- Com certeza nossos navios ainda não estão ao alcance dos deles – Pensou Cristian enquanto via dezenas de aviões decolando dos porta-aviões inimigos.
Ele sabia que se alcançassem seus navios estaria tudo perdido, mas sabia também que se ele ganhasse tempo eles teriam pelo menos uma chance de conseguir.
Cristian respirou fundo e disse pelo rádio:
- Deem meia volta o mais rápido possível, vou tentar ganhar tempo.
- Mas senhor!... – Disseram ao mesmo tempo todos os trovões negros.
- Calem a boca – respondeu ele – Voltem lá e cubram nossos navios... Isso é uma ordem!
Todos ficaram abismados com o que ouviram, pois parecia que Cristian estava disposto a dar sua vida para conseguir tempo.
- Sim senhor! – Responderam eles.
Cristian estava cada vez mais perto das dezenas de aviões que vinham em sua direção.Olhando eles se lembrou de quando ficou frente a frente com os aviões da Shuri em Rio pardo e lembrou-se de como eles o abateram.
Ainda olhando fixamente para seus inimigos falou para si mesmo:
- Dessa vez eu não vou cair!
De repente um dos trovões negros colou na sua esquerda e outro na sua direita e seguindo eles os outros sete se posicionaram.
- Acha mesmo que vamos deixar você brincar sozinho nessa festa? – Disse o piloto ao seu lado – Sinto muito, mas essa ordem nós não vamos seguir.
- Vocês são loucos! – Disse Cristian rindo.
- Não tanto quanto o senhor! – responderam eles.
Ele olhou novamente para sua frente e viu as rajadas de tiros saindo dos aviões inimigos.
- Então vamos lá!...
Rapidamente eles se afastaram e Cristian girou seu avião em parafuso esquivando-se dos disparos e passando por seu inimigo. Em seguida inclinou seu avião passando entre outros dois e então em um giro de 180 graus ficou na cola dos dois.
- Huuuull. – Soou no rádio – Abati o primeiro... Trovão cinco tá na frente!
- Por pouco tempo! – Respondeu Cristian.
Imediatamente ele disparou no primeiro que estava a sua frente e estraçalhou sua aza, fez um giro em parafuso e atirou no segundo avião partindo-o ao meio. Logo ficou na cola do terceiro e arrancou sua calda com as terríveis metralhadoras de seu avião. Rapidamente ele continuou em outro giro de 180 graus ficando frente a frente com outro avião inimigo, disparou contra ele e desviou em parafuso dos disparos do mesmo, então olhou para trás e viu somente os destroços.
Cristian provava ser o melhor, tudo parecia com um jogo, pois ele abatia com facilidade um após o outro, mas infelizmente o mesmo não acontecia com seus companheiros.
- Trovão um abatido!
- Alguém ajuda, estou com dois na minha cola!
- Trovão cinco abatido!
- Trovão nove precisa se retirar, foi gravemente danificado.
- Eles são muitos, não vamos durar muito tempo.
Vendo seus amigos serem mortos Cristian tentava pensar em algo imediato para mudar as coisas. Até que do seu avião ele viu um porta-aviões inimigo que estava bem próximo.
- Atenção. Tive uma ideia! – Disse ele – Voltem para nossos navios que eu vou bombardear o porta-aviões que está a apenas duzentos metros de mim e então eles terão que voltar para cobri-lo.
- Entendido! – Disseram os trovões negros enquanto davam meia volta.
Descendo de ponta por cima do porta-aviões inimigo Cristian se sentiu encorajado:- Agora somos só vocês e eu. – Pensou ele.
De repente outro trovão negro novamente cola ao seu lado.
- Eu vou com o senhor! – disse ele.
- Que droga trovão oito. Por que não voltou com os outros?
- Meu avião também está carregado com bombas. Posso ajudar a partir esse navio ao me...
- Não!... – Gritou Cristian enquanto viu o Trovão oito sendo destroçado pela artilharia antiaérea do porta-aviões inimigo.
Ele viu as rajadas passarem a centímetros do seu avião, mas não se importava, pois estava zangado.
Rapidamente ele ficou bem próximo do porta-aviões e então largou as quatro bombas em sua pista de decolagem onde no andar inferior havia um depósito de bombas e munição.
A explosão tomou toda a visão de ambos os lados. Os navegantes do primeiro comando não conseguiam ver os navios da Esquadra Maresia, assim como os dela não conseguiam ver seus navios.
Logo se viu o avião de Cristian sando do meio da fumaça e voltando para a direção de seus navios onde todos vibravam comemorando a destruição do porta-aviões.
Porém a alegria não durou muito, pois surgiu também do meio da fumaça um enorme míssil que em alta velocidade atingiu em cheio o Antílope causando uma explosão ainda maior e ondas que engoliram os outros dois destroiers.
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Rio Pardo o grande confronto
RomanceA história continua. Diego e Larissa são dois adolescentes que vivem em uma realidade fictícia muito violenta. Traumatizados pela terrível guerra mudou totalmente sua vida eles tentam seguir suas vidas juntos, mas mal sabem eles que as coisas ficar...