Capitulo 1

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Olhei para todos os lados, confusa, procurando alguma saida em meio desse floresta obscura demais. Mas não consigo ver nada e minha cabeça comença a dar voltas e voltas.
Ao longe, escuto uns uivos, as folhas das arbores começam a se sacudir bruscamente e um vento frio passa pelos meus braços nus, me arrepiando. De repente uma voz seca sussurra delicadamente no meu ouvido, dizendo que corra.
Entro em panico e começo a correr para qualquer lado, sem parar. Os galhos batem contra minha pele, arranhando. Folhas secas soam cada vez ao pisar e de repente uns passo se escutam atras de mim. Vindo. Vindo cade vez mais rapido, ate mim.
Ao longe vejo uma casa e corro ate ela.

Entrei fechando a porta com força e a tranco. Tento me acalmar mas minha cabeça não deixa de dar mais voltas. Imagens passam violentamente pela minha cabeça.
Uns passos na terra... Sorrisos, muito barulhentos...
Tonta, tento me equilibrar apoiando as costas na porta e fecho os olhos.
A neblina densa... com uns olhos vermelhos e meu avô encarando-os... Os lobos...

Tento examinar a casa, mas não consigo ver direto, só consigo ver com a pouca luz da lua que entra pela janela. O vento bate bruscamente contra janelas, fazendo um barulho irritante. Vejo uns arranhões nas paredes da cozinha e outras na saida do patio. E fico horrorisada quando vejo um quadro pinturado na parede, com a foto de eles dois. Meu avô e vovó.
Estou na casa dele!?
Meu coração dispara. Do nada, me encontro numa floresta, tão aterradora com o vento mexendo as árvores como malucas. Twnto caminahr mas nao consigo mexer mais nada. Que esta acontecendo?? Olho ao redor e uns centímetros na minha frente, vejo um corpo no chão, esta sangrando.
Meu avô!!

>>Bibi

Acordei bruscamente, com o maldito do despertador tocando. Me levantei e esfrego as mãos no rosto. Tentando apagar o sonho horrível que tive, de novo.
Não consigo mais dormir, acordando a cada minuto e lembrando cada vez mais aquele pesadelo horrivel.
Vou direto para o banheiro e esfrego minha cara com agua fria, tentando esquecer tudo de uma vez só. Tomo um banho quente já que aqui em Pico Phelps faz frio, mas muito frio. Mas como não consegui dormir direito, sem querer ligo o frio.
Mas Que azar!
Mas depois ligo o quente, assim me deixando mais relaxada.
Deço as escadas ate a cozinha e encontro uma pilha gigante de pratos sujos, na pia. Olhei detalhadamente cada prato, imaginando o trabalho enorme de quem lavar esses pratos. Porque não vou ser eu!

- Ah!..Bom dia filha!
Me virei e vejo minha mãe, com sua camisa desajeitada e com o cabelo desarrumado. Me faz abrir um sorriso.
- Nossa mãe! Seu cabelo! - falei o arrumando e deixo para um lado e liso.
- Valeu filha.. - fala ela com um sorriso torto.
Olhei para ela e alegremente lhe dou um abraço apertado.
Depois me sento no comedor para comer o café da manhã. Minha mãe pega uma caixa de biscoitos integrais, engolindo um inteiro.
- Olha quem acordou! Bom dia princesa! - exclama meu pai, me dando um beijo na testa.
- Bom dia, " Rey Fábio" - brinquei.
Meu pai pegou um biscoto da caixa na mão da minha mãe. Ela lança um olhar, reclamando e afasta a caixa longe do alcance dele.
- Se quiser te levo hoje para o colégio? - me pergunta, engolindo um pedaço do biscoito.
- Claro.

Entrei na sala, tentando não deixar cair nenhuma das folhas nas minha mãos, e arrumo tudo dentro do meu livro de matematicas para cuidar disso depois.
Procuro alguma cadeira vazia, de preferência perto do quadro. A primeira aula é de geográfia e não consigo me concentrar com o povo falando todo o tempo, lá atrás. Quando de repente, reparo numns olhos olhando pra mim. Um garoto.
Estava escrevendo alguma coisa num caderno cima da sua mesa, e de repente fica inmovil quando o olho de volta. Fiquei encarando seus olhos pretos, muito pretos mesmo. Não me lembro dele, até diria que nunca o tinha visto antes, no colégio. Deve ser novo.
Ele não desgruda seus olhos de mim, me deixando confusa. Seu rosto é bem delicado. Tem rasgos suaves e olhos bem obscuros igual a seu cabelo, meio desajeitado. Não consigo desifrar sua cara, se é de nojo ou confusão. Mas seus labios formam uma linnha reta meio abertos. Perece surpreso.
Nuns segundos, recupero a consciência e desvio o olhar rapidamente.
Desajeitada, procuro uma cadeira vazia mas a única era na frente dele. Pelo menos bem perto do quadro. Me sentei e guardo o livro cheio de folhas, tiro meus livros da minha mochila e olho pra frente, esperando a aula começar e logo.
Consigo até sentir seus olhos atrás de mim, tentando se afogar dentro de mim.

A Prometida Para O Alpha [Editando]Onde histórias criam vida. Descubra agora