Capítulo 5

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Sábado [12:00]

Esta um silêncio no carro...

Chegando ao cemitério... Vejo pessoas em uma rodinha na entrada, parecia que alguém estava passando mal.

Minha vó!

- Vó a senhora está bem?

- A última coisa que ele disse...
Era que tinha que ir te buscar Priscila.

Minha vó cai em lágrimas e eu junto a ela... Meu vô a última coisa que pensou antes de morrer foi em mim, sempre se preocupou comigo...
Não posso acreditar que isso está acontecendo!
A abraço sentindo sua dor... Que era a mesma que a minha... Meu coração doí tanto...
Minha cabeça está quase para explodir!

- Vamos Priscila, vamos entrar.

Minha mãe está tão calma, não sei se ela quer parecer forte...
Ou realmente não está sentido nada!

A cada cindo passos que eu dou em direção ao meu vô eu sou parada... Muitos vieram ver meu avô, e ao me ver, eles acham que com um abraço tudo vai melhorar! Que ótimo!

- O minha querida, tudo vai ficar tudo bem... Se precisar eu estou aqui... - Quem é essa mulher? Ela tem cabelos brancos...
E olhos bem claros igual meu avô tinha, mais eu nunca vi ela na minha vida...
Estranho! o que tenho a fazer igual todas as outras é agradecer!

- Obrigado!

Ao chegar em uma sala... Vejo vários rostos conhecidos chorando...
E um deles mais ainda, era do meu vô...
Ele parece estar dormindo, não posso acreditar que isso é vdd!
Chego perto do caixão, não me importo...
Passo a mão sobre seu rosto e está gelado, vejo algodões nas suas narinas...
Sua boca está Rocha, seu cabelo penteado para o lado errado...
(Ele odiava o cabelo assim)...
Ele está usando seu melhor terno, e suas suas mãos se cruzam uma sobre a outra sobre seu peito...
Isso é realmente verdade? Sinto meu corpo inteiro se arrepiar, ao perceber que o homem...
O único homem que me amou de verdade, está morto! Não posso me conter sinto minhas lágrimas escorrendo sobre meu rosto e caindo sobre o seu rosto gelado...
Não me importo com nenhuma das pessoas que estão naquela sala, pra mim só está eu e ele, limpo seu rosto molhado de minhas lágrimas e arrumo seu cabelo para o lado certo... Sinto uma mão me puxando e falando pra eu não fazer aquilo e me afastar, não a esculto...
Ninguém me tira daqui! Como eu quero que isso seja um sonho e que eu acorde e possa abraçar meu vô de novo e falar o tanto que eu agradeço por tudo o que ele já me fez...
Eu só queria me despedir e eu ao menos nem tive a oportunidade...

Percebo que meu choro está alto quando uma mulher me oferece uma água, aceito fazendo um gesto com a cabeça.

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