4 - outono

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>>Bianca


A luz do sol entra alegremente pelas janelas do meu quarto, me fazendo acordar...
espera aí?!...meu quarto?
Abro os olhos depressa e olho para o relógio na minha mesinha de noite. É cedo, são as cinco e meia
Eu não estava com o Pedro?
Me sentei bruscamente e examino meu redor.
Sim, estou no meu quarto. E o Pedro? Eu... voltei com ele a casa. Mas não me lembro de sumir as escadas... Meu pai deve ter me carregado até aqui. Meu Deus! Ele vai me fazer um interrogatório lindinho.

Me deixo cair na cama, calma, com preguiça de me levantar. Que explicação Pedro lhes deu a meus pais por eu chegar quase as once da noite. To ferrada. Mesmo ferrada.
Me levanto para ir no banheiro e vejo um bilhete estranho na minha escrivaninha.

Oi Bianca.
Depois do ocorrido te levei até em casa, mas você dormiu no carro, sem querer acordar e ure que tentei te acordar mas você parecia morta. Seus pais não estavam em casa, então eu mesmo teve que te levar para a cama. Qual não foi nenhum problema para mim. O seu trabalho está na sua mochila, não esquece levá-lo amanhã.

Pedro Montanari

Então o senhor Montanari, veio aqui em casa me trazer! Só de pensar nisso, saiu um sorriso bobo do meu rosto. Meu quarto foi infectado pelo seu cheiro. Queria aprisionar esse cheiro em um frasco e guardar para sempre.
Depois de voltar a realidade, onde com certeza isso nao vai acontecer, vou pro banheiro e me arrumo para a aula.

****

Quando cheguei, vou procurar Meliza que debe estar perto da entrada do colégio, mas uma multidão entra e sai da escola, e não consigo achar-lá.
Então vou para a aula. Saio do banheiro e me vou subindo o terceiro piso para ir a sala.

Quando vejo Pedro, apoiado na parede perto da porta da sala. Ele parece pensativo, perdido na sua cabeça. Tento chegar perto dele sem chamar a atenção, mas ele se vira ao perceber que alguém o está olhando. Pedro ao perceber MI presencia muda completamente e me lança um sorriso malicioso quando chego perto dele. Sorrio torto e vou direto para a sala mas ele para bem na frente da porta, me impedindo a entrada na sala.

- Oi, Tatto! - diz Pedro, com um leve sorriso.
- Oi, Montanari. - comprimento, sorrindo com a voz cansada.
- Aonde a garota pensa que vai? - perguntou com a voz seria mas brincalhão, impedindo-me entrar na sala de aula.
- Na sala. Para estudar, o que você deveria fazer também. - falei, apontando com o dedo na sala, atrás dele.
- Estudar? pois é... - diz pensativo - Mas se eu nao quiser? O que você pensa fazer? - ele chega perto do meu rostro, me deixando estranha.
Me afasto, olhando seu braço forte impedido meu passo.
- Se você não quiser, aí não é minha culpa! - falei.
- Que pena. Pensei que você poderia ser minha nova professora.
- Eu? Tá maluco. - disse, calculando a rapidez com a que tenho que passar pra ele nao me pegar a tempo, e entrar na sala.
Dou um passo na frente dissimuladamente e corro tentando passar por debaixo do seu braço. Mas ele me pega antes de mesmo, conseguir entrar.

- Nãooo... isso é jogar sujo. - ele diz, calmamente, pegando minha cintura e me trazendo pra trás, de novo. - De verdade. Boa tentativa, mas você pensa muito antes de atuar, até senti o cheiro do seu plano, Bianca.
Olho pra ele com uma careta, mas com certeza isso não deve ser mentira. Minha mãe diz que sou como um livro aberto.

- Olha que temos aqui!.. - disse de repente uma voz feminina, atrás de mim.

Me viro para trás, na esperança de que seja Meliza para Pedro nos deixar passar finalmente. Mas fico ainda mais irritada quando vejo Iza Milar, a única estudante de primeiro do ensino médio, que faz de animadora para os times de futebol. Levava seu cabelo loiro preso numa coleta de cabalo e, como de costume, seu rostro estava escondido debaixo de meio pote de maquiagem.
- O que você quer? Porque você não larga logo do meu pé!- falei com raiva para Iza, fazendo sumir o pouco que tinha de um sorriso, no meu rostro.
- Nossa... mas um oi não está no seu vocabulário? - perguntou Iza.
Revirei os olhos, tentando ignorar-a.
- Vamos lá, você sabe que gosto de te infernizar - ela me disse, olhando-me perversamente.
Iza fica olhando para mim e depois perceve a presença de Pedro, atrás de mim.
- Oi... gato.- falou Iza para Pedro, passando afrente de mim, como se eu não estivesse mais ali.
- Se eu fosse gato, estaria arranhando sua cara agora mesmo. - respondeu Pedro, sério mas calmo. Ainda no marco da porta, não deixando ninguém entrar.
Iza fica calada mas volta e tenta:
- Ah... e grosso, gostei disso! - comentou com um sorrisinho no rostro.

A Prometida Para O Alpha [Editando]Onde histórias criam vida. Descubra agora