Um pulo na água

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Magricela, vinte e cinco anos, ninguém entendia por qual motivo Jonas passava todas as quintas-feiras em cima da pedra que dava para o mar. Sentava numa pequena cadeira feita com pequenas rochas que ficavam próximas, e observava a água. Luana, menina linda, sempre o via quando saía para ir ao curso, e também quando voltava de lá.

Por que você está aí, carinha?

Esperando o amor da minha vida voltar. E juntos vamos pular no mar, brincar na água, iremos ser felizes juntos.

Mas e se ela não voltar?

Então eu não pulo, oras. Simples.

Você nunca pensou em pular sozinho?

Não. Você pularia sozinha?

Eu sim.

Então por que você não pula?

Porque eu não tenho motivos para isso.

Eu tenho.

Então pule!

Não posso.

Mas você disse que tinha motivos pra pular!

Mas eu estou esperando "o motivo voltar".

E se ela não voltar?

Eu fico aqui e espero.

Mas isso nem faz sentido!

É disso que se trata. Eu a amo. Quando se trata do amor, ele não precisa fazer sentido. Ele apenas precisa ser sentido.

A jovem mulher ficou sem palavras, e em seguida abriu um sorriso. Desceu da pedra e caminhou para longe, e a cada vez que a frase dita por Jonas se repetia em sua cabeça, ela sentia algo especial, uma carícia em seu coração.

Arte do capitulo:
Foto de Daniel Alves
Modelo: Daniel Alves

As anotações de um garoto sonhadorOnde histórias criam vida. Descubra agora