Rio Pardo o grande confronto

A Despedida

  A linha de armistício era uma enorme linha imaginária, criada após uma grande disputa territorial entre os dois grandes blocos, que após sua criação mais unidades militares se aliaram a eles e assim o mundo se dividiu em dois lados, é claro que o primeiro comando saiu ganhando nessa disputa. Porém Galatov ainda não estava satisfeito.

Com toda a tensão que já havia entre os dois blocos, ultrapassar a linha de armistício poderia significar em uma guerra que envolveria todo o mundo.

Chegando ao acampamento Diego se revoltou ao ver tudo sendo desmontado e todos saindo em comboios.

- Por que nós que temor que ir? Acabamos de chegar.

Após uma longa e profunda respiração Cristian respondeu:

- Não sei cara, mas as ordens vieram direto do alto comando. E como nós somos apenas soldados, temos que obedecer.

- Até que por um lado é bom sair daqui – prosseguiu Diego – não consigo mais pensar coisas boas nesse lugar.

Cristian revirou os olhos.

- Eu gosto daqui. É perto de onde a Amanda mora.

- Fala assim por que tá apaixonado – Diego sorriu ironicamente.

Cristian soltou uma gargalhada alta

- O sujo falando do mal lavado. – prosseguiu ele – E você pela Larissa bichão.

Diego lançou um olhar triste direcionado ao chão.

- Pser cara. É por causa dela que eu voltei aqui, Mas eu ficaria muito feliz se ela fosse embora comigo.

- Tem um jeito de voc...

- Atenção! – Ecoou a voz do sargento fazendo todos entrarem rapidamente em formação.

O sargento usava um uniforme preto com abotoaduras vermelhas, bem diferentes do uniforme deles que era um amarelo escuro e camuflado.

- Como vocês já devem estar sabendo – prosseguiu – os palhaços de Primeiro comando estão vindo nos fazer uma visita nada agradável. E como, no momento, somos os únicos, vamos dar as boas vindas a eles.

Cristian cutucou Diego com o cotovelo e sussurrou:

- Como sempre, sobrou pra nós.

- Creio que todos conheçam seus postos. – continuou o sargento – Boa sorte soldados.

Eram poucas centenas de metros do acampamento para o rio pardo, onde os navios estavam ancorados. De longe se via os quatro destroiers, o porta-aviões e os dois grandes encouraçados, entre eles o Antílope, maior e mais poderoso navio da Esquadra Maresia.

Havia enormes filas de soldados se preparando para entrar nos navios e entre elas Diego avistou Larissa.

- O que? – pensou ele.

Rapidamente Diego correu esbarrando em todos a sua frente até que chegou ao seu encontro.

- Larissa! – falou enquanto agarrou seu braço – Por que você está aqui?

- Eles me convocaram também, disseram que provavelmente precisariam de enfermeiras pra cuidar dos feridos.

Diego quase desesperado disse:

- Não, isso não pode tá acontecendo. Você não vai!

- Ela vai sim. – ecoou novamente a voz do seu sargento – E você, volte para o seu posto.

Avançando em direção ao sargento Diego falou em um tom alto e grosso:

- Ela não vai. Você não faz ideia do que ela já pass...

- Calma Diego! – Interrompeu Cristian entrando rapidamente na sua frente – Você é louco pra falar assim com o sargento? Quer entrar em cana?

- Não acredito que eles tiveram a audácia de convoca-la!

Larissa o abraçou com força. Naquele momento os outros soldados já tinham formado um circulo ao redor deles e estavam todos observando.

- Fica calmo tá. – Disse ela – Eu vou ficar bem.

Cristian interrompeu e disse:

- Ela vai ficar no porta-aviões comigo. Não vou deixar fazerem nada com ela.

Diego olhou para ele e pôs a mão em seu ombro.

- Você me da sua palavra?

- Eu prometo meu amigo!

Eles deram um forte aperto de mão e se abraçaram.

Diego olhou para Larissa, tocou em seu rosto e a abraçou com força.

Ela olhou em seus olhos e disse:

- Quando voltarmos, vamos embora juntos!

Um pequeno sorriso surgiu no rosto.

- Pra onde? – Perguntou ele.

- Não sei, mas o que importa é que vamos juntos.

Larissa o beijou e com um sorriso em seu rosto se despediu:

- Até a volta.

- Até.

Enquanto os dois se afastavam disseram silenciosamente um ao outro:

-Eu te amo!