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Dean estava exausto, suas pálpebras pesavam e seus ossos doíam.

Bufou, decidindo que terminaria o relatório amanhã – relatório este que seu maldito patrão havia pedido para fazer. Dean amaldiçoava-o mentalmente. Mesmo tendo o babá para cuidar de Benjamin agora, seu patrão começara a pedir mais coisas a Dean. O que era para se tornar um alívio já que, livrou-se de um trabalho – que até então era terminar seus relatórios e cuidar de Benjamin, – ganhou ainda mais! Não que não gostasse de cuidar de Benjamin: amava seu filho e adorava brincar com ele sempre que podia. Porém não estava dando conta – sentia que ficaria louco se continuasse levando Ben ao escritório!

Já fazia uma semana, mais ou menos, que Castiel trabalhava como babá para o Winchester. Todo dia Novak estava lá: 06h30min certinho, batendo na porta e oferecendo a todos o seu tão único sorriso. O moreno realmente era competente e surpreendia Dean cada vez mais. O jeito que ele tratava seu filho, aquilo... chamava a atenção de Dean. Era extremamente adorável ver aquele garoto de jeito tão meigo cuidar de sua criança com tanto amor e carinho. Amor e carinho que não fora dado pela própria mãe, que abandonou Benjamin com Dean sem mais nem menos, mudando-se para algum lugar do Brasil ou Portugal. Desde então, Dean tivera que cuidar de Benjamin por três longos anos, sozinho. Admitia que sim: pensava em formar uma nova família, casar, talvez ter mais um filho... mas, digamos que nunca encontrava a pessoa “certa” para isso. O Winchester realmente não queria casar com qualquer um, ter um filho para depois se ver novamente sozinho enquanto cuidava da criança.

Fora de questão!

Suspirando, Dean olhou no relógio em seu pulso. 16h17min. Guardou tudo o que tinha que guardar, arrumou tudo o que tinha de arrumar e saiu daquele escritório, avoado. Despediu-se rapidamente de Samuel, seu colega de trabalho barra melhor amigo. Este apenas lhe acenou, sorrindo curto em resposta: ele falava no telefone, e Dean deduziu que fosse com seu marido; Gabriel.

A volta para casa foi calma, estava estupidamente cansado. Foi assim que chegou, e pode se dizer que se deparou com uma cena um tanto quanto... adorável.

O babá de seu filho, recolhendo brinquedos debaixo dos móveis. Ao lado deste, Benjamin brincava mansamente com seu ursinho de pelúcia, até então, favorito. Sorriu pequeno gostando da cena que se seguia. Castiel e Benjamin estavam começando a criar laços, bonitos laços, mas Dean se preocupava com o caminho que aquilo tomaria.

— Hey! – disse um tanto quanto alto demais, chamando a atenção de sua pequena criança e do desajeitado Novak, que acabou batendo com o quadril na mesa de centro enquanto se levantava. Dean sentiu vontade de rir da maneira estabanada de Castiel.

— Papa! – seu filho levantou os bracinhos e então estava pedindo colo. Com muito bom-grado e bom humor (quase repentino), Dean pegou seu filho nos braços e não tardou a enchê-lo de beijinhos.

De longe, Castiel observava a cena com um sorriso doce no rosto. Algo como uma sensação de conforto lhe atingia e então ele se sentia mais leve.

Mais feliz, também.

— Eu já estou indo. – Castiel disse depois de um tempo e Benjamin soltou um murmúrio triste. — Desculpe meu amor. – o moreno se aproximou do menino e então, tentando ignorar o olhar intenso que Dean lhe mandava, beijou a testa da criança. Sentia um imenso carinho por aquele pequeno gafanhoto (como gostava de chama-lo).

— Precisa que eu te leve? Posso deixar Benjamin com a vizinha por um tempo, se precisar. – Dean soou gentil, rezando para que Castiel aceitasse a proposta. Por mais que odiasse admitir, gostava da presença do outro (por mais estranho e incômodo que parecesse para si, às vezes)

— Eu posso pegar um ônibus. – Castiel disse e então se virou para pegar a mochila. — Até amanhã, senhor.

E então saiu, deixando um Dean um tanto desapontado para trás mas feliz pelo rumo que sua vida estava levando.

Babysistter » Destiel VersionOnde histórias criam vida. Descubra agora