0.8

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Castiel havia se sentido tão exausto após a noite de sexo que acabou adormecendo nos braços do patrão, sem nem se dar conta. Estava confortável, afinal. O corpo do mais velho o aquecia e o fazia se sentir protegido. Era tão confortável... tão confortável que quando despertou, já era de manhã.

Primeiro a surpresa, depois a decepção.

De início, quando abriu os olhos, tudo parecia um pouco distorcido e embaçado, mas após alguns minutos apenas encarando o teto tentando focar seus pensamentos, pôde finalmente notar que aquele definitivamente não era o seu quarto. Não, claro que não. O lençol fino que lhe cobria o corpo nu não era seu, assim como o colchão deveras macio, deveras superior ao que era costumado dormir.

— Céus, o que eu fiz? — Mordera o lábio nervoso, ainda deitado. Não tinha coragem nem mesmo de se mexer. As cobertas eram agarradas fortemente por suas mãos, ao fim que tentava esconder sua nudez. Seu rosto estava pegando fogo e seus lábios continuavam sendo maltratados por seus dentes.

Havia se entregado ao seu patrão. Havia feito sexo com aquele que era o pai da criança que cuidava durante a tarde. Ao homem que assinaria seu cheque! O que ele acharia de si? Que era um aproveitador?

Não percebia, mas as inseguranças e a pouca confiança que o atingiu fizeram com que lágrimas silenciosas rolassem o rostinho delicado. Naquela altura, Dean já havia acordado e percebendo que Castiel não teria coragem para fitá-lo, agiu por si mesmo.

Pôs-se sentado na cama de forma calma, e mesmo que tentasse ser cuidadoso, o coração de Castiel ainda havia acelerado de forma absurda ao perceber que Dean havia acordado — e ele pareceu acelerar ainda mais quando sentiu os braços do outro circundando sua cintura, o rosto de Dean se escondendo entre seu pescoço, onde o mesmo plantou beijinhos carinhosos ali.

— Por que você está chorando? — A voz suave próxima ao seu pescoço fez com que Castiel arrepiasse, e Dean de imediato puxou mais o garoto para si, o fazendo olhá-lo e então, podendo usar os dedos para enxugar as lágrimas do rostinho tão bonito. Castiel parecia realmente sensível. — Você está machucado? — Castiel apenas crispou os lábios e negou rapidamente com a cabeça. Estava tão absurdamente adorável que Dean não tardou a abraçá-lo de modo realmente cuidadoso, como se fosse uma porcelana frágil demais para qualquer toque bruto. — Pare de chorar — tentou acalmá-lo afagando os fios de cabelo do garoto enquanto o mantinha em seu peito. Estranhamente o choro dele tornou-se ainda mais intenso.

— Senhor isto... definitivamente não deveria ter acontecido. E-eu não sou isso que está pensando! — Dean franziu o cenho, buscando de todas as formas entender o que o menor falava, visto que soluçava bastante. — M-meu Deus... o senhor deve estar achando horrores de mim!

— Do que está falando? Eu não estou achando absolutamente nada de você — seu coração havia acelerado novamente. — Vamos, Castiel, não fique pensando besteiras. — Castiel tinha os olhos arregalados. O que Dean estava dizendo?

Quando estava prestes a dizer algo, foi inesperadamente interrompido por suas próprias gargalhadas. Dean fazia cócegas em si e mantinha um sorriso travesso nos lábios.

— O q-que está fazendo...? — Se encontrava ofegante pelas risadas, se contorcendo um pouco enquanto Dean praticamente se jogava em cima de si, o enchendo de beijinhos.  — Dean!

— Relaxe, Castiel. — Dean sorriu, contente. As cócegas continuaram por breves minutos e Castiel nunca havia se sentido tão leve. Mesmo que ainda um pouco inseguro, Dean parecia estar fazendo de tudo para deixá-lo confortável.

— Palhaço! — resmungou manhoso quando Dean deixou um último e demorado beijo no canto de seus lábios, levantando-se com uma incrível disposição e caminhando até a janela sem nenhum pudor, completamente nu. 

Babysistter » Destiel VersionOnde histórias criam vida. Descubra agora