Capítulo 7 - pílulas

461 61 33
                                    

Opa, tudo bem? NÃO DEIXE DE LER ISSO!

Fiz algumas mudanças na história, alguns acréscimos e momentos legais. Recomendo que você leia alguns capítulos anteriores e fique atentos ao capítulo 8!  

---------------------------------------------------------

Você não soltou minhas mãos e andou comigo

Nós confiamos um no outro, que nunca mentiríamos

Agora saia da escuridão

Nossos sonhos mais loucos

De ser o melhor de nada

Temos que apagar a ideia

De que vencer é sempre o melhor

Mesmo quando corremos na escuridão,

Sou grato pelo tempo que passamos juntos

Apoiado em seus ombros nos tempos difíceis.

- 함께 (Cure)

Yoo Young Jin & Taeyong

Taeyong.

Seu despertador tocou, anunciando que já estava mais do que na hora de acordar para a vida. Eram exatamente 14h30 e seu estômago doía depois do cochilo após o almoço, não sabia o porquê disso, mas sempre que dormia depois de almoçar, acordava com um desconforto chato na barriga. Olhou para o teto branco e desligou o celular, o guardando no bolso da frente da sua calça jeans clara, sua casa estava silenciosa, então deduziu que seus pais estivessem trabalhando.

Sua intenção era passar direto pelo corredor e descer as escadas, tomar algum remédio que passasse o desconforto na sua barriga e seguir sua vida. Mas algo chamou sua atenção, Bob estava em frente a porta branca, sentado, olhando pacientemente para cima, como se alguém fosse abrir a porta a qualquer momento. Uma pontada invadiu seu peito, machucando seus sentimentos, estava irritado com o cachorro, se perguntava o porquê de ainda viver como antes e fingir que nada mudou.

- Você deveria descer comigo, seu velhote. - Resmungou, fingindo que aquela cena não o machucou. - Ele não está aí, você está perdendo seu precioso tempo.

O cachorro o respondeu com um latido, desviando o olhar para a porta de novo, passando as unhas grandes na madeira antiga. Taeyong se viu andando em direção ao seu velho amigo, se agachando, ficando da altura do cachorro, Bob era um Mastim Inglês, com seus 90cm e 97kg. Riu ao perceber que não conseguiria tirar o amigo dali no colo, já que ele tinha o dobro do seu peso. Não tinha muito o que fazer, Bob já tinha seus seis anos e era tão teimoso quanto o dono.

Então, tudo o que Taeyong fez foi se sentar e puxar o cachorro para o seu colo, depositando alguns beijinhos no focinho murcho do bichinho. Sang brincava falando que o cachorro era tão grande quanto um leão e aquela lembrança o fez encarar a porta do quarto do irmão. Bob lambeu seu rosto e se aninhou ainda mais em seu corpo, o peso do animalzinho o fez soltar um gemido dolorido.

- Você acha que eu devo? - Perguntou, sabendo que não teria resposta, mas o cachorro latiu e ele suspirou - Não acho que seja uma boa ideia, amigão...

Não entrava ali desde aquele dia tão trágico, não lembrava muito bem como estava o quarto, era normal esquecer algumas coisas depois de um trauma, sua psicóloga já tinha comentado consigo uma vez, mas não se lembrava muito bem da explicação dela. Apesar do estado de loucura que sua mãe às vezes tinha, ela também não entrava no quarto e muito menos seu pai, que nem ao menos gostava de tocar no assunto. Em alguns momentos, Lee Sang era um Tabu dentro daquela casa, e ele não sabia ao certo se aquilo era ruim ou não. Ele negava na maior parte do tempo, mas no fundo tudo o que ele queria era poder ouvir a voz do irmão de novo, poder jogar futebol juntos e fazer carinho naqueles cabelos que sempre tinham uma cor diferente. Sentia tantas saudades do rapaz, sentia tanta culpa pelo o que tinha acontecido, que muitas vezes não conseguia segurar as lágrimas.

Cidade EstreladaOnde histórias criam vida. Descubra agora