pardo, era um olhar triste e pensativo. No momento imaginei - O que deixaria minha amada triste dessa forma? Será se aconteceu algo sério?- Não suportei tanta preocupação e fui perguntar.

- Larissa, desde ontem você está com esse olhar triste. Me diz o que lhe incomoda a ponto de deixar esse tom de tristeza em seus lindos olho?

- Me desculpa Diego, faz dias que estou com um mau pressentimento e isso está me dando medo.

- Hei, fica tranquila, não vai acontecer nada. E mesmo se houvesse qualquer problema eu jamais deixaria que nada de ruim acontecesse com você.

Senti um grande nó na garganta quando a vi pegando em minhas mãos e me olhando com seus olhos cheios de lágrimas.

- Promete?

- Prometo

Nesse momento vi seus olhos se fecharem e sua boca vir lentamente em direção a minha, meu olhar admirava sua beleza à medida que meu coração acelerava a cada momento em que seus lábios se aproximavam dos meus, um grande frio congelava minha barriga enquanto um enorme calor ardia em meu peito até o segundo em que minha boca encostou-se à dela.

O nosso beijo gerou em mim uma sensação que eu nunca senti antes, foi como se tudo ao nosso redor não existisse mais e o tempo tivesse parado apenas para que pudéssemos desfrutar daquele momento único que ficaria marcado para o resto de nossas vidas.

Estava tudo perfeito, a sensação que eu sentia, meu coração explodia de alegria. Era o melhor momento da minha vida, até que fomos interrompidos por um roído fino, como o de uma chaleira com água fervente, e logo após um enorme calor em minhas costas seguido por um barulho ensurdecedor.

- O que foi isso...?

Olhei para trás e vi o NMC Rio Pardo partindo-se ao meio com uma enorme explosão.