A Capital

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Ao acorda Larissa encontrou-se em uma cama de hospital e ao seu lado estava Cristian.

- O que aconteceu? – Perguntou ela.

Cristian olha para o curativo que estava em seu rosto, respirou fundo e disse:

- Você foi golpeada.

- É, mas quem me golpeou?

Larissa parecia ainda não estar lembrando direito o que havia acontecido ou, então, estava reagindo muito bem.

- Ele já esta preso.

Ela se levantou rápido e olhou para os lados.

- Cadê o Diego?

- Larissa...

- Cristian – Ela o interrompeu falando com os olhos creio de lágrimas e a voz trêmula – cadê o Diego?

Cristian apenas se manteve em silencio enquanto observava as lágrimas descendo pelo rosto de Larissa.

Ele sentou ao seu lado e a abraçou.

- Sinto muito!

Ela derreteu-se em lágrimas enquanto ele apenas aguentava em silêncio.

- Por que você o deixou lá?
Cristian soltou um longo suspiro e disse:

- Eu não queria ter deixado. Você sabe que Diego era meu melhor amigo e mesmo sabendo que era impossível sobreviver àquela explosão eu ainda queria voltar e procura-lo, mas os inimigos continuaram avançando e se não fosse o reforço aéreo que recebemos na ultima hora eles teriam nos alcançado.

Cristian era um homem forte, sempre segurava suas dores calado, mas naquele momento ele não conseguiu segurar o choro.

- A culpa é minha. – Disse ele – Eu baixei a guarda.

Larissa segurou em suas mãos.

- Não, você não é culpado, ninguém é – Ela enxugou suas lágrimas – Somos todos soldados e por mais que doa temos que aceitar nossas perdas. Mesmo que uma parte de nós vá junto.

Os dois se abraçaram novamente.

- Sabe Cristian – Larissa continuou – Eu prometi ao Diego que quando a gente voltasse, íamos embora. E agora eu estou voltando pra Rio Pardo, mas sem ele.

Cristian apenas olha para ela com um olhar estranho.

- Por que você tá me olhando assim?

- Nós não estamos voltando para Rio Pardo – Respondeu ele.

Larissa se levantou rapidamente, caminhou até a porta e se virou em sua direção.

- como assim?

- É que...

- Pra onde estamos indo? – interrompeu.

- Na verdade há essa hora já devemos ter chegado...

Antes que ele termine Larissa sai correndo.

- Ei, espera!

Cristian a seguiu e passando por um corredor chegou a uma sala onde havia várias camas, era o hospital, porém só havia três dos trovões negros que se feriram no combate aéreo. Mas a frente passou por outro longo corredor que no seu fim havia uma ande escada que levava a todos os andares superiores. Subindo por ela ele vai ao andar superior e vira para sua esquerda onde há uma porta.

Passando por ela Cristian chega à pista de decolagem e encontra Larissa paralisada.

Lentamente ele se aproxima dela.

- Onde estamos? – perguntou ela

Larissa admirava-se ao olhar para as centenas de navios militares ancorados, os aviões caça que cruzavam o céu a cada segundo e a enorme cidade cujo céu era iluminado pelos refletores e a Lua cheia que o tomava por inteiro.

- Bem vinda à Capital Norte da Organização das Unidades Militares Aliadas! – Respondeu Cristian.

Rio Pardo o grande confronto Onde histórias criam vida. Descubra agora