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Estava amanhecendo quando ela chegou ao pequeno vilarejo, o primeiro, de uns três que ela teria que passar antes de chegar ao seu destino, de acordo com o mapa que Robert o havia dado

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Estava amanhecendo quando ela chegou ao pequeno vilarejo, o primeiro, de uns três que ela teria que passar antes de chegar ao seu destino, de acordo com o mapa que Robert o havia dado. A primeira coisa que Freyja notou foi que havia poucas pessoas andavam na rua, muito diferente do caos que era andar por Londres, onde se ela não prestasse muita atenção ela esbarraria com os outros habitantes a cada dez passos. Ninguém estranhou o fato dela estar sozinha, provavelmente a confundiram com algum morador, ela decidiu que isso era um bom sinal.

O clima já parecia diferente no pequeno vilarejo, uma simplicidade e um sentimento acolhedor emanava daqueles que caminhavam pela rua. Parecia até que ela não estava mais na Inglaterra, onde tudo era mais cinzento e contido. Nessa vila as pessoas conversavam alto e não tinham vergonha em conter as gargalhadas.

Freyja limpou o suor do rosto e observou suas próprias roupas, estava bastante suja. Bom, ela teria que se apresentar assim mesmo. Deixou o cavalo amarrado em uma árvore e seguiu para uma estalagem, onde tomaria um banho e alugaria uma carruagem. No entanto, ela estava um pouco receosa de acharem estranho uma dama estar se hospedando sem acompanhante em uma estalagem, ela já estava formando uma história para contar para dona da estalagem assim que chegou a ver porta ainda pouco longe.

O prédio tinha dois andares e parecia recém inaugurado, entrada limpa e bem conservada, tinha até umas flores coloridas na janela, muito aconchegante. Então Freyja começou a por sua história em prática, teria que ser convincente para não gerar desconfianças e acabar chamando atenção demais, isso poderia facilitar se alguém a procurasse por ela. Puxou o vestido para baixo, deixando os seios mais amostra e rasgou um pouco a borda do vestido apara mostrar um pouco mais do calcanhar. Ela se perguntou se era assim que prostitutas se vestiam, ela nunca conheceu uma. Arrumou o cabelo e colocou algumas joias e então seguiu para estalagem segurando sua mala.

Um sino tocou assim que ela atravessou a porta, a mulher atrás do balcão a observou de cima a baixo e logo tomou um ar de superioridade. Freyja se permitiu um pequeno sorriso, pelo visto ela tinha conseguido confundir a mulher.

Com um vestido azul, um pouco desgastado, reparou Feyja, a mulher deu um sorriu forçado.

- Boa tarde.... – Disse a mulher que se perguntava como chamaria a nova hospede, tendo em vista que Freyja não era uma lady.

- Senhorita. – A jovem respondeu seca, mas prendeu um sorriso.

Estava dando certo.

- Certo, senhorita. – A frase dela estava cheia de repugnância. – Como posso ajuda-la? Aqui não aceitamos gente do seu tipo.

Freyja se sentiu um pouco ultrajada, ela nunca tinha pensado em como as prostitutas eram tratadas. Não achou certo a atitude da senhora, nenhum ser humano deveria ser tratado assim com tanto desdém. Freyja sabe muito bem que não era uma profissão digna, nem um pouco, mas ela sabia que nem todas garotas tinham o direito de escolher o rumo da vida delas. Ela sabia bem disso.

Ela decidiu ignorar o último comentário da senhora atrás do balcão.

- Um quarto, mas por pouco tempo, não passarei a noite aqui. – Forçou um sorriso sedutor, ela estava se odiando, mas era necessário.

Freyja procurou pelo nome daquela mulher, em cima do balcão estava uma placa que dizia: Sra.Hebert.

- Não temos mais quartos disponíveis. – A Senhora disse com arrogância.

Aquilo realmente estressou Freyja. Ela respirou fundo e tentou não sair do personagem. Puxou um saco de moedas de dentro do bolso do vestido e depositou em cima do balcão.

-Talvez isso baste, Sra. Herbert.

A mulher engoliu um seco e pareceu pensar sabiamente.

Freyja pensou na possibilidade da Sra.Hebert negar a hospedagem, para onde iria? Ela tentou não pensar muito nessa situação.

-Temos um quarto disponível, senhorita. – Sra.Hebert disse calma e educada, parecia outra pessoa. - Ah, desculpe, como se chama?

Freyja sorriu e disse o primeiro nome que lhe veio à cabeça.

-Callie. Freshman, Callie Freshman.

A mulher franziu o rosto parecendo desconfiada. Deus, será que havia alguém na vila com esse nome? Ela nunca conheceu alguém com esse sobrenome... Freyja torceu as mãos nervosa.

-Callie, apenas Callie. – Ela repetiu apressada, tentando reparar o que tivesse dito de errado. A Sra.Hebert pegou uma chave e colocou nas mãos delicadas de Freyja.

-Segundo quarto a direita, Callie.

-Obrigada.

Ela deu as costas para a senhora e finalmente sentiu que podia respirar novamente. Seguindo pelo corredor ela entrou em seu quarto. Era minúsculo, ela saiu e voltou para o corredor analisando as outras portas que pareciam serem quartos muito maiores. Freyja constatou que pagou uma fortuna, havia espaço em seu quarto alugado apenas para a cama e uma banheira, mas por outro lado era bem arrumado e limpo. Todavia, ela não poderia deixar de se sentir um pouco sufocada ali. Tentou se confortar dizendo que só ficaria ali por algumas horas.

Foi até a pequena janela que dava vista direta para rua e observou as lojas envolta sendo abertas. A essa hora, talvez, já teriam dado falta dela. Esse pensamento lhe trouxe um frio na barriga e também fez com que ela agisse rápido, não teria tempo para descansar. Decidiu que tomaria um banho rápido, faria uma refeição já que seu estomago resmungava e voltaria a cavalgar, deixaria para alugar uma carruagem na próxima parada, dessa forma teria um pouco mais de conforto.

 Decidiu que tomaria um banho rápido, faria uma refeição já que seu estomago resmungava e voltaria a cavalgar, deixaria para alugar uma carruagem na próxima parada, dessa forma teria um pouco mais de conforto

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Indicação de livro: O visconde que me amava.

Nota: Essa autora sabe que a prostituição é uma profissão como todas as outras (mas naquela época, não era bem assim, e até hoje na verdade existe muito preconceito), mas parte de mim acredita, que a maioria das garotas nessa vida não tiveram escolhas e isso também abre questões como a indústria pornográfica que, muita das vezes, abusa e maltrata mulheres. Então, por favor, não colabore com isso, se for assistir algum filme erótico procure saber se os autores estão lá por vontade própria ;)

O conde solitárioOnde histórias criam vida. Descubra agora