☆ Psychologist ☆

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Eu estava indo para casa com Jimin, ele já estava mais calmo depois do que havia acontecido no shopping e agora, a única coisa que ele precisa é uma bela noite de sono para descansar desse dia tão agitado.

"Apesar de tudo..." comecei a falar, andando bem devagar para não chegar tão rápido em casa. "eu gostei de ter saído com você."

Jimin corou um pouco e apenas assentiu com a cabeça, olhando para frente.

"Jimin?" o chamei, fazendo ele me olhar por alguns segundos. "você gosta de mim? Não importa que seja apenas como amigo, você gosta?" perguntei um pouco apreensivo, fazendo ele parar de andar e olhar para o chão.

Acho que ele não quer me dizer ainda, e se ele não quiser, tudo bem, eu não vou obrigá-lo. Hoje ele disse que eu sou uma pessoa muito boa, a única pessoa boa que ele conhece, não vou forçar mais as coisas.

"Não precisa me dizer." ele sorriu e voltamos a andar, estava escurecendo, a qualquer momento as estrelas começaram a aparecer e eu acho que vou ficar um pouco no lado de fora de casa, aproveitando a vista lá no quintal.

Chegamos na frente da minha casa, Jimin parou na minha frente e disse com um belo sorriso, um tanto reprimido, no rosto: "obrigado, Jungkook. Até que foi menos chato do que eu imaginava que seria ir ao cinema." gargalhei, acho que isso é um gostei.

"Também gostei em passar esse tempo com você." me aproximei de seu rosto e passei minha mão em sua bochecha. "posso..." nem precisei terminar a frase, Jimin assentiu com a cabeça e eu colei nossos lábios, iniciando um beijo calmo.

Passei a mão na cintura de Jimin e o braço do menor envolveu o meu pescoço, ele beija tão bem!

"Te amo!" disse quando me separei dele, com nossas testas ainda coladas uma na outra.

"Para de dizer que me ama..." ele disse um tanto constrangido. "Jungkook, eu fico até sem jeito em dizer isso, mas você sabe que eu nunca vou conseguir dizer isso para você, sabe? Eu nem mesmo sei o que sinto por você." ele me informou, fazendo eu olhar para o chão cabisbaixo.

O pior é que eu sei, eu sei que talvez ele nunca dirá essas coisas para mim, que no máximo só virá um 'eu gosto de você', mas não é por causa disso que eu vou deixar de dizer coisas bonitas para ele.

"Talvez eu saiba." comentei, voltando a olhá-lo. "mas você tem que saber que é amado, assim seu auto-estima aumenta, e é o que tá' acontecendo porque você sorri as vezes, não importa o quanto você segura."

"É..." ele olhou para o lado com um bico pensativo. "eu percebi que eu estou sorrindo mais, até parei de me corta." se separou de mim e mostrou seus pulsos, cheio de cicatrizes feitos com faca ou lâminas.

Mas era isso, apenas cicatrizes, não tinha nenhum corte recente pelo o que eu vi.

"Fico muito feliz por você, amor." o abracei com força. "mas, eu acho que seria bom você ir a um psicólogo, aprender a..." Jimin me empurrou enfurecido, eu quase até cai. Ah não, o que eu disse de errado?

"Estava tudo indo bem, até você ter dito que eu tenho que ir pra' um hospital de loucos." gritou alterado, passando a mão em seus cabelos. "pelo jeito você não é uma pessoa boa como eu imaginei." bufou.

"Mas, Jimin... Eu estou te dizendo isso pelo seu próprio bem, você tem que aprender a expressar seus sentimentos e a reconhecê-los, coisas que parece ser confuso pra' você já que você não sabe se me odeia, se gosta de mim ou se até já me ama." expliquei, ele apenas ergueu uma das sobrancelhas e logo depois revirou os olhos. "e também, psicólogo não é pra' gente louca, é pra' pessoas que precisam de uma ajuda psicológica."

"Tanto faz, só sei que não vou em um." bufou.

"Não dê a resposta agora, apenas pense nisso e quando quiser ir eu vou com você, sim?" voltei a me aproximar da fera, com medo de receber um novo empurrão ou uma patada. "tchau." dei um selinho em seus lábios.

"Tchau." ele saiu da minha frente e foi até a sua casa, vi ele fechar a porta com força e fui até a minha casa, suspirando pesado.

Entrei em casa encontrando a minha mãe sentada no sofá com uma revista nas mãos, dei um "oi" e me sentei ao seu lado e apoiei minha cabeça em seu ombro.

"Como foi sair com Jimin?" ela perguntou simples.

"Legal, tirando a parte que uns garotos disseram merda para ele, mas eu o defendi." disse orgulhoso de mim mesmo.

"Ele está bem?" perguntou preocupada com o menor.

"Ele ficou nervoso na hora, chorou muito e chegou a ficar muito sensível." falei me endireita do no sofá. "mas eu o acalmei."

"Deu um beijinho nele?" perguntou sapeca, fazendo eu assentir.

"Eu fico feliz em saber que ele aceita meus beijos e as minhas carícias as vezes, não por eu gostar de beijá-lo, e sim porque tem várias pessoas que passaram por isso e depois nunca mais conseguiram ter um relacionamento por medo."

"Verdade..." minha mãe olhou para o chão, um pouco entristecida.

"Está tudo bem, mãe?" perguntei um pouco preocupado. Ela apenas assentiu e voltou a ver a revista. "vou tomar banho e ficar um tempo lá fora, okay?" minha mãe assentiu, beijei sua bochecha e fui para o banheiro as pressas.

(...)

Eu estava sentado no chão do quintal, olhando para as estrelas com seu brilho mais forte do que nunca.

Minha cabeça está indo para mil pensamentos mas todos sobre o Jimin, eu queria pedi-lo em namoro já que sempre nos beijamos e também eu gosto muito dele, a única coisa que me impede é o próprio Jimin, eu já sei que a resposta dele será não e ele ficará alterado, não quero vê-lo assim.

"Jungkook..." ouvi a voz do Jimin, ele estava no outro lado da cerquinha e com um moletom azul marinho no corpo.

"Ah, oi Jimin." fui até o menor e me apoiei na cerquinha. "tudo bem?" ele afirmou com a cabeça.

"Eu... queria te dizer uma decisão que eu tomei." ele me olhou nos olhos e lubrificou seus lábios.

"Pode me dizer." pulei a cerca e fiquei em sua frente.

"Eu vou ao psicólogo... Quero ter uma terapia para saber os meus sentimentos sobre..." ele encarou o chão e logo voltou a me olhar de novo. "sobre você."

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The Secret to Dreaming {Jikook}Onde histórias criam vida. Descubra agora