Capítulo 4: Come Home For Christmas

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Ele avistou o pingente para árvore de Natal numa lojinha ao lado da rodoviária em que ele deixara a mãe para viajar para a casa de sua tia. Sem pensar muito, ele o comprou e pediu para embalar numa caixinha com laço. Por que ele fez aquilo?

— Leve para ela, Burt, mas não diga que fui eu que mandei. Só diga... diga que é um presente de Natal pelo seu primeiro semestre na NYADA.

— Tem certeza, Finn? – seu padrasto verificou, colocando a caixinha na mala.

— Sim, sim. E você, Burt, tem certeza de que dá para viajar?

Burt abraçou o rapaz demoradamente e respondeu:

— Sim, eu estou bem. Já fiz todos os exames que o médico passou, estou tomando remédios, comendo direito. Vai dar tudo certo.

Finn estava bastante abalado, assim como sua mãe, porque há cerca de duas semanas Burt descobrira que estava com câncer de próstata. A notícia tinha sido chocante, mas Burt se mostrara o mais forte dos três até então. Carole, a muito contragosto, tinha sido até convencida por ele a ir ver sua irmã no Natal sem ele. Ela também tinha ficado doente, nada grave, mas ele pediu que ela fosse, já que provavelmente, ele precisaria muito dela à medida que seu tratamento transcorresse.

Finn tinha chorado, não entendendo como a vida andava sendo tão injusta e dura com ele após se formar na escola. Por que Burt, que era o mais próximo de um pai que ele tinha, e que já tinha quase morrido do coração, por que ele agora estava com câncer? Além disso, o Glee Club, sob sua direção, foi eliminado das Seletivas e Marley, a substituta de Rachel em potencial no coral, estava com problemas de insegurança e bulimia.

— Eu é que me preocupo com você. – comentou Burt.— Tem certeza de que não quer vir para Nova York comigo?

— Tenho, Burt. Este ano, vou passar meu Natal sozinho.

Um infinito azul se estendia a sua frente e os olhos dela perdiam-se nele

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Um infinito azul se estendia a sua frente e os olhos dela perdiam-se nele. Nessa noite ela trajava um vestido de corte degagê, em seda, da cor do mar, como os que costumava vestir antes de passar pela transformação que Isabelle e Kurt a haviam submetido.

Encostada na amurada do navio, ela deixava seus pensamentos vagarem livres, enquanto confundia o mar e o céu na linha do horizonte.

Irremediavelmente seus pensamentos a levaram ao assunto que ela mais evitava: Finn Hudson.

Uma coisa era certa, Rachel Berry não tinha motivos para comemorar o Natal. O feriado era o favorito de Finn, era Finn que gostava de procurar a árvore perfeita, de pendurar meias, de tocar sinos e de beijar embaixo do visco. Sem ele ao seu lado, ela não via razão e sentido em comemorar de fato a data. Mas o Natal era inevitável, assim como era inevitável não pensar em Finn nessa época do ano. Quem ela queria enganar? Era inevitável não pensar em Finn todos os dias do ano, a cada segundo de sua existência desde o conhecera.

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