☆ Insecurity ☆

2.8K 340 98
                                    

[ ¤_¤ ]

"Está pronto?" perguntei, assim que abri a porta de sua casa e o encontrei com seu moletom cinza e uma calça jeans preta, com um rasgo no joelho.

Finamente chegou o dia em levar Jimin para a sua primeira de várias consultas com o psicoterapêutico, eu estou orgulhoso dele está fazendo de tudo para superar esse seu medo de pessoas e se dá uma chance de ser feliz comigo, não temos nada sério oficializado, mas para mim, só por ele deixar eu beijá-lo e lhe dar abraços, já está bom de mais.

"Estou..." suspirou pesado e com os olhos fechados. "vamos, quero terminar tudo isso logo." pegou a minha mão e me puxou para o lado de fora de sua casa.

"Estou orgulhoso de você, Jimin." acabei por comentar, enquanto ele fechava a porta, descemos os pequenos degraus e começamos a andar pelas ruas.

"Por que sente orgulho de mim?" perguntou confuso, olhando para onde caminhava.

"Porque você está indo ao psicoterapeuta e está fazendo o seu melhor para sair dessa... sei lá, acho que pode ser considerada depressão."

"Eu estou fazendo isso por você, Jungkook." disse baixinho, fazendo eu paras de andar e o encarar por alguns segundos, quando ia me aproximando de seu rosto para dá um selinho, ele virou o rosto e voltou a andar. "na rua não." resmungou, fazendo eu sorri.

Até parece que nunca nos beijamos na rua, mas okay.

Voltamos a caminhar e não demorou muito para a gente chegar na rua onde será a consulta, só faltava achar a pequena clínica.

"Está vendo alguma casa com o número trinta e dois?" perguntei para o menor que olhava para o outro lado da rua.

"Ali está." apontou para a pequena construção, olhei para o mesmo e vi que tinha uma placa, do qual não consegui enxergar o que estava escrito por causa da distancia.

Segurei a mão do Jimin e atravessei a rua com ele resmungando por eu ter feito isso, mas apesar disso, ele nem largou minha mão.

Chegamos na frente da pequena casa e abrimos o pequeno portão de ferro, logo a fechando. Vi que a placa estava escrito o nome do homem que irá atendê-lo, ele se chama Choi Chamin.

Vi Jimin começar a soar frio antes mesmos de entramos no local, passei a mão em sua bochecha e fiz ele me olhar, logo eu disse: "não precisa ficar nervoso, eu não vou poder entrar mas vou está na recepção te esperando, sim?" ele assentiu, se aproximando do meu rosto e chocando nossos narizes, não demorei muito para deixar um selinho em seus lábios.

Coloquei a mão na maçaneta e abri a porta, já entrando na recepção e encontrando uma moça mexendo no computador, provavelmente agendando consultas com outros pacientes.

"Com licença, moça." a chamei, me aproximando dela, com Jimin me seguindo. "Há uma consulta marcada às duas horas com o doutor Choi, o paciente é Park Jimin."

"Ah sim, ele havia comentado comigo." ela disse com um sorriso simpático no rosto. "Imagino que Park Jimin seja você, sim?" ela apontou para Jimin.

"Não, sou apenas o irmão gêmeo dele." respondeu da mesma forma que responde com todos, fazendo eu arregalar os olhos e a moça ficar sem graça.

"Amor, ela só fez uma pergunta." disse incrédulo, ele apenas deu os ombros e se sentou no banco que havia no local, cruzando os braços. "perdoe o jeito dele de ser, ele não gosta de pessoas e quando ver alguém que desconhecido ele age dessa forma."

"Entendo, pelo jeito ele só gosta de você já que namoram." falou simples, pegando o telefone e discando um número de telefone.

"O que faz a senhora achar que namoramos?" perguntei confuso.

"Você o chamou de amor, imagino que alguma coisa tenham..." respondeu simples, logo começando a falar com a pessoa no outro lado da linha, pelo jeito é o senhor Choi.

Bem, ela tem razão em achar que Jimin gosta de mim, aliás, nos beijamos e o próprio disse que acha que gosta de mim, mas namoro é algo do qual nunca vai haver entre nós, infelizmente.

Fui até Jimin e me sentei ao seu lado, o mesmo estava com os braços cruzados e um bico em seus lábios, bufando várias vezes.

"Por que está bravo?" perguntei curioso, apoiando meu braço em seus ombros.

"Simples, você ficou conversando com aquela mulher no lugar de vim atrás de mim." vociferou, se afastando um pouco de mim mas eu me aproximei de volta.

"Está com ciúmes?" perguntei o óbvio, mas recebi uma negação com a cabeça e sua voz, dizendo:

"Eu não estou com ciúmes, só acho que o correto é você ficar no meu lado sempre já que você me meteu nesse lugar que primeiramente eu não queria vim."

"Esse é um lado que eu nunca achei que conheceria, seu lado ciumento." beijei sua bochacha. "mas, relaxa amor, ela tem idade pra' ser minha mãe e eu só tenho olhos para você." revirou os olhos e assentiu com a cabeça, começando a aperta sua mão contra a outra.

Lembrete: Sempre quando Jimin sente ciúmes, ele aperta suas mãos ou as lava direto.

Dei uma risadinha nasal e grudei nossos lábios mais uma vez, antes de ser chamado por um senhor de mais ou menos cinquenta anos.

Nos levantamos de nossos lugares e fomos até ele, nos curvando e dizendo apenas um "oi" antes de eu iniciar o assunto.

"Então senhor, esse é o Park Jimin." falei simples, apontando para o menor. "ele é o garoto que eu havia falado com o senhor."

"Ah sim, prazer senhor Park." Jimin apenas sorriu forçado, mas eu percebi que ele estava um pouco assustado com essa situação toda. "bem, vamos começar com a terapia?" perguntou animado, fazendo Jimin assentir com o medo visível em seu olhar.

"Antes eu posso falar com ele rapidinho?" perguntei ao senhor, que assentiu com a cabeça. Acho que ele percebeu que Jimin está com medo e que eu quero ter uma conversa para conforta-lo.

Puxei ele para o corredor e disse: "não precisa ter medo, sim? Eu vou está aqui assim que você sair dessa sala."

"Você não pode entrar comigo? Tenho medo que ele tente algo." mordeu a ponta de seu lábio.

"Ele vai te ajudar, não se preocupe, meu bem." o abracei com carinho, logo selando nossos lábios rapidamente. "vou está aqui fora te esperando, por favor, tente se deixar levar pelo assunto e comece um diálogo com ele."

"Tentarei." beijei sua testa e voltamos para o mesmo lugar onde o psicoterapeuta está.

"Podemos começar?" ele abriu caminho para que Jimin entrasse na sala onde acontece as consultas.

"Podemos." ele disse ainda inseguro, olhando para mim pela última vez e adentrando a sala com o senhor.

A única coisa que restou a fazer é me sentar no banco da recepção e esperar que Jimin não faça nenhum barraco com o senhor lá dentro por causa de alguma pergunta.

[ ¤_¤ ]

The Secret to Dreaming {Jikook}Onde histórias criam vida. Descubra agora