Corra Para O Amor

Sendo seguida.

Levantei mais cedo que o habitual, e na esperança de encontra lo eu fui caminhar na praia das Palmeiras. Lógico é o lugar mais próximo da minha casa, tem um gramado extenso, coloco alguma toalha e deito lá por horas sob a sombra de uma árvore frondosa. Os quiosk abrem mais tarde, fim de ano chegando e os turistas descem na velocidade da luz.
Lendo como de costume , sempre carrego livro na bolsa. Incrível parecemos seres de outro mundo com livros físicos a mãos.
Amo livros, eu cheiro os livros e os chamo de meus bebês sim!
Eu não o encontrei , fiquei decepcionada.
O interessante que eu me sentia vigiada , alguns turistas passeando pela orla, e muitos na água e crianças brincando na areia e pegando conchinhas.
Depois da longa caminhada e o belo descanso , alguém chegou e colocou suas mãos nos meus olhos.
Já estava toda atirada , mas quando eu vejo era amigo da faculdade.
Eu nem cheguei terminar bo primeiro semestre por motivos financeiros.
- Oi, tudo bem? Eu disse mas não com aquele de ar de felicidade.
- Agora melhorou bastante! Ele me respondeu sorrindo.
- Não está trabalhando hoje? Pergunto pra passar o tempo e ir embora logo.
-É minha folga , podemos beber alguma coisa?
Eu não sou besta nem nada, não deixei passar.
Mas a sua esposa está a nossa espera? Ele me olha com um sorriso de quem queria não só a bebida.
Mas eu estava a procura de outra pessoa, que deveria estar no trabalho, cuidando das suas flores e o seu lindo jardim.
Cláudio esse é seu nome, muito simpático, alto, moreno, cabelos enrolados negros e seus olhos também negros. Seu sorriso muito bonito, inteligente , tinha seus atrativos. Mas não era quem eu queria.
- Me desculpa,Cláudio. A bebida fica pra próxima, tenho mil coisas a resolver agora ate as 14:00 e se quiser podemos marcar outro dia. Se estivermos disponíveis.
- Mas já está me dando o fora?
Eu queria ter te encontrado antes, acho que você despertou algo em mim. Eu não sei explicar o que é. Mas depois que você mostrou o seu facebook, suas fotos!!!! Que fotos!
Mexeu comigo, sei que você só pode ser submissa.
Eu como bom observador e dominador. Poderíamos conversar e que tal uma sessão?
Acho que fiquei roxa, ele não parou de sorrir e com a maior cara de pau ainda perguntou se era só o shibari, ou outras técnicas também.
Tentei me desviar dele o mais rápido.
- Ei, você não vai me responder sobre nossa sessão?
-Não tenho dono e prefiro qualquer um a ser sua submissa.
Mina raiva era palpável, visível. Minha vontade era de manda lo a *Ponta da praia. Acho que devo  ter feito pole dance na cruz.
Como ele sabia a meu respeito? Éramos colegas de classe, no Instituto Federal, ele sempre me ajudava nas tarefas, mas nunca tinha dito nada a ele.
Mas vou descobrir como.
Dei sorriso xoxo, e disse:
- É quem sabe um dia.
Peguei a bike e voltei pra casa triste.
O que não queria sentir era a incerteza, mas nem o conhecia direito. Precisava melhorar meu aspecto de doente.
Não queria trazer mais ninguém a esse submundo momento e asqueroso que era viver num passado deplorável.
Iria esconder até o fim, não queria deixa lo descontente com meu passado , e muito menos queria q ele sentisse piedade.
Quero me sentir Viva! Assim  que eu me sinto perto dele. Sem nenhum beijo. Um simples toque e eu fui acorrentada a ele.
Aqueles olhos azuis...
A noite fui dormir e não conseguia o calor estava demais podia dormir nua e sobre uma toalha molhada eu não estava numa boa noite.
Fui pra fora da casa e deitei na rede.
Meus pensamentos e meus desejos sobre ele cresciam de uma forma descomunal, preciso encontrá lo, e conversar. Muitas perguntas para ser respondidas, e eu não quero passar pela segunda vez o que passei no primeiro casamento.
E se ele estivesse mentindo sobre ele ser quem ele era, e ser casado?
Estava em minhas mãos.
Era tarde eu preciso dormir, tomei um rivotril, e a escuridão veio com força total.

*PQP

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