☆ Love Does Not Exist... ☆

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Bato na porta dele e até agora nada de Jimin, eu quero ficar mais tempo com ele antes de ficar três dias fora de casa, por conta de ir visitar a minha avó que está doente.

Depois da nossa encostada de lábios, eu nem sei se o Jimin vai querer saber de mim. Com certeza ele sente mais ódio do que já sentia antes, mas eu mesmo assim quero arriscas, aliás... estamos falando da pessoa que eu amo.

Sim, amo.

Depois do 'beijo' de ontem, eu percebi que eu não gosto dele e sim amo, nossa, eu passei a noite toda pensando naquele pequeno momento de nós dois e percebi que apesar dele não ter correspondido, ele deixou eu aproveitar aquilo.

Essa foi a melhor coisa que ele fez para mim. Isso foi uma chave para eu descobrir esse sentimento novo e por ele.

Bati mais uma vez e nada dele, foi quando eu percebi que a porta está aberta. Adentro a casa com cuidado e acabo me deparando com o Jimin segurando uma faca, o mesmo apontava para os seu peito como se fosse enfia-lo a qualquer momento, ele está querendo se mata?

Na mesma hora pego a faca da mão dele, desse modo, impedindo o ato. Ele não pode fazer isso, principalmente agora.

"O que está fazendo seu doido?" digo irritado, não acredito que ele estava preste a fazer isso.

"Some da minha casa, ou melhor, da minha vida." gritou escandalosamente. "Eu só quero acabar com esse sofrimento de uma vez." ele começou a chorar muito, seu corpo pareceu ficar frágil pois o mesmo caiu em meus braços.

Eu aproveito e o abraço com força, é ruim vê-lo assim... frágil.
Me xinga!

"Sofrimento? Como assim?" pergunto preocupado. Ele acaba não me respondendo e só escuto seus soluços.

Eu nunca vi ele tão frágil, sempre vejo o mesmo ser arrogante, triste de um certo modo e muito sério. Já cheguei a vê-lo chorar, mas nessa situação nunca.

"Olha, eu não sei o que aconteceu com você, mas está no passado." digo para consola-lo. "Nunca mais vai acontecer..."

"Que saber, eu vou te contar de uma vez, quem sabe assim você some da minha vida." se desgrudou de mim e se sentou no sofá. "Faz quase um ano que eu estava saindo da biblioteca." começou a encarar um ponto fixo, é como se as imagens desse dia. estivessem passando pela sua cabeça. "Eu passei por perto de um beco, mas não cheguei a entrar nele, porém fizeram eu entrar." passou a mão sobre seus olhos e começou a limpar seu rosto banhado pelas lágrimas. "um homem que eu nem conheço abusou de mim... Ele me fez de um objeto sexual..." Disse baixo. "UM HOMEM ABUSOU DE MIM." desta vez gritou.

Começou a negar com a cabeça freneticamente enquanto as lágrimas ainda escorria pelo seus olhos.

"Pronto, agora eu sei que depois do que eu te falei você vai querer sumir da minha vida." disse com uma voz debochada. "mas quer saber, eu mereço... Eu sou uma pessoa pod-..."

"Não diz isso." o interrompo. "Jimin, você não pode falar isso de si mesmo." ele dá os ombros. "Agora eu sei porque você odeia tanto as pessoas... Pode até existir muitas pessoas ruins nesse mundo, mas também existe muitas pessoas boas."

"Ah é." se levantou do sofá e ficou com uma cara de deboche. "me dê um exemplo, diga o nome de pelo menos uma pessoa boa nesse mundo."

"As pessoas que te amam, elas sempre vão querer seu bem, elas são o exemplo de pessoas boas que há no mundo." respondo em um tom alto.

"Jungkook, ninguém me ama." disse no mesmo tom que eu.

"Quem disse?" aumentei um pouco mais, me aproximei dele e envolvi meus braços em sua cintura, ele arregalou os olhos e me olhou confuso. "Eu te amo!"

Em um movimento rápido colo nossos lábios, ele se assusta com o ato, mas não se separa de mim.

Começo a fazer movimentos lentos sobre o seu lábio e dessa vez ele acaba corespondendo, desse modo ele acabou deixando seus lábios entre abertos, logo invado sua boca com a minha língua.

Minha mão que estava na sua cintura apenas a apertou ainda mais, a mão do Jimin começou com aquele negócio de vai ou não vai, pois enquanto eu sentia seus labios ainda em movimento com os meus eu sentia a sua mão tocando a minha nuca e saindo da mesma.

Tenho certeza que ele quer ainda mais contato comigo, só que seu orgulho não deixa. Será que foi isso que aconteceu ontem para ele não ter me correspondido?

Eu mesmo decidi colocar sua mão na minha nuca e fazê-lo querer me desejar ainda mais, aish... como eu amo esse garoto apesar de tudo!

Agora foi Jimin que me puxou ainda mais para ele um pouco tímido, nossas línguas se entrelaçavam uma na outra e isso era tão bom. Eu nunca imaginaria que Jimin corresponderia, principalmente por causa desse seu jeito de ser e o ocorrido de ontem.

"Eu te amo!" sussurro, desgrudando nossos lábios bem devagar. "se quiser eu grito para todos, eu não me importo."

Ele estava com uma expressão confusa, depois de um tempo ele se desgrudou do meu corpo e passou a mão em seus lábios com força.

"É mentira, isso não existe." gritou. "você não sente nada, exatamente nada por mim."

"Você não está na minha cabeça, ou melhor, no meu coração para saber uma coisa dessas." digo, me aproximando de novo dele.

"Não brinca comigo." soluçou.

"Eu não estou brincando, por acaso você quer que eu grite?" ameaço. "EU AMO PARK JI-..." sinto sua mão tampando a minha boca, eu realmente estava gritando feito um louco, um louco apaixonado.

"Idiota, não grita." me repreendeu.

Dou uma risada e seguro suas mãos pequena fofas, deposito um selar na mesma.

"Eu vou ficar um tempo longe de casa." comento baixo. "me prometa que vai ficar longe das facas e me esperar, eu quero ficar com você. Eu te amo!"

"Não prometo nada." tirou a mão que eu segurava.

"Por favor, Jimin." coloco a mão na sua bochecha e me aproximo novamente dos seus lábios, deixando um selar demorado que foi correspondido pois ele fez um pequeno bico.

Sim, ele correspondeu de novo.

"Me deixa." começou a olhar para o chão. "Some daqui."

Pensa num garoto com gênio difícil é ele, eu acabei de dizer meu primeiro 'eu te amo' com sinceridade e ele está nem aí, mas não posso culpa-lo, ele passou por muita coisa e só agora eu o entendo.

"Então, eu já vou indo." digo cabisbaixo. "Tchau, Jiminnie."

Saio da casa olhando para o chão, ele é um verdadeira cabeça dura.

"Jungkook." chamou minha atenção.

Me viro para ele, ele se aproximou de mim e passou seus braços por volta da minha cintura. Me abraçando um pouco desajeitado.

"Olha, não é só porque eu estou te abraçando significa que eu sinta alguma coisa por você, ou que eu quero que você venha na minha casa sempre." Disse antes de se desgrudar de mim.

"Então por que faz isso?" pergunto.

"Por que eu quero." me respondeu grosseiramente. "Agora some daqui, não aparece mais na minha frente."

"Eu sei que você me ama." digo brincalhão. "agora, um beijo de despedida." faço o número um com as mãos, antes de roubar um beijinho demorado de seus lábios.

"Idiota." ouço ele resmungar antes de selar nossos lábios pela última vez - só que ele nem corresponde - e ir para a minha casa.

Tenho que arrumar alguma coisas ainda.

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The Secret to Dreaming {Jikook}Onde histórias criam vida. Descubra agora