10.

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Alicia Madden.

O evento aconteceria no L'Auberge Carmel. Um ambiente luxuoso, com decoração impecável, inspirada em um castelo francês.

Encontrava-me entusiasmada por dois motivos: primeiro, eu amava artes e estar em contato deixava-me maravilhada; segundo, o homem que estava ao meu lado, dirigindo compenetrado. O aroma que exalava de sua pele, fazia meus sentidos aguçar.

Cada vez que nos olhavámos, um frisson crescia. Varrendo meu corpo, deixando-me sensível e com vontade de beijar sua boca. Minha respiração tornando-se profunda e a intimidade pulsando.

Eu me encontraria inteira no final desta noite?

Com maestria, Jordan estaciona a caminhonete. O homem estava um pecado naquelas roupas requintadas. Mas eu gostava ainda mais de seu jeito despojado. Combinava mais com ele.

Ele lança-me um olhar inflamável e sorri. Sai do carro, dando a volta e abrindo a porta do passageiro. Com cuidado, desço da caminhonete. Aceito a mão que me estende, não quero causar um vexame estabanando-me no chão.

- Obrigada.

Uma de suas mãos circunda minha cintura. Uma carga de energia eriçando meus pelinhos. A ansiedade e o êxtase em combate. Não sabia o que iria acontecer esta noite, mas esperava estar pronta.

Compassados, caminhamos até a entrada do local. Alguns casais que eu julguei serem importantes, posavam para alguns fotógrafos. Tudo estava muito bem iluminado, convidativo. Um fotógrafo se aproximou, com a câmera a postos. Jordan praguejou, mas parou e cedeu uma fotografia. A todo momento, deixando-me presa a seu lado. Sorrimos e o flash estoura.

Um casal cochicha com outro quando nos vê. Mas o olhar direcionado ao homem ao meu lado. Jordan os encara seriamente e me arrasta, delicadamente para dentro.

- Pareciam te conhecer. - comento, olhando para trás. As pessoas ainda bisbilhotando.

- Devem ter me confundindo. Como eu disse, não sou muito de sair. Prefiro ficar em casa. - Olho para seu rosto, sério.

- Não queria estar aqui, não é?

- Não foi isso o que eu disse. - Olha pra mim, tocando calidamente minha bochecha. - Eu realmente queria te acompanhar.

Suspiro, aprecio seu toque. Acredito no que ele diz. Quero que esteja aqui verdadeiramente e não por pressão. Digamos que não seja um encontro, mas se for estava sendo adorável.

Luzes amareladas deixavam o ambiente intimista. Havia um pequeno palanque, onde um músico tocava perfeitamente trompete e outro no piano. As fotos emolduradas em paredes aleatórias.

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Imagens tristes, de guerras atuais no Afeganistão, transmitiam algo belo. Mesmo em lugares inóspitos, a fotógrafa conseguiu captar sentimento. Leio a cartilha que nos foi entregue na entrada pela hostess e admiro a mulher que teve a coragem de ir até lugares como esse e fazer com sua fotografia algo esplêndido.

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