☆ Grandmother ☆

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Eu já estava no táxi, pois não faz muito tempo que eu cheguei na rodoviária. A fazendo da minha avó é bem distante da cidade, e olha que eu vivo em um dos bairros mais simples, onde há muitas árvores e poucas fábricas.

Vou ficar três dias sem ver o Jimin e isso me preocupa, eu não quero que ele cometa alguma besteira do qual eu não vou conseguir evitar, eu vou me sentir muito culpado, principalmente agora que nos beijamos e eu disse que o amo.

Aish... Jimin, só você tirou essa frase de minha boca.

"Chegamos, senhor." ouvi a voz do motorista, fazendo eu sair desses pensamentos.

"Ah, obrigado!" dei-lhe o dinheiro e sai do carro com a mala já em mãos, logo observando o casarão da minha avó.

Aqui é um lugar tão agradável e há vários animais como cavalos, vacas, porcos, galinhas até mesmo pato.

Nossa, confesso que sentia muita falta daqui já que minha infância quase toda foi eu aqui brincando com essa variedade de animais.

"Olá, Jungkook!" Ouvi a voz de meu tio, Taeyong. Ele é irmão da minha mãe e dono do gado que há aqui na fazenda. Ele estava na varanda do casarão, fui até o mesmo.

"Oi tio!" Abraço-lhe. "Cadê a vovó?" Perguntei, deixando a mala no chão da varanda.

"Está no quarto, graças a Deus bem melhor!" Sorriu simpático. "Agora com voxe aqui, ela vai ficar melhor do que já está rapidinho."

Retribui seu sorriso e voltei a pegar minha mala, mas logo meu tio disse que levaria a mesma para o quarto onde eu dormiria e que era para eu ir logo ver a minha avó.

Pelo o que a minha mãe disse, ela está apenas com a garganta inflamada mas por causa da idade isso a derrubou facilmente e ela ficou muito mal, por isso eu estou aqui. Eu sou seu único neto, por isso sou bem chavecado pela minha vó.

"Vó?" A chamei na porta fechada de  seu quarto, logo bato na mesma. "Vó!"

"Entre!" Minha avó disse no outro lado.

Entrei no quarto vendo a mesma com um livro de receita em mãos e deitada em sua cama, ela abriu o maior sorriso do mundo ao me ver.

Fui até a mesma e lhe abracei, logo lhe dando um beijo em sua testa. Ela tem os cabelos bem branquinhos, com poucos fios escuros.

Posso dizer que eu herdei dela meus olhos negros e redondos e a boquinha fina, nem mesmo a minha mãe tem essa característica e olha que quem é filha da minha avó é ela.

"Que saudades do meu, netinho!" Disse sorridente, logo pegando a minha mão e a beijando.

"Também estava morrendo de saudades de você, vovó." Falei fazendo o mesmo que ela e logo esfregando minha bochecha em suas mãos. "A senhora está melhor?" Perguntei não muito preocupado, pelo jeito ela está melhorando.

"Estou sim, o médico me receitou alguns remédios e muito descanso, não se preocupe." Se endireitou na cama. "Então, como está indo a escola?"

"Bem, agora eu estou de férias e daqui a uma semana ou mais eu já começo a estudar de volta, mas agora é o meu último ano." Sorri, me sentando na cama.

"E... como está a questão de namoradas? Não quero meu neto sozinho." Ela é que nem minha mãe, quer que eu arrume logo uma namorada.

Mas, nesse caso, vai ser namorado. Minha mãe sabe que eu sou bi, já a minha avó não e por agora eu não quero lhe explicar essa situação de que há garotos sentem atração por outro.

"Ou namorado, né?" Ela me interrompeu antes que eu pudesse dizer algo. "Sua mãe disse que você também gosta de garotos, mas eu nem me importo com isso. Contanto que o meu netinho esteja feliz!" Fez carinho em minha bochecha.

"Obrigado vó!" Segurei sua mão. "Bom... há um garoto que eu estou apaixonado." Falei um pouco sem jeito, nem mesmo para a minha mãe eu disse isso. "Ele mora bem ao meu lado, se mudou faz uns três meses, por aí."

"Ele é bonito?" Perguntou curiosa.

"Sim, muito!" Sorri ao lembrar do único sorriso que eu vi de seus lábios. "Mas... Ele é arrogante, porém eu o entendo." Olhei bem nos olhos da minha avó. "Ele foi estuprado, isso meio que causou um bloqueio psicológico nele e fez ele odiar todo mundo, sério já ouvi muitos 'eu te odeio' sair de sua boca."

"Nossa! Que horrivel!" Ela colocou a mão na boca, ela estava chocada com tudo isso.

"Sim... Eu fui descobrir isso ontem, pois ele achava que assim eu o acharia uma pessoa podre e me afastaria dele. Mas foi muito pelo contrário. Isso só fez eu querer me aproximar ainda mais dele e fazê-lo feliz." Disse sorridente. "Para falar a verdade, desde a primeira vez que eu o vi meu objetivo foi esse, quero que ele sonha e seja feliz comigo."

"E ele vai ser..." minha avó me incentivou. "Eu sei que essa pergunta vai criar uma bochecha vermelha, mas vocês já se beijaram ou algo do tipo?"

E não é que ela tinha razão, minha bochecha começou a queimar e um sorriso tímido brotou em meus lábios. Ninguém sabe sobre o nosso beijo, mas pelo jeito minha avó vai saber.

"Sim, já nos beijamos..." Sorri ao me lembrar de ontem. "Eu já o beijei duas vezes e ele apenas uma." Informe-lhe.

"Como assim?" Ela começou a ri.

"Na primeira vez ele não me correspondeu, só eu que estava fazendo o trabalho todo. Pra' falar a verdade foi só um selinho vindo de minha parte."

"Mas ele deixou seus lábios, já é um bom começo. Tenho certeza que isso foi uma das coisas mais difíceis que ele fez... tadinho, deve ser um garoto 'sem sentimentos'."

"É... Eu não vi por essa parte, foi bom ele ter deixado. Elepassou por muita coisa e se brincar eu fui o único que ele deixou eu sentir seus lábios." Sorri animado. "Por isso eu amo falar com a senhora." Lhe abracei carinhosamente.

Ela apenas correspondeu, assim que nos separamos ela se levantou da cama, calçando seu chinelo.

"Vó, você tem que deitar. Está doente." Falei um tanto preocupado.

"Meu neto não veio até a fazenda para ver sua avó deitada na cama." Disse pegando um de seus chapéus de palha. "Vem, tenho uma surpresa para você."

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The Secret to Dreaming {Jikook}Onde histórias criam vida. Descubra agora