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Minha avó me levou para conhecer um monte de filhote que a cadela da mesma teve há três semanas. Eles são tão fofos e cada um com uma cor diferente, tinha uns mais brancos, outros mais escuros e também tudo junto e misturado.

Eu adoraria pegar um, mas minha mãe não é fã de cachorro, ela acha fofo mas quando se trata de cuidar ela não gosta por causa do trabalho que dá. Por isso a minha vó me deu a ideia de pegar um filhote e dá para o Jimin, talvez ele goste por isso irei pegar o amarronzado com as manchas brancas.

Neste exato momento, eu estou no banheiro tomando um banho bem frio. Minha avó não colocou chuveiro elétrico já que ela não gosta de tomar banho com água quente, eu tenho sorte que hoje está calor porque eu teria que esquentar água e tomar banho com um balde, que nem faziam antigamente.

Terminei o banho e coloquei uma roupa simples já que eu só irei ficar na fazenda, cheguei no meu quarto para guardar a roupa que eu havia usado quando o meu celular começou a tocar.

Fui até o mesmo e vi que era um número desconhecido, apesar disso eu não hesitei muito em atender.

"Alô." falei assim que coloquei o aparelho em meu ouvido.

A pessoa não disse nada, mas eu sabia que ela estava no outro lado da linha já que ouvia sua respiração.

"Alô, quem é?" perguntei um pouco impaciente.

"Não fala assim comigo, idiota!" ouvi a voz do Jimin, um sorriso chega se abriu assim que ouvi o seu tom grosseiro. Pelo jeito ele está bem.

"Jimin! Como vai?" perguntei docilmente. Um sorris o bobo exigia em ficar nos meus lábios já que Park Jimin ligou para mim.

Eu sinceramente não esperava por isso, eu achei que eu ligaria pra' ele. Apesar de não ter seu número eu daria um jeito de conseguir e me comunicar, mas não. Foi ele que fez isso.

"Estou." disse sem jeito. "Aish... o que eu estou fazendo? Não era pra' eu ter ligado." ele disse isso baixo, mas eu consegui ouvir muito bem.

"Era sim." falei me sentando na cama. "Eu fico muito feliz com essa ligação."

"Ah, claro..." saiu em um tom sarcástico. "Jungkook, eu liguei para perguntar onde você enfiou meus talheres? Como você acha que eu vou comer?"

"Eu escondi, só vou te dá depois de amanhã. Vai lá em casa e janta com a minha mãe, assim você come e está seguro." me deitei na cama, observando o teto. "duvido que você tenha me ligado para perguntar isso, com certeza você queria ouvir o som da minha voz."

"Para de ser sonso, garoto! Eu nunca ligaria para você por esse motivo." disse zangado.

Dei uma risada nasal antes de dizer em um suspiro: "Eu te amo!"

"Ama nada..." sussurrou.

"Claro que te amo e eu tenho certeza que você sente algo pelo menos minuscula por mim." tombei para o lado, me deitando de barriga pra' baixo. "daqui a pouco eu volto para casa e te darei um monte de beijinhos."

"Eca! Não quero." tenho certeza que ele revirou os olhos no outro lado da linha, o conheço bem.

"Não é o que pareceu quando eu te beijei ontem." Comentei, me lembrando daquele pequeno momento nosso. "Você me correspondeu. Por que?" Perguntei curioso.

Ele não disse nada, mas mesmo assim eu estava na espera de sua resposta. Passou vários e vários segundos ,até eu olhar para a tela e perceber que Jimin havia encerrado a chamada. Bufei um pouco frustrado e fui para a agenda onde indicava as últimas ligações recebidas, salvei o número do Jimin e já ia retornando a ligar se não fosse por alguém que bateu em minha porta.

"Jungkook, já está na hora do jantar?" ouvi a voz da minha avó.

"Já estou indo, vó." falei alto o suficiente para ela ouvir, bloqueiei a tela do meu celular e sai do quarto.

Ela não estava lá, tenho certeza que a mesma já se encontra na cozinha.

Fui até o cômodo e encontrei a mesma colocando uma sopa de feijão no centro da mesa, também havia arroz. Comida nem simples como eu gosto.

"Aí aí, que saudades da comida da vovó!" Falei, enquanto me sentava em uma das cadeiras. "Cadê o tio?" Perguntei ao perceber que ele não estava sentado na mesma.

"Está vendo algumas coisas referente ao gado, parece que ele vai vender algumas cabeças." Disse simples, se sentando na ponta. "Com quem conversava? Ouvi sua voz." Me perguntou pegando o hashi é colocando um pouco da sopa em seu prato.

"Ah... é que Jimin me ligou perguntando onde eu escondi os talheres dele. Eu fiz isso quando peguei ele se cortando." Expliquei para ela, fazendo o mesmo.

"Nossa, ele realmente precisa de ajuda. Isso não dói?" Minha avó perguntou um tanto indignada.

"Doer dói." Respondi um pouco sem jeito, eu nunca fiz isso mas, como eu já havia falado, eu morro com um arranhão sem querer, imagina um querendo. "Mas ele me disse que a dor psicológica é bem maior do que a desses cortes."

"Aish... tadinho." Depositou o macarrão amarronzado em sua boca. "Um dia, eu vou querer conhecê-lo."

"E você vai." Peguei uma colher e coloquei arroz em meu prato. "E ainda vai conhecê-lo como meu namorado no lugar de apenas um garoto que eu gosto."

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The Secret to Dreaming {Jikook}Onde histórias criam vida. Descubra agora