O Encontro.

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Eu sou velha, baixinha e gordinha, mas não me encaixo no estilo Mammy sugar, sou pobre, pra quem passa fome , a linha da pobreza já foi ultrapassada.
O dia em Caraguatatuba estava a Lua! O calor, roupas curtas, e eu ando de qualquer jeito, um dos melhores para se viver é esta cidade.
Sem pressa, sem ninguém ficar te olhando de cima abaixo. Por que nos padrões das metrópoles , andamos como mendigos. Ótimo!
Eu o vi chegando ao meu lado.
Seus olhos...gulosos . Eu senti de novo o que tinha acabado com meu casamento , a falta de tesão. Eu achava que não ia acontecer nunca mais. E por mais que eu tentasse, eu não queria sentir nada, pareço uma morta.
Mas na hora que ele falou comigo, foi mágico.
Ele pegou na minha mão. Senti o arrepio. Senti o esquentar em seguida, ele me pediu um beijo.
- Claro!
Cheguei próximo do rosto dele e ele me deu um selinho.
A conversa foi assim:
- Você mora por aqui, vamos lá nos conhecer um pouco melhor.
Fiquei com o pé atrás
- Mas tu acha que realmente vou pra cama na primeira vez , no primeiro encontro?
Ele ficou meio sério.
- Achei que você quisesse só sexo sem compromisso?
A verdade dói , mas deve ser dita.
- Eu me lembro de tudo que eu disse. Nada de sexo na primeira vez, que realmente é só sexo e não se apegar.
O que me chateou ele me pediu dinheiro pra ir embora e um dinheiro pra comer alguma coisa.
Não sei realmente se esse é o tipo de homem que quero.
E não por ele ser pobre, mas pedir dinheiro na primeira vez?
Deixei isso de lado.-
Ele foi chegando de mansinho, e chegou ao lóbulo da minha orelha e mordiscar me fazendo arrepios pelo corpo todo, e em seguida pegou minha mão e beijou a novamente.
Que homem estranho, realmente um jardineiro.
Lindo, devia ter pencas de meninas atrás dele.
O que ele achou em mim?
- Então Paulo o que você realmente quer , por que me escolheu dentre muitas meninas jovens.
- Gosto de como você escreve e fala comigo.
Senti na hora. Ele encostou na minha barriga, e estava duro como uma pedra.
Engraçado o " eu te amo" pode ser falso, mas pau duro , nunca!
Como ele estava com muita fome, passou a noite na farra.
Fomos a padaria próxima, eu me levantei. E segui a frente dele, e ele parado como uma estátua.
- Vamos, você está com fome.
Quando eu olho pra baixo ele está segurando a bermuda, e duro como estava.
- Você tem uma bunda linda e deve ser gostosa.
- Vai ficar aí me olhando?
- Espera ele baixar pra eu andar.
- É só pensar em outra coisa ou outra pessoa.
Ele riu. E eu RI um pouco mais alto.
E andava rebolando mais ainda, ele ficou parado por vários minutos.
Atravessamos as avenidas e fomos a padaria. Ele comeu uma coxinha.
Ele tocava em mim o tempo todo, passava suas mãos em meus braços e ergueu um pouquinho do meu vestido.
Se não estivéssemos ali na frente de todos, acho que tinha rolado alguma física, por que a química estava pegando fogo.
Esperamos pelo ônibus dele, e antes de chegar me deu mais selinho, e disse:
- Na próxima, vamos pra minha casa, e lá sim, vou te dar tudo o que você precisa.
Uau!
Era uma promessa?
Estou aqui ligada no que ele me fala, ou me chama.
Por hoje foi só promessa.
Espero que ele cumpra.

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