O ouro em minhas mãos

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P.O.V Serena.

Sabe qual é o mal de nós adolescentes da alta sociedade? É que nós não temos limites e muito menos família presente em nossas vidas, somos criados por babás! Isso nos faz sentir livres e desimpedidos, não precisamos batalhar por um futuro, pois, já nascemos destinados ao poder de alguma empresa ou herdeiros de uma grande herança de família; e qualquer confusão que nos metemos alguns dólares é capaz de nos livrar.

— Serena! — Olho para o lado e vejo Barbara. — Por que não me avisou que chegaria a Chicago hoje? — Pergunta enquanto me abraçava.

— Foi de última hora. — Respondo a ela. — Sabe me dizer se Julie virá?

— Infelizmente não, parece que os pais dela a impediu de vir. — Responde. — Mas por sorte você veio! — Ela me abraça de lado. — Dylan e Collin vieram, mas ficar perto deles enquanto os dois conversam sobre coisas que eu não entendo, é irritante! — Conta.

— Dylan veio? — Pergunto surpresa. — Você sabe para onde ele foi?

— Eu vi eles indo para lá. — Ela aponta.

— Tudo bem. — Respondo. — Vem comigo! — Seguro em sua mão e começo a levá-la comigo até o local.

— Por que eu tenho que ir? — Pergunta.

— Porque você está bêbada, e Justin e seus amiguinhos não são confiáveis! — Justifico.

— Eles são boas pessoas, Serena. — Responde.

— Até conseguirem te levar para a cama. — Digo. — Cadê eles? — Murmuro.

— Por que está indo atrás de Dylan? — Pergunta curiosa.

— Eu tenho que conversar com ele, eu não gosto deste clima tenso que fica entre nós. — Respondo.

— Ai meu Deus. — Diz Barbara, me viro e olho na direção que ela olhava. Vejo Dylan e Collin aos beijos. — Eu sabia! — Diz vitoriosa. Eu estava em choque olhando para a cena.

— Vamos sair daqui. — Digo a ela.

— O que? Claro que não! — Exclama. — Eu sempre soube que eles eram gay!

— Barbara, vamos deixa-los a sós e se outra pessoa ver, ela faça o que quiser! — Peço. Ela retira o celular do bolso e tira a foto dos dois.

— Eu tenho o ouro em minhas mãos, Serena. — Responde. — Obrigada Deus! — Ela olha para o céu.

— Deus não está achando isso nada bonito. — Digo. — Mas ele agradecerá se você não enviar isto para ninguém. — Tento pegar o celular de suas mãos.

— Desculpe. — Pede. — Mas eu já enviei a foto para todos da escola. — Conta. — Essa é sua chance de vingança S, faça por merecer! — Vejo que o pessoal saindo de dentro da casa.

— Se não é Dylan e Collin provando mais uma vez que eu estou certo. — Escuto Justin dizer, havia se formado uma barreira de alunos com os seus celulares na mão gravando a cena. Olho para Justin e percebo que as mãos dele estavam ao redor da cintura de Charlotte. — Não há como dizer que vocês dois não são gays, nós vimos e temos a foto como prova.

— Foi apenas uma...uma. — Percebo que Dylan tentava arranjar uma desculpa.

— Eu vou embora daqui. — Digo a Barbara.

— E se nós formos gays, qual o problema nisso? — Escuto Collin dizer. — A nossa sexualidade não deveria importar para ninguém, nós somos livres para escolhermos nosso parceiro, independente do sexo, cor ou da religião da pessoa. Sim eu sou gay, mas eu prefiro ser gay a ser igual o Justin e seus amigos; que vivem se escondendo atrás de bebidas, drogas, festas e mulheres.

— E quem disse que eu me escondo? — Pergunta Justin.

— Você e Charlotte viveram um relacionamento tóxico, você a traia em todas as oportunidades; e teve o acontecimento entre você e a Serena no estacionamento da escola no dia do baile, e não tentem mentir que não há algo rolando, eu vi a Serena descendo do seu carro na esquina.

— O pai de Justin e o meu pai estão trabalhando em um projeto junto, isso resultou na família de Justin no casamento de meu pai. Justin estava lá e nós dois conversamos, então hoje ele me viu caminhando a caminho da festa e ele me ofereceu carona; eu aceitei, mas pedi para ele me deixar na esquina para não houvesse confusões. — Minto. — E como você disse, o problema é seu por você ser gay. Se eu estivesse transando com o Justin, o problema seria meu e dele! — Justin me olhava atento. — Feliz aniversário, Chaz. — Desejo e vou embora.

[...]

Eu estava congelando do lado de fora de casa, eu já cogitei na ideia de quebrar a janela para poder entrar, mas quando eu entrasse eu iria ficar com frio. Justin havia ignorado todas as minhas vintes mensagens e dez ligações, mas até que esse tempo que eu passei sozinha no frio serviu para eu pensar o que irei pensar na minha vida.

— Pensei que já tinha ido embora. — Ergo minha cabeça e vejo Justin parado ao meu lado segurando a alça de minha mala. — Mesmo com todas suas coisas e suas chaves comigo, este é o único lugar em que você viria.

— Bom, está é minha casa. — Respondo. — Leu minhas mensagens? —

— Elas me tiraram da festa. — Ele se senta ao meu lado. — O clima ficou tenso. — Deito minha cabeça em seu ombro.

— Ficou tenso sem nenhum motivo. — Respondo. — Me dê minha chave. — Peço a ele.

— Vamos para minha casa. — Pede.

— Justin é sério, eu preciso descansar e arrumar minhas coisas.

— Fala sério, Serena! Você nunca lavou uma louça sequer. — O ouço dar risada.

— Isso não tem nada haver. — Respondo. — Você e Charlotte voltaram? Eu vi vocês dois juntos na festa.

— Charlotte e eu temos um acordo. — Responde.

— Que acordo? — Pergunto curiosa.

— Charlotte gosta de atenção, e isso acaba me incluindo, ela tira fotos comigo, nós nos beijamos nas festas e fazemos com que todos pensem que nós dois estamos namorando. — Responde.

— Por que você aceita uma coisa desse tipo? — Pergunto surpresa.

— Charlotte sabe muitas coisas sobre mim. — Responde. Levanto minha cabeça do seu ombro e respiro fundo.

— Vamos entrar, está frio e eu não estou afim de morrer congelada ao lado de Justin Bieber. — Me levanto e sigo até a porta principal.

— Eu irei vir mais tarde. — Ele olha para a tela do seu celular. — Tenho que resolver alguns problemas.

— Você até parece com um homem de negócios. — Brinco.

— Isso não faz o meu estilo. — Ele ri.

— Um traficante? — O escuto rir alto.

— Isso já é uma grande imaginação. — Responde. Ele vem até mim e beija o todo da minha cabeça. — Me espere, eu voltarei. — Se despede.

— Tente não morrer, Bieber. — Ele vai até a porta do motorista e sorri para mim antes de entrar em seu carro.

Continua...

FuckBoy 1&2 Temporada / Em revisãoOnde histórias criam vida. Descubra agora