5- Conflito com o coração

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Corro pelo corredor do colégio, direto à saída. Para ir ao estacionamento, a procurar a Meliza. Tínhamos combinado ir no cinema para assistir um novo filme. IT. para o novo bloco em nosso Blog de Cinema e livros. Fazemos desde um tempo, porque somos amantes dessas duas coisas maravilhosas. Meliza se ocupa mais dos Films e eu dos Livros, mas juntas fazemos o trabalho. E para falar a verdade, nós está indo muito bem.
Quando estou quase perto da porta da saída, o senhor Lamarck, o coordinador principal do colégio, me avisa para que vaia a sua sala. Fiquei imóvel frente da saída por um tempo e depois vi meu relógio.
Ainda tenho um tempinho.

- Boa tarde, Bianca. - falou o coordinador, cortesmente. Se sentado na cadeira.
- Boa tarde. - respondi, me sentado em uma das cadeiras frente do escritorio.
- Bom Bianca, como vai seu dia? - diz ele, sem rodeios.
- Bem, acho... - respondi, ainda sentada sem saber porque estou aqui.
Ele entrelaça seus dedos, apoiando os cotovelos sobre a mesa. E me olha com uma sorriso paciente mas amigável.
- Acho que você já sabe porque está aqui? Não é Bianca.
Me esforcei em responder, porque não tinha feito nada errado. Acho.
- Disculpe, mas não sei.
- Pelos seus registros de asistencia, no psicólogo do colegio. - respondeu, paciente - Não tem resgistro nenhum. Você não esta indo as reuniões, não é?
Droga!
Eu tinha evitado qualquer reunião com o psicólogo do colégio. Tenha que ir pelo que aconteceu com meu avô.
Ele foi assassinado há um mês e meio. Aquilo me afectou muito desde o principio, e ainda teho pesadelos esquisitos sobre isso. Eu e ele eramos muito proximos, na verdade os melhores amigos. Ele sempre tinha aventuras para descubrir e me contar. E conhecia a floresta como ninguém, era muito apegado. Mas infelizmente morar por lá, lhe costou a vida. Foi achado na floresta morto com feridas graves causada por lobos, horas depois quando eu tinha chorado a noite toda por não achar ele. E fui a procurar ele na floresta, me perguntando se estava criando uma nova brincadeira para nós. Burrice de criança.
Pela manhã, acordei no sofá da sala, todo cheia de lama e folhas secas. Esperando a noite toda, ele aparecer e me dar bronca por eu não estar na cama dormindo. Mas nunca chegou.
Meus pais vieram cedo para nos visitar mas só me acharam, chorando. Procuraram pela casa toda, mas só havia rabiscos na parede, então chamaram a polícia.
Foi achada uma bala na perna direita dele. E estava muito ferido, com mordidas no pescoço e braços. Foi o que falou a polícia. Então ficou como um mistério. A policia acha que foi causa dos lobos e deixaram assim.
Apertei as mãos, só de lembrar.

- É... É estado muito ocupada. - disse, olhando de volta ao relogio da parede.
- Claro. Mas Bianca, não pode dar um tempo pra isso? - perguntou o coordenador.
Tentei aclarecer o melhor possivel:
- Senhor Lamarck, sei que o melhor a fazer. Mas ja é ido o suficiente para me recuperar, não me afeta mais como antes - Menti - . E para falar a verdade o psicólogo é bastante chato.
O senhor Lamarck ficou me olhando pensativo e depois diz:
- Bianca entendo, mas no que aconteceu é melhor encerrar bem. Não acha?
Não respondi.
- Que tal experimentar com outra pessoa? - falou ele me entregando um papel. Eu o pego e lei a primeira linha:

" Senhor Daginan. O novo Psicólogo do colégio Quim High School... "
Voltei e o olhei incrédula, ele só abriu um sorriso.
- Pelo menos experimente alguns dias. Depois você me conta como foi. - comentou ele amistosamente. - Acho que esse você vai gostar.
Fiz uma careta e peguei minha mochila do chão.
- Não prometo nada, Lamarck. - disse, e depois saio pela porta.

+++

Meliza estava me esperando no estacionamento. Comendo uns patadas fritas, sentada no capô do seu Hyundai Elantra. Ela se virou para mim e fez o símbolo de um relógio, com o dedo no seu pulso.
- O que pensa que horas são, Bianca? - pergunta ela impaciente.
Fui até ela e roubei uma batatinha, ignorando-a.
- O que estava fazendo de tão importante? - perguntou Meliza, descendo do capô e abrindo a porta do carro.
- O coordenador, queria falar comigo sobre as citas com o psicólogo. - contei para Meliza, entrando no carro.
- Ah. Esqueci que você nasceu com dons psicopatas, - falou ela engolindo uma risada. - como aquela vez que quase matou meu peixinho inocente.
Olhei para ela com uma careta.
- Perecia tão magro. Ademais você é horrível cuidado de um peixe! - exclamei irritada.
- Não vem com essa, sua assassina. - disse ela, ligando o motor.
Meliza me olha com um sorriso no rostro e sai do estacionamento. Chegamos ao cinema as 18 horas, chegando em cima da hora. Vamos ver IT. Meliza estava muito animada ao contrário de mim, que não tinha muita certeza se conseguirá dormir esta noite.
As dezenove e meia, o céu já estava escurecendo por completo. Me coloquei o casaco e subi a cremalheira. Meliza e eu saímos do cinema e nos dirigimos ao estacionamento, depois de ver IT. O filme durou uma hora. Uma hora que nunca conseguirei esquecer, infelizmente. Coloquei a mala no capô do Hyundai, e comecei a escrever as anotações no caderninho para o blogue. Eu me ocupava das resenhas dos livros para o blogue, e como já tinha lido os livros que acabaram sair e os populares, tinha tempo para ajudar a Meliza o maior possível.
- É o filme mas diabólico que é visto, nunca mais voltamos a ver cinema de terror. - disse Meliza, escrevendo num caderninho igual que eu.
- Pra mim beleza. - disse aliviada.
Não tinha nenhum gosto para esses filmes e menos como estes últimos dias, as noites em Pico Phelps estavam tão escuras e frias.
- Cara aquele palhaço não só dá medo, simplesmente é um psicopata! Ou pior que isso... - disse Meliza - você imagina encontrar algo assim, na rua. Nossa, eu me paraliso.
Nos estremecemos.
- coitado do menino... - digo vagamente, me lembrando da cena.
- Nem me fale.
Sigo escrevendo, enquanto Meliza olha para o nada, pensativa.
Depois entramos no carro e nós dirigimos até estrada, silenciosa e fria. Para as nossas casas.

A Prometida Para O Alpha [Editando]Onde histórias criam vida. Descubra agora